sexta-feira, 29 de março de 2013

O Evolucionismo Darwinista e Sua Influência Sobre as Ideologias Anti-Cristãs

Quanto ao motivo deste texto, é ele o resultado de uma reflexão. Recentemente em um diálogo, certo amigo afirmou que o Evolucionismo já não é mais um problema para a Fé Cristã, mas seu maior obstáculo hoje seria de fato o Materialismo Filosófico. Em razão disso, seria possível uma aproximação entre as duas correntes de pensamento sem prejuízo para a fé cristã.
Seria de fato isso uma verdade? Minha hipótese é que não. E neste breve ensaio, busco deixar claro que o Materialismo tem sua origem relacionada ao Evolucionismo de Darwin e que o Evolucionismo é com certeza o pilar que sustenta as principais ideologias que desafiam o Cristianismo ortodoxo nos dias de hoje. E também as razões pelas quais não vejo com bons olhos essa dita “conciliação” das duas correntes.
Darwin Está Vivo!
A grande questão é que na atualidade, embora alguns ainda se encontrem de um modo ainda confortável em relação à teoria do Evolucionismo, julgando que sua influência esteja amortecida, é bem verdade que ela ainda se acha bem vigorosa. Em 2009, por exemplo, quando houve a comemoração do aniversário de 200 anos de Charles Darwin, também veio com isso um renovado interesse pelas suas obras e propostas. Um filme longa foi lançado sobre ele, e sua obra magna sobre a origem das espécies foi promovida a preços especiais. Uma edição de luxo encadernada foi disponibilizada a apenas R$ 19,00 e era possível adquiri-la mesmo em stands de hipermercados.
Assim, depois de longo tempo na ilusão de que Darwin estava morto, se viu de repente que ele de

quarta-feira, 27 de março de 2013

A Recriação da Nova Terra

VERSO A ESTUDAR: “Nós, porém, segundo a Sua promessa, esperamos novos céus e nova Terra, nos quais habita justiça” (2Pe 3:13).

Em 2 Pedro 3:10-13, o apóstolo descreve o destino do céu e da Terra. Ambos, com tudo o que contêm, serão destruídos. Mas isso não será o fim da história, de maneira nenhuma, porque um novo céu e uma nova Terra serão criados em seu lugar. Considere o contraste entre as duas existências. O pecado tem o domínio na antiga existência. Na nova, habita a justiça. A morte reina na antiga, e a vida, na nova. O contraste não poderia ser mais marcante nem mais absoluto.
 Como podemos ver nessas promessas, também, a função de Deus como Criador não terminou com a primeira criação da Terra. Ela tampouco termina com a obra que Ele faz em nós, para nos tornar novas criaturas em Cristo. Não, ela continua. O mesmo Senhor que pelo poder sobrenatural da Sua Palavra criou o mundo uma vez, vai criá-lo novamente e, de igual maneira, com Seu poder sobrenatural.
 De fato, sem esse último ato de criação, todos os anteriores seriam inúteis. Os novos céus e a nova Terra são o ponto mais elevado das promessas de Deus para nós.
Um novo começo
Uma coisa que a ciência e a Bíblia têm em comum é a crença de que a Terra, como a conhecemos agora, não durará para sempre. Para a ciência (pelo menos algumas versões dela), as forças frias e sem sentido do acaso, que trouxeram à existência a Terra e a vida que nela existe, são as mesmas forças que irão, finalmente, destruí-la. A Bíblia também ensina que a Terra não durará para sempre, mas, de fato, será destruída. No entanto, no cenário oferecido pela ciência, essa destruição será o fim de tudo “para sempre”. Em contraste com isso, no cenário bíblico, será o início de algo novo e maravilhoso, e que durará “para sempre”.
1. Leia Apocalipse 21:1-5. Que quadro do futuro é apresentado aqui? Que promessas maravilhosas nos esperam? Por que isso é algo que só Deus pode fazer por nós?
Sem dúvida, uma das melhores promessas da nossa nova existência é que a morte e o sofrimento

sábado, 23 de março de 2013

Criação e Evangelho

VERSO A VALORIZAR: “Assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1Co 15:22).


