No início dos anos de 1800, alguns observadores na Europa perceberam que certos fósseis estão normalmente preservados em camadas de rochas sedimentares e que, quando traçadas lateralmente, tipicamente repousam sobre outros tipos de fósseis. Décadas mais tarde, após a teoria da evolução ter sido proposta, muitos concluíram que os organismos mais baixos evoluíram antes dos organismos de cima. Esses primeiros geólogos não perceberam que um mecanismo hidrodinâmico, a liquefacção, ajudou a organizar os organismos naquela ordem durante o dilúvio. [Para uma explicação veja as páginas 158-168.]
Eras geológicas foram então associadas com cada um desses "fósseis – índice". Tais eras foram estendidas a outros animais e plantas enterrados na camada de fóssil de índice. Por exemplo, um fóssil de coelacanth, um fóssil - índice, data sua camada a 70.000.000 a 400.000.000 de anos de idade. [Veja figura 28]. Hoje, formações geológicas são quase sempre datadas por conteúdos fósseis(a) - que, como afirmado acima, assume a evolução. Todavia, a evolução é supostamente mostrada pela sequência de fósseis. Pelo fato dessa lógica ser circular (b), muitos descobrimentos, tais como coelacanths vivos (c-e), não foram esperados. [Veja "Fósseis fora do lugar" na página 12.]
Peixe de 70.000.000 de anos? Acreditado como estando extinto por 70.000.000 de anos, o coelacanth [Veja la Kanth] foi pela primeira vez capturado em 1938, nas profundezas do Oceano Índico, noroeste de Madagáscar. Recompensas então foram oferecidas por coelacanths, de forma que centenas foram capturados e vendidos. Em 1998, eles foram encontrados fora da costa da Indonésia. (c) Como puderam dois grupos de coelacanths, separados por 6.000 milhas, sobreviver por 70.000.000 anos e não deixarem fósseis?
Antes que os coelacanths fossem capturados, os evolucionistas incorrectamente acreditavam que os coelacanths tinham pulmões, um grande cérebro e quatro nadadeiras de fundo que evoluiriam em patas (d). Os evolucionistas pensaram que o coelacanth, ou um peixe similar rastejou para fora de um mar raso e preencheu seus pulmões com ar, se tornando o primeiro animal terrestre de quatro patas. Milhões de estudantes foram erroneamente ensinados que esse peixe foi o ancestral de todos os anfíbios, répteis, dinossauros, pássaros e mamíferos, incluindo as pessoas. (Seu ancestral foi um peixe?)
J. L. B. Smith, um bem-conhecido especialista em peixes da África do Sul que estudou os dois primeiros coelacanths capturados, apelidou o coelacanth de "Velho quatro-patas" e escreveu um livro sob esse nome em 1956. Porém, em 1987, um grupo alemão filmou seis coelacanths em seu habitat natural. Eles estavam rastejando de quatro em um mar raso? Eles tinham pulmões ou um cérebro grande? De modo algum. (e)
Antes de 1938, os evolucionistas datavam qualquer rocha contendo um fóssil de coelacanth como tendo no mínimo 70.000.000 de anos de idade. Ele era um fóssil-índice. Hoje, os evolucionistas frequentemente expressam admiração que os fósseis de coelacanth se pareçam tanto com os coelacanths capturados - apesar dos 70.000.000 anos de evolução.(f) Se tal idade é correcta, bilhões de coelacanths teriam vivido e morrido. Alguns deveriam estar fossilizados em rocha mais moderna e serem mostrados em museus. Sua ausência implica que coelacanths não viveram por 70.000.000 de anos.
Notas:
a. "Desde William Smith [o fundador da técnica dos fósseis-índice] no início do século 19, os fósseis têm sido e ainda são o melhor e mais preciso método de datação e correlação de rochas em que eles ocorram. ... Fora os exemplos muito 'modernos', que são realmente arqueologia, eu não consigo pensar em nenhum caso que a deterioração radioactiva sendo usada para datar fósseis." Derek V. Ager, “Fossil Frustrations,” New Scientist, Vol. 100, 10 November 1983, p. 425.
b. "Não pode ser negado que de um ponto de vista estritamente filosófico os geólogos estão aqui fazendo demonstrações em círculos. A sucessão de organismos foi determinado por um estudo de seus resíduos embutidos nas rochas, e as idades relativas das rochas são determinadas pelos restos de organismos que elas contém." R. H. Rastall, “Geology,” Encyclopaedia Britannica, Vol. 10, 1954, p. 168.
