quarta-feira, 2 de março de 2011

A FORMAÇÃO DOS FÓSSEIS

Para estudar as formas primitivas de vida surgidas no decorrer da história terrestre, os cientistas recorrem aos fósseis. Nas rochas sedimentares podem ser encontrados restos, ou até indícios, de animais e de vegetais petrificados: são os fósseis. É claro que a fossilização de um vegetal ou de um animal exige condições especiais. Normalmente os seres orgânicos se decompõem, mas, submetidos a certas condições, eles podem petrificar-se. Os casos de fossilização são relativamente raros, e, encontrar exemplares fósseis é bastante difícil.
Normalmente, quanto mais profundamente uma camada de sedimentos se situa na crosta terrestre, mais antigos são os fósseis que nele se acham. Mas pode haver excepções a esta correspondência entre profundidade da rocha e antiguidade, quando se dá uma dobra geológica que produza uma inversão de posição das camadas geológicas.
A datação quer dos fósseis, quer das camadas geológicas envolve processos muito complexos e seu
resultado é de precisão um tanto relativa. Evidentemente, quanto mais antiga a camada ou o fóssil, mais imprecisa é a sua datação. Conhecendo-se a idade provável de uma determinada camada geológica, pode-se presumir que, normalmente, os fósseis nela encontrados têm a sua idade.
Evidentemente, nos primeiros tempos geológicos, a Terra não oferecia condições ambientais propícias à existência de vida. Só após alguns bilhões de anos, foi possível existirem as condições ambientais necessárias para que seres vivos pudessem existir. Estima-se que a Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos e que a vida só teria surgido entre 4 e 3,5 bilhões de anos atrás, o que é um tempo relativamente curto.
O tempo geológico é dividido, para fins de estudo, em eras e períodos.
A Geologia e a Paleontologia apresentam o seguinte quadro das eras geológicas.
1 - MICRO-ORGANISMOS
Os manuais escolares - todos eles evolucionistas primários - costumam apresentar o aparecimento dos seres vivos numa sequência que insinua a verosimilhança da evolução. Assim, dizem eles que os primeiros seres vivos de que se tem notícia são seres unicelulares, depois, teriam surgido os metazoários, os animais de corpo mole, os animais de carapaça, os insectos, os vertebrados, os anfíbios, os répteis, as aves, os mamíferos, e, por fim, o homem. Porquê a evolução teria parado no homem, eles não explicam.
Esta sequência causa a impressão de que as várias espécies vieram umas das outras, como se tivesse existido um único filão genético. Entretanto, a realidade é bem mais complexa.
Quando se estudam os registos fósseis, o que se encontra é uma grande multiplicidade filo-genética. Cada espécie surge de modo repentino, sem nunca apresentar antecedentes genéticos, e, muitas vezes, desaparece também bruscamente pluralidade de sequências filo-genéticas indica então que os seres vivos não provém uns dos outros. Cada espécie surge de modo abrupto - sem antepassados conhecidos - vive durante um período relativamente extenso sem nunca mudar na sua forma essencial, e desaparece repentinamente, sem ligação genética com as espécies posteriores a ela.
Este fato é o grande tropeço para a teoria evolucionista.
Se o aparecimento de novas espécies vivas é um mistério para a ciência, o desaparecimento de algumas delas pode ser explicado por fenómenos cataclísmicos - como as orogenias - que poderiam ter aniquilado os seres vivos de uma região ou continente.
Como vimos, calcula-se que seres vivos poderiam ter começado a existir, na Terra, há 3,5 bilhões de anos. Admite-se que os primeiros seres vivos foram micro-organismos unicelulares. Como estes seres unicelulares apareceram e como eles teriam evoluído para seres mais complexos assunto que continua a ser um mistério.
Os metazoários, que são os primeiros seres vivos multi-celulares e complexos, surgem de modo repentino, e sem antecedentes claros, nos registos fósseis.
Paleontólogos canadianos descobriram os fósseis mais antigos registados até ao presente. São fósseis de seres de cerca de 2 metros, bastante complexos para os achados até agora (Narbonne, Guy M., James G. Gehling, Geology, vol. 31, n.1, de 2001, Life after snowball: The oldest complex Ediacaran fossils). Isto é uma evidência de que o registo de fósseis até ao presente não mostra nem de perto nem de longe uma escala crescente de complexidade. Como a Teoria da Evolução permite todas as hipóteses, supõe-se agora que a vida tenha uma origem complexa.