No relato bíblico, Adão e Eva foram criados à imagem de Deus, sem nenhum defeito moral. Mas eles tinham o livre-arbítrio, um pré-requisito para que eles pudessem amar. Quando Adão e Eva se rebelaram contra Deus, caíram sob o poder de Satanás (Hb 2:14). Esse fato colocou também o mundo inteiro sob o poder do inimigo. Jesus, porém, veio ao mundo para destruir as obras do diabo (1Jo 3:8) e nos libertar de seu poder. Ele fez isso ao morrer em nosso lugar e nos oferecer vida. Na cruz, Jesus Se fez pecado por nós (2Co 5:21) e, por isso, experimentou a separação de Seu Pai. Por Sua morte, Jesus restaurou o relacionamento entre Deus e a humanidade que havia sido quebrado pelo pecado de Adão e Eva.
 Todos esses pontos estão logicamente ligados à história da criação. A criação entra em cena novamente à medida que o poder do Deus criador é exercido para criar um coração novo em Seus filhos (2Co 5:17), renovando a imagem de Deus em nós e restaurando nosso relacionamento com Ele.
Graça no Jardim
Como sabemos tão bem, os primeiros seres humanos, seres perfeitos criados à “imagem de Deus”, caíram no pecado, o que trouxe a morte. Eles haviam sido avisados e entendiam o que lhes tinha sido dito. Eva até repetiu para a serpente o que Deus havia dito. No entanto, eles pecaram assim mesmo. Às vezes nós, a exemplo de Eva, somos levados ao pecado pelo engano, mas, em outros momentos, como Adão, pecamos intencionalmente. De toda maneira, somos pecadores, culpados de transgredir a lei de Deus.
1. Leia Génesis 3:9-15. Qual foi a resposta de Deus ao pecado de Adão e Eva?
Deus realizou um julgamento, na verdade um “juízo investigativo”. O objetivo do juízo não era que Deus conhecesse os fatos. Ele já os conhecia. Na verdade, o objetivo era dar ao casal a oportunidade de aceitar a responsabilidade por suas ações, o primeiro passo para o arrependimento e restauração. Deus lhes perguntou o que havia acontecido e eles confessaram, embora com relutância. Ainda que fossem culpados e seu pecado trouxesse consequências imediatas, a primeira promessa evangélica foi feita a eles no Éden.
2. Leia Génesis 3:21. Que outro ato de graça foi revelado?
A morte veio da maneira mais inesperada. Em vez da morte imediata de Adão e Eva, um ou mais animais morreram. Imagine os sentimentos de Adão quando o animal morreu, em seu lugar como um sacrifício. Foi a primeira vez que Adão viu a morte, e isso deve ter trazido a ele enorme angústia. Em seguida, o animal foi esfolado, e uma túnica foi feita a partir da pele. A vestimenta foi colocada sobre o corpo de Adão para cobrir sua nudez. Toda vez que ele olhava para ela, ou tocava nela, certamente se lembrava do que havia feito e do que tinha perdido. Mais importante, isso era um lembrete da graça de Deus.
Sem dúvida, devemos ser muito gratos pela graça de Deus a nós. Existe melhor maneira de revelar essa apreciação do que mostrar graça aos outros? A quem, por mais que não mereça, você poderia mostrar a graça hoje?
Pecado e morte
Em Génesis 3:19, Adão foi informado de que, ao morrer, voltaria ao pó do qual havia sido feito. A mesma coisa acontece a nós. Observe que não voltamos a ser macacos, porque não fomos feitos a partir dos macacos. Fomos feitos do pó, e na morte é ao pó que retornamos.
3. Leia Génesis 2:7; Salmo 104:29, 30; João 1:4; Atos 17:24, 25. Qual é o significado fundamental desses textos para nós? Como essa verdade deve afetar nossa maneira de viver?
A vida é um fenómeno maravilhoso. Estamos familiarizados com a vida, mas ainda há algo misterioso a respeito dela. Podemos separar as partes de um organismo vivo, mas no fim nada encontramos, exceto vários tipos de átomos e moléculas. Podemos coletar as moléculas em um recipiente e aquecê-lo, passar uma descarga elétrica através dele ou tentar uma série de experimentos diferentes, mas não obteremos vida novamente. Não existe uma entidade chamada “vida” que exista dentro de um corpo vivo ou de uma célula viva. A vida é uma propriedade do sistema vivo por inteiro, não uma entidade que possa ser separada das células.
 Por outro lado, sabemos muito sobre como produzir a morte. Planejamos muitas maneiras de matar os seres vivos. Alguns desses métodos revelam, em detalhes impressionantes, a violência e crueldade do nosso coração pecaminoso. Podemos produzir morte, mas a criação da vida está além da nossa compreensão. Unicamente Deus tem a capacidade de criar organismos vivos. Os cientistas têm tentado criar vida, pensando que, se pudessem fazer isso, teriam uma desculpa para não acreditar em Deus. Até agora, todos esses esforços fracassaram.
4. Leia Isaías 59:2. Como o pecado afeta nosso relacionamento com o Doador da vida?
Se a vida só vem de Deus, então a separação de Deus nos isola da fonte da vida. O resultado