-> "Estão as autoridades mantendo, em um ponto de vista, que a evolução é documentada pela geologia e, em outro ponto de vista, que a geologia é documentada pela evolução? Isto não é argumentação circular?" Larry Azar, “Biologists, Help!” BioScience, Vol. 28, November 1978, p. 714.
-> "Um argumento circular surge: interprete o registo fóssil nos termos de uma teoria particular de evolução, inspeccione a interpretação e anote que ela confirma a teoria. Bem, ele confirmaria, ou não confirmaria?"
" ... os fósseis não formam o tipo de padrão que seria predito usando um simples modelo NeoDarwinista." Thomas S. Kemp, “A Fresh Look at the Fossil Record,” New Scientist, Vol. 108, 5 December 1985, p. 66.
-> "O leigo inteligente já tinha há muito tempo suspeitado da lógica circular no uso de rochas para datar fósseis e de fósseis para datar rochas. Os geólogos jamais se incomodaram em pensar em uma boa resposta, sentindo que explicações não são necessárias ao problema já que o trabalho traz resultados. Isto é suposto de ser pragmatismo cabeça-dura." J. E. O’Rourke, “Pragmatism Versus Materialism in Stratigraphy,” American Journal of Science, Vol. 276, January 1976, p. 47.
"As rochas para datar fósseis, mas os fósseis datam as rochas mais precisamente. A estratigrafia não pode evitar esse tipo de raciocínio, se ela insiste no uso de apenas conceitos temporais, pois a circularidade é herdada na derivação de escalas de tempo." Ibid., p. 53.
Apesar de O´Rourke tentar justificar as práticas correntes de estratigrafias, ele reconhece os problemas herdados associados com tal raciocínio circular.
-> "Mas o perigo da circularidade ainda está presente. para a maioria dos biólogos a razão mais forte para aceitar a hipótese evolucionista é sua aceitação de alguma teoria que a vincula. Há outra dificuldade. A ordenação temporal de eventos biológicos além da secção local deve envolver criticamente correlação paleontológica, que necessariamente pressupõe a não-repetibilidade de eventos orgânicos na história geológica. Existem várias justificativas para essa assunção mas para a maioria de todos os paleontologistas contemporâneos ela repousa sobre a aceitação da hipótese evolucionária." Kitts, p. 466.
-> "É um problema não facilmente resolvido pelos métodos clássicos de paleontologia estratigráfica, como obviamente pousaremos imediatamente em um impossível argumento circular se dissermos, primeiro se uma litografia particular é síncrona na evidência dos seus fósseis, e segundo que os fósseis são síncronos com a evidência da litografia." Derek V. Ager, The Nature of the Stratigraphical Record, 3rd edition (New York: John Wiley & Sons, 1993), p. 98.
-> "A acusação que a construção da escala geológica envolve circularidade tem uma certa quantia de validade." David M. Raup, “Geology and Creationism,” Field Museum of Natural History Bulletin, Vol. 54, March 1983, p. 21.
-> Numa gravação de uma entrevista transcrita e aprovada em 1979 com o Dr. Donald Fisher, o paleontologista do Estado de New York, Luther Sunderland pergunta a Fisher como ela datava certos fósseis. Resposta: "Pela rochas cambrianas que são encontradas." Quando Sunderland perguntou se isso não era raciocínio circular, Fisher respondeu, "Certamente; de que outra forma você faria isso?" “The Geologic Column: Its Basis and Who Constructed It,” Bible-Science News Letter, December 1986, p. 6.
-> "A principal dificuldade com o uso de sequencias presumidas de ancestrais-descendentes é que os dados bioestratigráficos são frequentemente usados em conjunção com a morfologia da avaliação inicial de relacionamentos, que guia à circularidade óbvia." Bobb Schaeffer, Max K. Hecht, and Niles Eldredge, “Phylogeny and Paleontology,” Evolutionary Biology, Vol. 6 (New York: Appleton-Century-Crofts, Inc., 1972), p. 39.
c. Peter Forey, “A Home from Home for Coelacanths,” Nature, Vol. 395, 24 September 1998, pp. 319–320.
d. "Os zoólogos originalmente pensaram que os pares de barbatanas dos coelacanths e os lóbulos de barbatanas fósseis funcionavam como verdadeiros membros, já que dá suporte ao peixe para se erguer sobre substrato sólido do fundo da areia ou sobre rochas." Keith S. Thomson, Living Fossil: The Story of the Coelacanth (New York: W. W. Norton & Company, Ltd., 1991), p. 160.