Antes dessa recente descoberta por cientistas canadianos, os registos dos primeiros indícios de vida, que datam do período Pré-Cambriano, são raros. Em 1947, o geólogo australiano R.C. Spring encontrou em Ediacara Hills, no sul da Austrália, depósitos sedimentares marinhos com ricos exemplares fósseis Pré-Cambrianos. Novas pesquisas, no local, enriqueceram ainda mais o tesouro fóssil encontrado. Estão presentemente classificados cerca de 600 espécies diferentes provenientes de Edicara, datando do Pré-Cambriano. Lá foram achados animais marinhos de corpo mole (Jellyfishes), corais moles, pedaços de vermes com cabeças solidamente escudadas, “penas - marinhas”. Todos estes seres de corpo mole pertenciam, de modo geral, ao filo dos celenterados. (Cfr. Martin F. Glaessner, “Pre-Cambryan Animals”, artigo na revista Science).
Há um facto muito impressionante nos fósseis de Edicara: ficou comprovado que os fósseis celenterados de Edicara não são celenterados e echinodermos do mesmo tipo que os do Cambriano. Pelo contrário, são tão diferentes deles que não há possibilidade de terem sido os seus ancestrais.
Repentinamente, nas camadas geológicas do Cambriano, aparece um tão grande número de fósseis de tão variados tipos -- inclusive com vertebrados -- que se fala da “explosão da vida do Cambriano”. Se a teoria darwinista fosse verdadeira, dever-se-iam encontrar fósseis predecessores desta “explosão de vida cambriana”. Nada existe antes que possa explicar o surgimento de tão grande número de espécies tão diversas e tão complexas. E as espécies encontradas e que sobreviveram durante largos períodos geológicos nunca evidenciaram sinais de evolução.
Até mesmo cientistas insuspeitos de serem anti-evolucionistas confessam que o aparecimento explosivo de novas espécies no Cambriano, sem nenhum antepassado comprovado, “ maior mistério da história da vida” (George Gaylord Simpson, apud D. T. Gish, op. cit. p. 56). O próprio Elredge - um dos fundadores a teoria evolucionista do “equilíbrio pontuado” - reconhece que a fauna de Edicara e a “explosão cambriana” constituem um grande desafio para a Ciência. Entenda-se, para a o evolucionismo.
Elredge tenta solucionar este mistério dizendo que não se acharam fósseis antecessores da vida cambriana, porque os seres do Pré-Cambriano eram de corpo mole, o que teria impedido a formação de fósseis. Ora, se fosse assim, não se teria podido conhecer a existência dos animais de corpo mole de eras geológicas passadas.
Gish espanta-se com esta desculpa esfarrapada de Elredge, lembrando que, se foram achados indícios de seres microscópico e de unicelulares, com maior razão podem ser encontrados sinais de vida de animais de corpo mole do Pré-Cambriano, como aliás o foram, em Edicara, Entretanto, não foram achados, até hoje, os fósseis intermediários entre os seres do Pré-Cambriano e os do Cambriano. Neste ponto também o evolucionismo darwinista ou moderno carece de comprovação.
2 - O APARECIMENTO DOS INSETOS
O aparecimento dos insectos é tão repentino como a dos vertebrados: não há espécies anteriores das quais eles teriam evoluído. Os primeiros exemplares de insectos fossilizados aparecem nas rochas do período Devoniano, mas é no Carbonífero (especialmente no sub-período Pensilvaniano) que eles aparecem em tão grande quantidade que essa época é chamada a Idade dos Insectos. Existem fósseis de libélulas desse tempo de 5 a 7 cm de comprimento. As baratas que surgiram no Carbonífero tinham já o mesmo aspecto desagradável que têm hoje, conforme Duane Gish faz questão de lembrar citando Betty Fisher do Museu Americano de História natural (P. 61). A barata tem produzido o mesmo nojo desde há 200.000.000 de anos. Ela não evoluiu em todo esse enorme espaço de tempo.