domingo, 17 de março de 2013

Sábado - Feito para o Homem

VERSO PARA A REALÇAR:“O Filho do Homem até do sábado é Senhor” (Mt 12:8, RC).
No fim do sexto dia, a criação tinha sido concluída (Gn 2:1, 2). O mundo havia sido transformado em um lugar habitável e tinha sido preenchido com criaturas vivas. Adão e Eva foram criados à imagem de Deus e receberam um bonito e bem suprido jardim para habitar. Eles formaram o primeiro casamento e estabeleceram o primeiro lar. Deus estava satisfeito com o que tinha criado. Outra coisa, no entanto, foi acrescentada a esse paraíso: o sábado (Gn 2:1-3).
Génesis 2 refuta a noção comum de que o sétimo dia é o “sábado judaico”. Por quê? Porque Deus abençoou “o dia sétimo e o santificou” no Éden, antes da queda e certamente antes que qualquer judeu existisse.
Além disso, o sábado é um memorial da criação de toda a humanidade (não apenas dos judeus) e, portanto, toda a humanidade deve desfrutar as bênçãos desse dia.
 Nesta semana, estudaremos o ensinamento bíblico sobre esse outro presente dado no Éden.
A criação e o sábado
Em Êxodo 20:8-11, o quarto mandamento se refere diretamente à semana da criação. Isso é importante porque aponta para o Éden e para um mundo sem pecado, perfeito, que havia acabado de sair das mãos do Criador. “O sábado não é apresentado como uma nova instituição, mas como havendo sido estabelecido na criação. Deve ser lembrado e observado como o memorial da obra do Criador” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 307).
1. Leia Génesis 2:1-3. Como o sábado está relacionado com a criação? Como esses versos ajudam a reforçar a ideia de que Deus, de fato, criou nosso mundo em seis dias, ao contrário das longas eras sugeridas pela evolução teísta?
Nesses três versos, é importante notar que se faz referência ao sétimo dia cinco vezes: em três delas ele é chamado especificamente o “sétimo dia”. Em duas vezes o dia é mencionado com os pronomes “ele” ou “esse”. Nesses versos, não resta nenhuma ambiguidade sobre o dia nem sobre o assunto específico mencionado, isto é, os seis dias da criação precederam o sétimo dia.
2. Leia Hebreus 4:3, 4. A qual evento o autor de Hebreus aponta em sua explanação sobre o descanso? Por que isso é importante?
Essa é uma clara referência do Novo Testamento ao relato da criação em Gênesis, e provê evidência adicional para a verdade histórica da criação em seis dias, seguida por um dia de descanso.
 Hoje, muitos resistem à ideia de que a criação tenha ocorrido em seis dias. Exigem provas científicas de que o relato é verdadeiro. Mas a própria ciência tem muitas coisas indefinidas, incertezas e pressupostos. Além disso, haveria alguma forma de provar uma criação em seis dias literais?
 Deus “não removeu a possibilidade da dúvida. A fé deve repousar sobre a evidência e não sobre a demonstração. Os que desejam duvidar terão oportunidade para isso. Aqueles, porém, que desejarem conhecer a verdade, encontrarão terreno amplo para a fé” (Ellen G. White, Educação, p. 169).
Quais são as suas razões para a fé? Por que elas superam todas as razões para a dúvida?
O rico significado do descanso sabático
3. Leia Deuteronômio 5:12-15. Em que aspecto a ênfase do mandamento do sábado aqui difere da ênfase de Êxodo 20:8-11?
Naquela ocasião, Moisés lembrou aos israelitas que eles deveriam guardar o sábado porque Deus os tinha livrado do Egito. O texto não diz nada sobre os seis dias da criação nem sobre o sábado sendo o descanso de Deus. Em vez disso, a ênfase está na salvação, libertação e na redenção; nesse caso, redenção do cativeiro egípcio, que é símbolo da verdadeira redenção que temos em Jesus (1Co 10:1-3).
 Em outras palavras, não há conflito entre os textos, nenhuma justificativa para tentar usar uma passagem para negar a verdade da outra. Moisés estava mostrando que as pessoas pertencem ao Senhor, em primeiro lugar pela criação, e, em seguida, pela redenção.
4. Leia Ezequiel 20:12 e Êxodo 31:13. Que outra razão temos para observar o sábado?
As passagens que mencionam a santificação nos lembram de que só Deus pode nos tornar santos. Somente o Criador pode criar um novo coração dentro de nós.
Considere três razões para a observância do sábado e como elas estão relacionadas. Primeira: guardamos o sábado em reconhecimento do fato de que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo. Segunda: observamos o sábado porque Deus é Aquele que nos redimiu e nos salvou em Cristo. Terceira: guardamos o sábado porque Ele é o único que nos santifica, o que ocorre apenas pelo poder criador de Deus (Sl 51:10; 2Co 5:17).
Portanto, as teorias que negam a criação em seis dias tendem a diminuir a graça de Deus e aumentar o valor de nossos próprios esforços a fim de nos tornarmos bons o suficiente para obter a salvação. A história da criação nos lembra da nossa total dependência da graça e do sacrifício de Cristo em nosso lugar.
Como o sábado nos ajuda a entender melhor nossa absoluta necessidade da graça de Deus para tudo na vida? Como esse conhecimento deve influenciar nossa maneira de viver?
Jesus e o sábado
5. Leia Marcos 2:27, 28. Que verdade fundamental sobre o sábado Jesus revelou? Como podemos aplicar esse princípio à nossa experiência com o sábado?
Jesus e Seus discípulos tinham acabado de passar por um campo de cereais. Os discípulos, com fome,