-> "... muita atenção tem sido focada em suas barbatanas na esperança de que elas nos dirão mais sobre como barbatanas se tornam membros." Ommanney, p. 74.
-> "O coelacanth foi um membro de uma classe muito antiga de peixes que acreditava-se terem desaparecido há cerca de 70 milhões de anos atrás. Este grande grupo de peixes, chamado crossopterygianos, floresceram durante a decisiva era na história da terra - quando peixes, formaram pernas e pulmões e saíram para conquistar os continentes." Jacques Millot, “The Coelacanth,” Scientific American, Vol. 193, December 1955, p. 34.
Dr. Jacques Millot, que chefiou muitos estudos detalhados de coelacanths capturados na época, ainda mantinha firme a esperança em 1955.
Talvez suas barbatanas de andar permitam a eles arrastar-se pelas rochas como focas. Ibid., p. 38.
Esse mito foi enterrado somente após o grupo do Dr. Hans Fricke observar coelacanths em seu habitat natural em 1987. Suas barbatanas de fundo não tinham nada a ver com pernas ou a rastejo. Por que Millot ignorou os fatos que ele bem conhecia? O coelacanth, pensou ele, resolvia um grande problema. Em 1955, Millot escreveu:
Um dos grandes problemas da evolução tem sido encontrar ligações anatômicas entre peixes e seus descendentes invasores da terra ... Por longo tempo os evolucionistas se preocuparam com essa importante brecha entre os peixes e os anfíbios. Mas a brecha agora foi ligada pelos estudos de peixes ancentrais, e é aqui que entra o coelacanth. Ibid., pp. 35–36.
Mais tarde (1987), após estudar coelacanths vivos, o mundo científico soube que Millot estava errado. O coelacanth não ligava essa brecha. Assim, o problema do peixe-para-anfíbio está de volta.
-> "Ele [J. L. B. Smith] estava capacitado a noticiar [no jornal Nature] que, como os peixes com pulmões, o peixe tinha uma bexiga de ar ou pulmão (baseado no relato dos taxidermistas das vísceras descartadas), que era um mediano entre essas estruturas pares." Thomson, Living Fossil, p. 39. [It is now recognized that the discarded “bag” was not a lung, but an oil-filled swimming bladder. W.B.]
e, "Eu confesso, me desculpem, nunca vimos um coelacanth andar sobre suas barbatanas." Hans Fricke, “Coelacanths: The Fish That Time Forgot,” National Geographic, Vol. 173, June 1988, p. 838.
"... nunca vimos qualquer um deles andar, e parece que o peixe é incapaz de fazê-lo." Ibid., p. 837.
-> "O cérebro de 90 libras do coelacanth pesa menos de 50 gramas [0.11 onças] - que é, não mais 1/15.000 do peso do corpo. Nenhum vertebrado de hoje que conheçamos tem um cérebro tão pequeno em relação a seu tamanho." Millot, p. 39.
f. "Poucas criaturas resistiram a tão imenso espaço de tempo com tão poucas mudanças como os coelacanths. Um desenho esquemático de um espécimen actual se parece quase idêntico com o fóssil de 140 milhões de anos encontrados numa pedreira no sul da Alemanha. Por que os coelacanths se mantiveram inalterados por eras... 30 milhões de gerações?" [Resposta: Eles foram fossilizados há poucos milhares de anos atrás, no tempo do Dilúvio. Walter Brown (W.B)] Fricke, p. 833.
-> "Através de centenas de milhões de anos os coelancaths mantiveram a mesma forma e estrutura. Aqui está um dos grandes mistérios da evolução – aquele da plasticidade desigual das coisas vivas." Millot, p. 37.
-> "Os coelacanths mudaram muito pouco desde a sua primeira aparição conhecida no Alto Devoniano." A. Smith Woodward, as quoted by Thomson, Living Fossil, p. 70.
-> "O que é ainda mais observável é que apesar das mudanças drásticas no ambiente mundial, os coelacanths são ainda organicamente quase os mesmos que os seus ancestrais. ... Nesse ínterim, pesquisa é necessária... e tentará penetrar o segredo da adaptabilidade que os tornou aptos a viver através de muitas eras geológicas sob condições tão contrastantes sem modificarem a sua constituição." Millot, p. 39.
-> "... os coelacanths passaram por poucas mudanças em 300 milhões de anos ..." Ommanney, p. 74.
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