Os evolucionistas pretendem que os insectos voadores provieram de insectos incapazes de voar. Entretanto, até hoje, jamais se encontrou o espécimen intermediário entre os insectos não - alados e os alados. Só se encontram fósseis de insectos ou alados ou não alados. O semi-alado não existe.
Um caso recente, de publicação na revista Nature, divulgado a partir de um estudo realizado pelo biólogo Michael Whiting, entre outros cientistas, mostrou que, “evolutivamente”, os insectos popularmente chamados de “bicho-pau” teriam perdido e recuperado as asas pelo menos por quatro vezes, em 50 milhões de anos (Whiting, M. F., Bradler, S., Maxwell, T.; Nature, jan/2003 ). Ora, acreditar nisso é considerar que esses animais teriam tido uma “sorte” imensa.
3 - INVERTEBRADOS E VERTEBRADOS
É também uma afirmação sem base na realidade a de que os animais vertebrados evoluíram a partir dos invertebrados. Não há nenhuma base fóssil para a tese evolucionista neste reino da natureza. Conforme Ommanney há um intervalo de 100.000.000 de anos entre os primeiros peixes vertebrados e os mais recentes invertebrados.
Os primeiros seres semelhantes a peixes vertebrados - os Agnata - apareceram na era Paleozóica, durante o período Siluriano, isto é, há cerca de 600.000.000 de anos atrás. Nenhum antepassado fóssil pode ser apresentado com antepassado direto desses especímenes vertebrados. Os Agnata aparecem - como todos os outros seres vivos - de modo abrupto, e não como efeito de uma longa evolução.
No passado, alguns evolucionistas pretenderam que os peixes com estrutura cartilaginosa teriam dado
origem aos peixes com estrutura óssea. Assim, se disse que os Chondrichthyes teriam sido os ancestrais intermediários entre os peixes com estrutura ósseos e os cartilaginosos. Mas, segundo Romer, autor da obra “Paleontologia Vertebrada”, a pesquisa leva à conclusão oposta à pretendida pelos evolucionistas: os tubarões teriam regredido de uma estrutura óssea maior para outra menor. O mesmo Romer afirma que o aparecimento dos peixes de estrutura vertebrada no registo fóssil é dramaticamente brusco, sem ancestrais aparentes. Ele diz: “O ancestral comum dos vários grupos peixes de estrutura óssea é desconhecido" (apud Duane T. Gish, op cit p.68).
Todd, discutindo a origem dos peixes vertebrados observa que:
“Todas as três subdivisões dos peixes vertebrados aparecem aproximadamente ao mesmo tempo, no registo fóssil. Eles eram já morfologicamente largamente divergentes do ponto de vista morfológico, e estavam pesadamente couraçados. Como se originaram? O que lhes permitiu divergir tão largamente? Como todos eles conseguiram ter pesada couraça? E por que não há traço de espécies anteriores intermediárias?” (Todd, apud D. T. Gish, op. cit. p. 69).
Excelentes e embaraçosas perguntas para os defensores da teoria evolucionista!
Duane Gish, em seu excelente livro em que estamos nos baseando, cita outro especialista em vida aquática, Errol White, que, apesar de evolucionista afirma:
“Mas qualquer sejam as ideias que as autoridades tenham no assunto, os peixes pulmonares, como todos os grupos maiores que conheço, têm sua origem firmemente baseada em nada... “. (Errol White, apud Duane T. Gish, op. cit. p. 68).
Portanto, também para os peixes, a teoria evolucionista não foi provada. Ela se funda em Nada.
Quanto maior é a autoridade de um cientista em determinada ciência biológica, mais ênfase ele põe ao confessar a falta de fundamento da teoria evolucionista.
Quanto mais se desce no nível de autoridade, mais ênfase e convicção -- para não usar o termo fanatismo -- se acha na defesa da teoria evolucionista.
4 - A TRANSIÇÃO DOS PEIXES AOS ANFÍBIOS
Vimos, até agora, que o Evolucionismo, a cada passo do estudo dos fósseis, só tem encontrado problemas. Mas, a eles, não tem dado solução. É o que lhe aconteceu, também, ao pesquisar a passagem dos invertebrados para os vertebrados. Embora se tenham sugerido as mais variadas soluções para demonstrar que os vertebrados vieram dos invertebrados, nenhuma acabou sendo comprovada. Supôs-se que esta transição se tenha dado através de animais “cordados”, isto é, de animais que tivessem uma espécie de “notocorda”. Entretanto, jamais tal acontecimento foi comprovado por meio de fósseis.