sexta-feira, 15 de março de 2013

Quem criou Deus? De onde veio Deus?"


Resposta: O ateísta Bertrand Russel escreveu em seu livro “Por que não sou um Cristão” que, se é verdade que todas as coisas precisam de uma causa, então Deus também precisa de uma causa. A partir daí ele concluiu que se Deus precisava de uma causa, então Deus não era Deus (e se Deus não é Deus, então, logicamente, não há Deus). Esta foi simplesmente uma forma um pouco mais sofisticada da pergunta infantil: “Quem criou Deus?” Até uma criança sabe que as coisas não surgem do nada, então se Deus é uma “coisa”, então Ele deve também deve ter uma causa, certo?
À luz de todas as comprovações para o início do Universo espaço-tempo, o Iniciador deve estar fora do Universo espaço-tempo. Quando se sugere que Deus é o Iniciador, os ateus rapidamente fazem a antiga pergunta: "Então quem criou Deus? Se tudo precisa de uma causa, então Deus também precisa de uma causa!".
Como já vimos, a lei da causalidade é o fundamento da ciência. A ciência é a busca pelas causas, e essa busca é baseada em nossas observações coerentes e uniformes de que tudo o que tem um começo teve uma causa. O fato é que a pergunta "Quem criou Deus?" destaca a seriedade com que levamos a lei da causalidade. Toma-se como certo que praticamente tudo precisa de uma causa.
Então por que Deus não precisa de uma causa? Porque a posição dos ateus não compreende a lei da causalidade. A lei da causalidade não diz que tudo precisa de uma causa. Ela diz que tudo o que venha a existir precisa de uma causa. Deus não veio a existir, ninguém fez Deus. Ele não é feito. Como ser eterno, Deus não tem um começo e, assim, ele não precisou de uma causa.
"Mas, espere um pouco", vão protestar os ateus. "Se você pode ter um Deus eterno, então eu posso ter um Universo eterno! Além do mais, se o Universo é eterno, então ele não teve uma causa." Sim, é logicamente possível que o Universo seja eterno e que, portanto, não tenha tido uma causa. De fato, só existem duas possibilidades: ou o Universo é eterno, ou alguma coisa fora do Universo é eterna (uma vez que algo inegável existe hoje, então alguma coisa deve ter existido sempre. Só temos duas opções: o Universo ou algo que tenha causado o Universo). O problema para o ateu é que, enquanto é logicamente possível que o Universo seja eterno, isso parece não ser realmente possível. Todas as evidências científicas e filosóficas (segunda a lei da termodinâmica, princípio da relatividade de Einstein, radiação do Big-Bang, o universo em expansão, diminuição da radioatividade e o argumento cosmológico kalam) dizem que o Universo não pode ser eterno. Assim, descartando uma das duas opções, ficamos apenas com a outra: alguma coisa fora do Universo é eterna.
Ao chegar a esse ponto, existem apenas duas possibilidades para qualquer coisa que exista: 1) ou essa coisa sempre existiu e, portanto, não possui uma causa, ou 2) ela teve um início e foi causada por alguma outra coisa (ela não pode ser sua própria causa, porque teria de ter existido antes para poder causar alguma coisa). De acordo com essa comprovação decisiva, o Universo teve um início, e, portanto, isso deve ter sido causado por alguma outra coisa — algo fora de si mesmo. Note que essa conclusão é compatível com as religiões teístas, mas não está baseada nessas religiões: está baseada em razão e provas.
Então, qual é a Causa Primeira? Alguém pode pensar que você precisa confiar numa Bíblia ou em algum outro tipo de assim chamada revelação religiosa para responder a essa pergunta, mas, outra vez, não precisamos de nenhum livro sagrado para descobrir isso. Albert Einstein estava certo quando disse: "A ciência sem a religião é aleijada; a religião sem a ciência é cega". A religião pode tanto ser informada como confirmada pela ciência, como acontece no caso do argumento cosmológico, ou seja, podemos descobrir algumas características da Causa Primeira simplesmente com base na evidência que discutimos neste capítulo. Dessa evidência, sabemos que a Causa Primeira deve ser:
Auto-existente, atemporal, não espacial e imaterial (uma vez que a Causa Primeira criou o tempo, o espaço e a matéria, a Causa Primeira deve obrigatoriamente estar fora do tempo, do espaço e da matéria). Por outras palavras, não tem limites ou é infinita.
Inimaginavelmente poderosa para criar todo o Universo do nada.
Supremamente inteligente para planear o Universo com precisão tão incrível.
Pessoal, com o objetivo de optar por converter um estado de nulidade num Universo tempo-espaço-matéria (uma força impessoal não tem capacidade para tomar decisões).
Essas características da Causa Primeira são exatamente as características teístas atribuídas a Deus. Mais uma vez, essas características não são baseadas na religião ou em experiências subjetivas de alguém. Foram tiradas da comprovação científica que acabamos de analisar e nos ajudam a ver uma seção importantíssima da tampa da caixa do quebra-cabeça que chamamos vida.
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Extraído do Livro: “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, de Norman Geisler e Frank Turek

terça-feira, 5 de março de 2013

Mordomia Cristã e o Ambiente

VERSO PARA REFLETIR:“Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela Terra” (Gn 1:28).
O mundo em que vivemos é um presente de amor do Deus Criador, “[d]Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:7). Dentro dessa criação Ele colocou os seres humanos, ligados intencionalmente em relacionamento com Ele, com outras pessoas e com o mundo ao redor. Portanto, como adventistas do sétimo dia, consideramos que a preservação e cuidado do meio ambiente estão intimamente relacionados com nosso serviço para Ele.
 