Também a passagem dos peixes para os anfíbios encontrou a mesma impossibilidade. Embora esta passagem tivesse requerido um largo espaço de tempo, até hoje, não se achou o liame entre essas duas espécies de animais.
Alguns autores tem defendido a hipótese de que o peixe crossopterygiano teria originado o anfíbio do género ichthyostega. Entre esses dois géneros, há um enorme intervalo de tempo que teria permitido o aparecimento de inúmeras formas transicionais. Elas, porém, não existem. Nem no Ichthyostega há vestígios de barbatanas de seus supostos antepassados, nem nos Crossopterigianos há formas incipientes dos futuros membros dos anfíbios ichthyostegas. Em nenhum peixe se acham elementos ligando as barbatanas à estrutura vertebral. Quando aparecem pequenos ossículos estruturais das barbatanas, eles são sempre muito pequenos, apenas ligados aos tecidos do peixe, e nunca tem uma ligação óssea com a espinha dorsal do peixe, formando uma estrutura firme que lhe possibilitasse o caminhar.
Pelo contrário, nos anfíbios, a estrutura óssea que liga os membros à coluna vertebral é sempre muito forte e bem desenvolvida. Não foi jamais encontrado um fóssil com estrutura óssea intermediária entre o peixe e o anfíbio.
Conforme o evolucionista Rommer, teriam sido as secas - comuns no período Devoniano - que obrigaram os peixes a desenvolver pulmões ao mesmo tempo que continuavam a ter guelras, para poderem viver fora da água. Teria sido destes animais intermediários que teriam vindo os anfíbio atuais. Acontece que nas camadas devonianas não se encontram fósseis que confirmem essa hipótese de Rommer.
Os evolucionistas afirmam que a transição do peixe para o anfíbio teria ocorrido há 70 milhões de anos atrás. Ora, em 1939, foi pescado, no litoral da África, um peixe um Latimeria que é um peixe crossoptergiano. Ele era exatamente igual ao peixe de 70 milhões de anos atrás. Em todo esse tempo, em vez de evoluir para se tornar anfíbio, continuou um Latiméria, contrariando as teorias que desejavam que ele tivesse evoluído
5 - DOS ANFÍBIOS AOS RÉPTEIS E MAMÍFEROS
Tanto a transformação de um invertebrado em vertebrado, quanto a mudança de um peixe para um anfíbio, ou a evolução de um réptil para uma ave requerem uma verdadeira revolução estrutural e morfológica no animal. É evidente que tal revolução - se ela existiu - teria que ter deixado inúmeras comprovações fósseis.
Os répteis se distinguem dos anfíbios especialmente pelo ovo amniótico “amniote ovo”. Os mamíferos se distinguem dos répteis por sua anatomia e fisiologia, seu modo de reprodução, sangue quente e não frio, posse de diafragma que lhe permite respiração diversa, capacidade de sugar dos filhotes e o ter pelos.
A sucessão anfíbios-répteis-mamíferos apresenta problemas cronológicos insolúveis para os evolucionistas, porque os ancestrais dos mamíferos existiram antes do que os próprios répteis.
Com efeito, os evolucionistas asseveram que os predecessores dos répteis foram os Seymuria e Dialectes que existiram no início do período Permiano. Eles admitem também que os antecessores dos mamíferos já existiam no período Carbonífero ( sub-período Pensylvaniano). Deste modo, os antecessores dos mamíferos teriam existido antes do que os répteis, dos quais teriam que vir os mamíferos. A sucessão pretendida da evolução não se encaixa na sucessão cronológica dos fósseis.
Por outro lado, alguns evolucionistas admitem que não foram descobertos os intermediários das 32 ordens de mamíferos.
George Gaylord Simpson afirma:
“Isto é verdade para as trinta e duas ordens de mamíferos... Os primeiros e mais antigos membros de cada ordem já têm os caracteres básicos da sua ordem, e em nenhum caso é conhecida uma sequência contínua aproximativa de uma ordem para outra. Em muitos casos a ruptura é tão aguda e o intervalo é tão largo que a origem da ordem é especulativa e muito disputada” (G. G. Simpson, Tempo and Mode in Evolution, Columbia Univ. Press p. 105, apud Duane T. Gish, op. cit. p.78).
6 - O PROBLEMA DOS MAMÍFEROS MARINHOS
Nas escolas em todo o mundo, muito se tem falado da origem terrestre das baleias e de outros mamíferos marinhos. Estes seres aparecem - como todos os demais - de modo repentino nos registos fósseis. Não há intermediários fósseis entre as baleias e demais mamíferos marinhos e seus supostos progenitores terrestres. É o que afirma E. C. Olson (The Evolution of Life, apud Gish, op. cit. p. 78) e confirmado por A. S. Romer quando diz a este respeito das baleias e golfinhos: “Nós desconhecemos os seus antecedentes terrestres e não podemos estar seguros do seu lugar de origem” (A. S. Romer, Vertebrate Paleontology, apud Gish, op. cit. p.79).
Também E. H. Colbert, (Evolution of Vertebrates) afirma a mesma coisa sobre a origem das baleias: “Estes mamíferos tem que ter tido uma origem antiga porque não existem formas intermediárias entre as baleias e os animais placentáceos do período Cretáceo, no registo fóssil. Como os morcegos, as baleias (...) aparecem repentinamente no começo do período Terciário, completamente adaptadas por profundas modificações da estrutura básica mamífera para um modo de vida altamente especializado. Na verdade, as baleias são ainda mais isoladas do que os morcegos com relação aos demais mamíferos. As baleias permanecem absolutamente isoladas.” (Apud D. T. Gish, op. cit. pp. 80).
7 - OS DEDOS DOS CAVALOS E A EVOLUÇÃO
Os evolucionistas, se não têm procurado pedir aos cavalos que lhes dêem uma mão, a fim de provar a evolução, têm, pelo menos, lhes pedido alguns dedos.
Com efeito, quase todo o mundo ouviu falar da famosa evolução do cavalo primitivo - que teria quatro dedos - para o cavalo intermediário com três dedos, até se chegar ao cavalo atual, cujo casco é, na realidade, a unha de um dedo muito desenvolvido.
Ainda que tivesse sido assim, a transformação de uma forma acidental - a mudança de quatro para três, e para um dedo - não significaria que o cavalo teria evoluído, pois em todos os casos o sujeito permaneceu o mesmo: o cavalo. Se tivesse havido evolução, teriam que se admitir três sujeitos distintos, o que não acontece.
Todavia, quando se estuda mais seriamente a questão, verifica-se que a historia fóssil é bem diversa da que é apresentada costumeiramente nos livros estudantis.
É o que nos dizem J. B. Birdsell: e G.G. Simpson. (Cfr. D.T. Gish op. cit. p. 82).
Duane T. Gish demonstra que a sequência dos antepassados do cavalo moderno, pelo menos no que tange aos fósseis sul-americanos contraria a tese da evolução do cavalo tal qual ela costuma ser apresentada.
Assim, os fósseis encontrados na América do Sul mostram que de fato houve seres do género equídeo, com quatro, três e um dedo. Entretanto, a sequência histórica não é essa. O fóssil mais antigo, desse género, na América do Sul, é o Diadiaphorus (com três dedos) e o thoatherium (com um só dedo) eram contemporâneos já no período Mioceno. Acontece, porém, que Macrauchenia (de quatro dedos) só vai surgir muito mais tarde, no Plioceno, quando o Thoatherium ( de um dedo só) já estava extinto. É a sequência inversa da apresentada nos livros que é a verdadeira! (Cfr. Gish, op. cit. pp. 83 e 84).
Poder-se-ia, ainda assim, argumentar que, de qualquer modo, houve uma sequência evolutiva, se bem que diversa da apresentada nos manuais, e que a sequência dos fósseis da América do Norte, apresentada pelos manuais, é verdadeira: o Hyracotherium (Eohippus) tinha quatro dedos; o Merychippus tinha três dedos; o Equus modernizem um só dedo.
O problema é que cientistas insuspeitos contestam que o Eohippus fosse realmente cavalo. H. Nilsson afirma que o Eohippus não se assemelha ao cavalo! Para Nilsson o Eohippus, tanto morfologicamente quanto com relação ao habitat, se assemelha mais ao género Hyrax (H. Nilson, Synthetische Artbuilding, apud D. T. Gish, op. cit. p. 85).