“Visto que a pobreza humana e a degradação ambiental estão inter-relacionadas, comprometemo-nos a melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas. Nosso objetivo é o desenvolvimento sustentável dos recursos, enquanto atendemos às necessidades humanas. [...]
“Nesse compromisso, confirmamos nossa condição de mordomos da criação de Deus e cremos que a total restauração será alcançada somente quando Deus fizer novas todas as coisas” (Extraído de “Cuidando da Criação, uma Declaração da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia sobre o Meio Ambiente”, votada em 12 de outubro de 1992).
Domínio outorgado no princípio
De acordo com Génesis 1:26, o domínio de Adão se estendeu a todos os outros seres criados, no mar, na terra e no ar. O domínio inclui a ideia de governar ou ter poder sobre essas criaturas. Nada é dito a respeito do domínio sobre as forças da natureza em si, mas apenas sobre as criaturas. E, de acordo com o texto, essa regra era universal: Adão devia ser, essencialmente, o governante da Terra.
1. Qual foi a resposta de Davi para a honra que Deus deu aos seres humanos? O que significam a “honra e glória” que nos foram dadas, especialmente no contexto dos seres humanos recebendo o domínio sobre a Terra? Sl 8
De acordo com Génesis 2:19, uma das primeiras tarefas de Adão foi dar nome aos animais. Nomes tinham grande significado nos tempos bíblicos. O nome representava a própria pessoa e, muitas vezes, a situação da pessoa. A autoridade para dar nomes às aves e animais foi a confirmação da posição de Adão como governante sobre os animais.
2. Leia Génesis 2:15. De que forma você vê o princípio da mordomia cristã revelado nesse texto?
Adão foi incumbido de cuidar do jardim, administrá-lo e atender às suas necessidades. A raiz hebraica, smr, traduzida ali como “guardar”, geralmente significa “zelar” ou “proteger”. O jardim foi um presente para Adão, uma expressão do amor de Deus. Adão também recebeu a responsabilidade sobre ele, outro exemplo do domínio que lhe foi conferido no momento da criação.
Como nossa compreensão de Deus como Criador, ou ainda mais especificamente, nossa compreensão da história da criação, deve influenciar nossa maneira de tratar o meio ambiente? Por que a compreensão dessas coisas deve nos proteger da indiferença grosseira ou, ao contrário, da devoção fanática para com o meio ambiente?
 