Com isto concorda também C. A. Kerkut (Implications of Evolution): “Em primeiro lugar, não está claro que o Hyracotherium (o Eohippus) seja o ancestral do cavalo. Por isso Simpson (1945) afirma, ‘Matthew mostrou e insistiu que o Hyracotherium (incluindo o Eohippus) é tão primitivo que não é muito mais definitivamente equídeo do que tapirídeo, rinocerontideo, etc. Mas ele é costumeiramente colocado na raiz do grupo equídeo" ( Apud D. T. Gish. op. cit. p. 86). E Kerkut conclui que “De algum modo, parece que o modelo da evolução do cavalo pode ser mesmo tão caótico quanto aquele que Osborn propôs para a evolução dos Proboscídeos...” Apud Gish p. 86). Nada provado, portanto.
8 - OS ROEDORES
Os mamíferos roedores, sendo os mamíferos mais prolíficos, o que tem maior número de espécies e vivendo em habitats bem diversos, poderiam fornecer mais provavelmente, maior número de provas da evolução. Também com relação a eles se repete o “ritornello”: Não se tem conhecimento de formas transicionais que tivessem dado origem aos roedores.
Romer diz deles: “A origem dos roedores é obscura (...) formas transicionais [relacionadas a eles] não são conhecidas” (Apud Gish op. cit. p. 87).
9 - SERES MAMÍFEROS E SERES ALADOS
Embora os evolucionistas garantam que os répteis teriam dado origem aos mamíferos, a transição de um grupo para o outro continua sendo um mistério. E um mistério de “cair o queixo”, já que uma das questões não explicadas é a respeito do modo de junção do queixo com o crânio nos répteis e nos mamíferos.
Nos répteis, o maxilar inferior é formado por seis ossos em cada lado da cabeça, enquanto que, nos mamíferos, o maxilar inferior é constituído por um osso único. Além disso, nos répteis, a mandíbula se junta ao crânio por meio do “osso quadrado”, que não existe nos mamíferos. Os répteis têm um só osso no ouvido, enquanto os mamíferos têm três ossos no ouvido: o estribo, o martelo e a bigorna. Existem, evidentemente, ainda outras diferenças entre répteis e mamíferos, mas tenhamos estas especialmente em vista.
Os répteis apareceram, junto com os mamíferos-semelhantes aos répteis, no período Carbonífero. Os mamíferos propriamente ditos surgiram, mais tarde, no Triássico, período em que desapareceram os mamíferos-semelhantes a répteis.
Convém observar, de passagem, que a existência de seres com características morfológicas comuns a dois géneros ou espécies diferentes não significa, de si, que ela seja intermediária entre esses dois géneros ou espécies. Assim, o ornitorinco (duck-bill platypus) tem características de mamífero, de ave e de réptil. À primeira vista, ele poderia ser tido como um animal intermediário, como um antecessor dos mamíferos que tivesse conservado ainda características de ave e de réptil. Nada mais falso, porque, ele é posterior ao surgimento dos mamíferos. Ele existe apenas a 150 milhões de anos, enquanto os mamíferos, sendo dos Triássico têm, pelo menos, 200 milhões de anos.
Geralmente se diz que os intermediários entre os répteis e os mamíferos teriam sido animais como o Morganucodon e o Kuehneotherium. Estes eram dois pequenos seres que datam do Triássico. Deles foram achados apenas fragmentos de ossos que não permitem conhecer como, de fato, era a junção de suas mandíbulas a seus respectivos crânios. Tudo o que deles se diz é mera suposição. Tanto o Morganucodon quanto o Kuehneotherio têm mandíbula típica de réptil com seis ossos em cada lado da mandíbula. Ambos também apresentam a junta da mandíbula com o crânio com osso quadrado, típico dos répteis.
Conforme afirmam os evolucionistas, estes dois animais teriam mandíbula que se unia ao crânio de um modo intermediário entre os répteis e os mamíferos, enquanto o seu ouvido teria também uma estrutura óssea intermédia. O que não explicam os evolucionistas é - se tivesse sido assim - como esses pobres animais conseguiam comer na fase de transição, e como sobreviveram, tendo então se tornado, pelo menos temporariamente, surdos.