Cuidando de outras criaturas
3. “Todos os animais da floresta são Meus, como são as cabeças de gado aos milhares nas colinas” (Sl 50: 10, NVI). Está o tema da mordomia da Terra implícito nesse texto?
4. Leia Apocalipse 4:11. Qual é a diferença radical entre esse texto e as noções comuns dos ateus acerca de uma criação sem um criador, que surgiu unicamente pelo acaso?
A criação dos animais não foi um acidente nem uma ideia posterior. Deus os criou propositalmente. Era Sua vontade que eles existissem, e esse princípio deve orientar nossa maneira de tratá-los (veja também Êx 23:5, 12; Pv 12:10; Lc 14:5).
 Na verdade, a crueldade para com os animais e a indiferença em relação ao seu sofrimento são amplamente reconhecidas como sintomas de transtornos de personalidade. Muitas organizações foram criadas para promover o bom tratamento dos animais, e com razão.
 No entanto, ao mesmo tempo, algumas pessoas têm chegado a afirmar que os seres humanos não são intrinsecamente mais importantes do que os animais. Assim, os seres humanos não deveriam receber tratamento preferencial. Em muitos aspectos, isso é uma linha de pensamento que flui logicamente a partir de um modelo evolucionista das origens humanas. Afinal, se nós e os animais somos separados apenas pelo tempo e pelo acaso, por que deveríamos ser mais especiais do que eles? Um filósofo chegou a argumentar que uma galinha, ou mesmo um peixe, tem mais “personalidade” do que um feto no ventre ou até mesmo do que uma criança recém-nascida. Por mais ridículas que essas ideias possam parecer, elas podem ser derivadas, com uma quantidade razoável de lógica, de um modelo ateísta evolucionista das origens humanas.
 Essas ideias não são apoiadas nas Escrituras. Os seres humanos têm uma posição especial no plano de Deus, em contraste com a dos animais (veja Gn 3:21; Êx 29:38; Lv 11:3).
Imagine que você é um evolucionista ateu. Pense nas razões pelas quais acha que os animais devem ser tratados da mesma forma que os seres humanos. O que isso diz sobre a importância dos nossos pressupostos para determinar o resultado do nosso pensamento?
O sábado e o meio ambiente
Como vimos, o conceito de mordomia, no contexto da nossa maneira de cuidar do planeta, está diretamente ligado à criação. Nossos pontos de vista sobre a criação influenciam nossas opiniões sobre a forma pela qual devemos nos relacionar com a criação.
 Para alguns, a criação deve ser explorada, usada, e até mesmo saqueada, em qualquer grau necessário para cumprir nossos desejos e necessidades. Outros, ao contrário, quase adoram a criação (Rm 1:25). Então, é a visão bíblica que deve nos dar uma perspectiva equilibrada sobre a forma com que devemos nos relacionar com o mundo que o Senhor criou para nós.
5. Leia Êxodo 20:8-11. O que encontramos nesse mandamento que diz respeito à mordomia cristã?
“Deus separou o sábado como memorial e lembrança perpétua de Seu ato criador e do estabelecimento do mundo. Ao descansar nesse dia, os adventistas do sétimo dia reforçam o sentido especial de relacionamento com o Criador e Sua criação. A observância do sábado destaca a importância da nossa integração com o meio ambiente como um todo” (Extraído de “Cuidando da Criação, uma Declaração da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia sobre o Meio Ambiente”, votada em 12 de outubro de 1992).
 Ao apontar o fato de que Deus nos criou e o mundo em que habitamos, o sábado é um lembrete constante de que não somos criaturas totalmente autônomas, que podem fazer tudo o que desejam aos outros e ao mundo. O sábado deve nos ensinar que somos, de fato, mordomos, e que a mordomia implica responsabilidades. E, como podemos ver no próprio mandamento, a responsabilidade se estende à nossa maneira de tratar os que estão “abaixo” de nós.
Como você trata as outras pessoas, especialmente as que estão sob seu comando? Você está tratando-as com respeito, justiça e graça? Ou está tirando vantagem do poder que você tem sobre elas? Se for o último caso, lembre-se: um dia você terá que responder por suas ações.
Mordomos da saúde
Como vimos ao longo deste trimestre, a criação original de Deus era “muito boa”. Tudo e todos saíram das mãos do Criador em estado de perfeição. Não havia doença, sofrimento nem morte. Ao contrário do modelo evolutivo, no qual a doença, o sofrimento e a morte são parte dos meios de criação, essas coisas surgiram somente depois da queda, após a entrada do pecado. Assim, é apenas no contexto da história da criação que podemos melhor compreender o ensino bíblico sobre saúde e cura.
6. Leia 1 Coríntios 6:19, 20. Qual é nossa responsabilidade diante de Deus a respeito do cuidado do nosso corpo?
É por meio do nosso cérebro que o Espírito Santo Se comunica conosco. Se quisermos ter comunhão com Deus, devemos cuidar do corpo e do cérebro. Se abusarmos do nosso corpo, destruiremos a nós mesmos, física e espiritualmente. De acordo com esse texto, a saúde e nossa maneira de cuidar do corpo, o “templo de Deus”, é uma questão moral, cheia de consequências eternas.
 Cuidar da saúde é uma parte vital do nosso relacionamento com Deus. Obviamente, alguns aspectos da saúde estão além do nosso controle. Temos genes defeituosos, estamos expostos a produtos químicos ou outros agentes prejudiciais desconhecidos e estamos em risco de danos físicos que podem prejudicar nossa saúde. Deus sabe de tudo isso. Mas na medida de nossas possibilidades, devemos fazer o melhor para preservar nosso corpo feito à imagem de Deus.
“Ninguém que professe piedade considere com indiferença a saúde do corpo, nem se iluda com o pensamento de que a intemperança não é pecado e não afetará sua espiritualidade. Existe uma estreita afinidade entre a natureza física e a moral. O padrão de virtude é elevado ou rebaixado por meio dos hábitos físicos [...] Qualquer hábito que não promova o perfeito funcionamento saudável do organismo humano degrada as mais elevadas e nobres faculdades” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, 67).
Princípios de mordomia cristã
7. “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes” (Tg 1:17). Como esse texto ajuda a estabelecer a base para um conceito de mordomia fundamentado na Bíblia?
Muitas vezes tendemos a pensar em mordomia em termos de dinheiro. No entanto, como vimos nesta semana, a mordomia envolve muito mais do que isso. Porém, seja lidando com dinheiro, com preocupações ambientais ou com nossa saúde, existem certos princípios envolvidos na boa mordomia, princípios que têm seu fundamento último na criação descrita em Génesis. No fim, visto que Deus é nosso Criador, e que tudo que temos é dádiva dEle, devemos ser bons mordomos de tudo o que foi confiado a nós.
8. Leia Mateus 25:14-30. Como essa parábola ilustra as recompensas da boa mordomia? Qual é a mensagem da parábola sobre os princípios da mordomia em geral?
“Cristo confia a Seus servos ‘Seus bens’ – alguma coisa que deve ser usada para Ele. Dá ‘a cada um a sua obra’. Todos têm seu lugar no plano eterno do Céu. Todos devem colaborar com Cristo para a salvação das pessoas. Tão certo como nos está preparado um lugar nas mansões celestes, há também um lugar especial designado na Terra, onde devemos trabalhar para Deus” (Ellen G. White,