Todos os fósseis de répteis até hoje encontrados, todos, têm apenas um único osso no ouvido. Jamais foi achado um ser intermediário entre réptil e mamífero que possuísse dois ossos no ouvido.
Um outro grande mistério para os evolucionistas é o “desaparecimento” dos mamíferos por um longo período de 120.000.000 de anos, período esse dominado pelos chamados dinossauros, pelos grandes répteis marinhos e pelos répteis voadores. Este “desaparecimento” dos mamíferos no período Triássico permanece inexplicado. Durante 120 milhões de anos os fósseis de mamíferos praticamente desaparecem, para, de repente, reaparecerem em número enorme, com as suas 32 diferentes ordens plenamente constituídas e estáveis. Evidentemente, eles não podem ter surgido no Triássico, depois, terem se extinguido, e finalmente reaparecido. Devem ter tido uma forte diminuição numérica de seus membros, motivada por razão que desconhecemos, para depois, cessada essa razão, se multiplicarem novamente em grande número. Possivelmente esse relativo desaparecimento dos mamíferos no Triássico se deveu à existência dos grandes sáurios predadores. Quando estes desapareceram - por razão tão misteriosa quanto a do “desaparecimento” dos mamíferos, estes últimos tornaram a se multiplicar.
Tratando deste fato diz G. G. Simpson:
“O mais intrigante evento na história da vida na Terra é a mudança do Mesozóico, a idade dos répteis, para a idade dos mamíferos” (Apud D. T. Gish, op. cit. p. 95).
10 - A ORIGEM DOS SERES ALADOS
O aparecimento de seres alados nos vários géneros de animais - insectos, répteis, aves e mamíferos (morcegos) - se existisse a evolução, exigiria uma verdadeira revolução estrutural nos seres não alados. Para que um ser não-alado passasse a ser capaz de voar não lhe bastaria, simplesmente, desenvolver asas. Ele teria que mudar seus ossos de pesados e cheios, para leves e ocos. Deveria desenvolver um sistema muscular inteiramente diverso, e revolucionar seu sistema nervoso.
Enquanto essas mudança estivessem ocorrendo, ele caminharia mal e ainda não voaria. É isto que os evolucionistas entendem como adaptação ao ambiente e como sobrevivência do mais apto. É evidente que este ser intermediário entre não alado e alado seria presa fácil dos seus predadores, pois nem andaria, nem voaria perfeitamente: seria um aleijado facilmente destrutível. Eis o mais apto a sobreviver: um aleijado e impotente.
É claro que também aqui os evolucionistas não dispõem de nenhum fóssil de ser intermediário entre não alados e alados em qualquer género de animal.
E. C. Olson - que é evolucionista - afirma:
“No que se refere ao voo, por mais longe que se vá no passado, há alguns verdadeiros grandes intervalos no registo fóssil”
E quanto aos insectos, diz o mesmo Olson:
“Não há quase nada para dar qualquer informação acerca da história da origem do vôo no que se refere aos insectos”.
Quanto aos répteis voadores, diz Olson:
‘Verdadeiro voo é registado, entre os répteis, pelos pterossáurios no período Jurássico. Embora o mais primitivo destes animais fosse menos especializado para voar do que os posteriores, não há absolutamente nenhum sinal de estágios intermediários”.
Sobre os mamíferos alados, afirma Olson:
“A primeira evidência de voo nos mamíferos existe em morcegos plenamente desenvolvidos, no Eoceno” (Citações de Olson apud Gish, op. cit. pp. 103 e 104).
O caso dos répteis alados é particularmente impressionante.
Gish, no bem argumentado livro que temos seguido e citado, mostra as diferenças estruturais enormes existentes entre o Saltoposuchus - tecodonte réptil que Romer considera ser o antepassado dos dinossauros, das aves e dos répteis alados - e o Rhamphorrhyncus, pteossaurio alado cujo enorme quarto dedo, sustentava a membrana que lhe permitia voar.
O Pteranodon - um animal do grupo dos pteossaurios - tinha um dedo de mais de 15 metros de comprimento, e um imenso bico desprovido de dentes.
Entre o pterossáurio de dedo imenso e o tecodonte, não existe nenhum intermediário com dedo de três, quatro, seis, dez metros. Não há intermediário entre os dois.