Parábolas de Jesus, p. 326, 327).
O que você está fazendo com os talentos que recebeu do “Pai das luzes”? Que escolhas você pode fazer que lhe permitirão usar esses dons em um serviço melhor para a causa do Senhor?
 Estudo adicional
Os seguidores de Cristo foram redimidos para o serviço. Nosso Senhor ensina que o verdadeiro objetivo da vida é servir. […] A lei de servir se torna o vínculo que nos liga a Deus e a nosso semelhante” (Ellen G, White, Parábolas de Jesus, p. 326).
Perguntas para reflexão
 1. Alguns secularistas propuseram que o valor da vida não deve ser medido pela condição humana, mas pelo potencial para viver de modo agradável. Eles podem valorizar um chimpanzé jovem e saudável mais do que a um ser humano velho e doente.
 Peter Singer argumenta que, em certos casos, os seres humanos não devem ter mais direitos do que alguns animais: “Os que protestam contra o aborto, mas se alimentam regularmente de frangos, porcos e bezerros mostram apenas uma preocupação tendenciosa pela vida dos membros de nossa espécie. Porque, a partir de qualquer comparação justa das características moralmente relevantes, como racionalidade, autoconsciência, percepção, autonomia, prazer, dor, e assim por diante, o bezerro, o porco e o muito ridicularizado frango, ficam bem à frente do feto em qualquer fase da gravidez. Se fizermos a comparação com um feto de menos de três meses de idade, um peixe mostraria mais sinais de consciência” (Peter Singer, Writings on an Ethical Life [Escritos sobre uma Vida Ética; New York, NY, The Ecco Press, 2000, p. 156).
 Singer é evolucionista. Ele acredita que não há nenhuma diferença qualitativa evidente entre nós e os animais. Acabamos de evoluir para algo diferente do que eles evoluíram, isso é tudo.
 O que está errado com essa descrição? Como devemos responder a esse raciocínio?
 2. Leve para a classe o texto “Cuidando da Criação, uma Declaração da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia sobre o Meio Ambiente”, votada em 12 de outubro de 1992 (procure no site adventist.org/beliefs/statements/main-­stat5.html.) Se não for possível, use os trechos citados na lição de sábado. Como essa declaração relaciona a criação em Génesis ao meio ambiente? Como uma visão adequada da criação pode nos proteger de tomar uma posição extrema?
Respostas sugestivas:
1. Davi louvou a grandeza de Deus em criar as maravilhas da Terra e colocar todas as coisas sob o domínio e cuidado do ser humano.
2. O homem foi colocado no jardim para o cultivar e guardar. Essa é a obra da mordomia cristã.
3. Sim, porque a mordomia cristã envolve a noção de que todos os animais e todo o planeta pertence ao Senhor. Por isso, devemos zelar pelo ambiente da melhor maneira possível.
4. Acreditamos que Deus criou todas as coisas e por Sua vontade elas existem.
5. Mordomia cristã inclui:
1. Trabalhar durante seis dias;
2. Cuidar dos recursos da Terra;
3. Santificar o sábado como memorial da criação;
4. Gastar tempo especial com o Senhor, com a família e com a comunidade.
5. Devemos glorificar a Deus em nosso corpo e espírito porque fomos comprados pelo sangue de Cristo.
6. Visto que toda boa dádiva e todo dom perfeito são dados por Deus, devemos usá-los para glória de Deus e para Seu serviço.
7. Os mordomos que multiplicaram os talentos recebidos serão aprovados e recompensados com maiores responsabilidades e alegrias. Deus nos dá talentos e espera que negociemos com eles, para que o Seu reino cresça e mais pessoas sejam salvas.