Por sua vez, os morcegos são tidos como tendo evoluído de um mamífero insetívoro não-alado. No morcego, quatro de seus cinco dedos são extremamente compridos para que possam suportar as suas membranas-asas. Se os evolucionistas estivessem corretos em sua hipótese, o mamífero insectívoro que deu origem ao morcego teve que desenvolver - por erros genéticos casuais recorde-se - não só os seus dedos imensos, mas também suas membranas, e, mais ainda - e não pouco - seu sistema de sonar que lhe permite voar nas trevas. Desta evolução deveriam existir inúmeros fósseis comprovantes. Como sempre, não há nenhum fóssil intermediário entre o insectívoro e o morcego. E Gish dá a foto do fóssil mais antigo de morcego já encontrado. É um fóssil de 50 milhões de anos. E é igualzinho a um morcego actual. Também os morcegos não evoluíram. Quem sabe por que lhes faltou a luz do Darwinismo...
11 - ORIGEM DAS AVES
É neste capítulo que os evolucionistas apresentam seu grande trunfo: a Archaeopteryx. É um espécimen do qual foram encontrados cinco exemplares fósseis e uma pena, datando do período Jurássico, tendo, portanto, cerca de 150 milhões de anos. A Archaeoptéryx era considerada ave mais antiga de que se tem conhecimento.
Realmente, a Archaeoptérix é um animal bem estranho: parece ave, bico e dentes, e, se não tivesse penas, pareceria um réptil. Entretanto, suas penas são diferentes das penas das aves actualmente conhecidas, pois o pedúnculo das penas corre simetricamente pelo eixo delas, o que não lhe permitiria um voo perfeito. As aves, para voarem bem, precisam ter penas divididas assimetricamente pelo seus pedúnculos. A aerodinâmica do voo correcto exige isto. Este aspecto estranho -- meio de ave, meio de réptil -- fez da Archaeoptéryx o exemplar clássico da pretensão de evolução gradual, hoje repelida pelos evolucionistas do “equilíbrio graduado” de Jay Gould e Elredge. O fato de existir um animal com características de espécies diferentes não significa, necessariamente, ser ele um antecessor intermediário entre duas espécies diferentes. Caso contrário dever-se-ia admitir que o ornitorinco é antepassado de mamíferos e dos patos.
Já Romer havia afirmado que a Archaeoptéryx não podia ser considerada como a antecessora original dos pássaros. Mas, posteriormente a esta afirmação dele, James Jensen descobriu restos de pássaros modernos em rochas do primitivo Jurássico!
Esta descoberta derrubava a Archaeoptérix como prova da evolução. Se havia pássaros modernos no Jurássico -- contemporâneos da Archaeoptéryx -- então ela não foi o elo intermediário dos pássaros! O que encerra a exibição deste pretenso triunfo darwinista.
Mas a busca por um sensacional elo perdido entre répteis e aves prossegue, e o desespero de se obter uma prova da evolução é tal que levou a mais uma fraude.
Recentemente, o paleontólogo Tim Rowe a desvendou. Um fóssil encontrado na China, divulgado como reportagem de capa da revista National Geographic, foi desmentido pelo paleontólogo americano Rowe. No artigo “Forensic palaeontology: The Archaeoraptor forgery” (Nature, 410, 29/mar/2001), o autor demonstrou a fraude grosseira de um fóssil que supostamente seria um elo perdido entre aves e répteis, numa montagem de um esqueleto com partes de quatro dinossauros e de uma ave. Foi o fim do Archaeoraptor.
12 - DINOSSAUROS
Muito se tem escrito a respeito dos dinossauros, especialmente sobre seu misterioso e inexplicado repentino desaparecimento. Estes animais enormes -- o Brontosauro pesava cerca de 80 toneladas -- constituem um problema a mais para o evolucionismo, não por seu desaparecimento, mas pelo seu surgimento. Se a evolução é verdadeira, de onde e de que animal vieram esses gigantescos sáurios? Como não se tem nenhum traço de sua origem? E os traços dos seus antepassados deviam ser bem respeitáveis! Nada. Eles entram na história da vida sem antecedentes e sem sucessores. Deles também se busca em vão o elo perdido. Na verdade, perdidos estão os defensores da evolução.

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