segunda-feira, 16 de setembro de 2013

PODERIAM AS ÁGUAS DO DILÚVIO TER PROVINDO DE UMA CAMADA ATMOSFÉRICA OU DE UMA FONTE EXTRA-TERRESTRE?


Várias tentativas de modelos têm sido feitas para explicar a existência de uma camada atmosférica de água ou vapor, bem como de uma possível fonte extra-terrestre de água ou gelo. Esses modelos têm tido quatro preocupações no quadro criacionista global relativo às origens, a saber, a explicação de um clima semi-tropical ante-diluviano, a disponibilidade de substancial quantidade de água para o dilúvio, a explicação da ação glacial e do congelamento catastrófico posterior ao dilúvio, e a possibilidade de redução da taxa de produção de Carbono-14 anteriormente ao dilúvio. O ponto de vista usual tem sido fornecer explicações que envolvem somente forças naturais, sem a miraculosa intervenção divina. A análise crítica desses modelos indica que é impossível o fornecimento de uma parte substancial das águas do dilúvio, ou de gelo, tanto de uma camada atmosférica quanto de fontes extra-terrestres, a não ser com a miraculosa intervenção divina especial. Todos os modelos falham por não preencher as exigências das leis da Física ou da Fisiologia. São oferecidas as linhas gerais preliminares para o estabelecimento de modelos quantitativos de uma camada atmosférica limitada de vapor d’água. 


Introdução
Os criacionistas frequentemente deploram, e com razão, especulações temerárias muitas vezes praticadas pelos evolucionistas. Exemplos clássicos de tais especulações encontram-se em “A Origem das Espécies” onde Darwin, para usar as palavras de W. R. Thompson, “engendrou aquelas frágeis torres de hipóteses baseadas em hipóteses, onde os fatos e a ficção entremeiam-se em uma confusão inextricável” (1). Thompson continuou sugerindo que “essas construções correspondem a um apetite natural”, comum ao homem, e em particular aos evolucionistas.

Entretanto, não parece que os criacionistas também têm evidenciado uma tendência para a especulação excessiva? A literatura criacionista está repleta de especulações, teorias sem propósito, e modelos extremados. Uma característica comum de muitas dessas especulações de criacionistas é o esforço feito para explicar algum aspecto do relato da criação ou do dilúvio em termos “naturalísticos” que não envolvem nenhuma intervenção divina direta. Os criacionistas, às vezes, têm sido quase tão engenhosos quanto os evolucionistas para divisar explicações que excluem da pré-história, tanto quanto possível, o milagre divino.
Uma área importante de preocupação especulativa dos criacionistas tem sido a dos modelos de camadas atmosféricas, e de fontes extra-terrestres para as águas do dilúvio. Um breve catálogo, provavelmente incompleto, de especulações relativas a camadas atmosféricas, ou a fontes extra-terrestres de água ou gelo na época do dilúvio, inclui o seguinte:
1. Uma camada de vapor d’água que possivelmente proporcionou uma parcela substancial das águas do dilúvio (2). 
2. Uma cobertura esférica rígida, de gelo em torno da Terra, mantida pela resistência estrutural, e finalmente rompendo-se para produzir o dilúvio e a glaciação, ou ainda uma cobertura de gelo em rotação, mantida pela força centrífuga e rompendo-se para produzir o dilúvio e a glaciação (3).
3. A precipitação de água ou gelo em órbita em torno da Terra, para produzir o dilúvio e a glaciação (4).
4. A colisão de vapor d’água ou gelo proveniente do espaço exterior, com a Terra, para produzir o dilúvio e a glaciação (5).
Todas essas ideias foram apresentadas no passado como modelos científicos que supostamente poderiam explicar a fonte das águas do dilúvio, o clima ante-diluviano, ou os efeitos pós-diluvianos de congelamento rápido e glaciação, mediante causas naturais e não sobrenaturais. Entretanto, todas elas entram em conflito com limitações provenientes de leis físicas ou fisiológicas, bem estabelecidas. Todas elas são impossíveis sem a intervenção divina especial que se sobreponha às leis da Física, e algumas delas, mesmo com a intervenção miraculosa, exigiriam tal reconstrução drástica do ambiente terrestre, que se tornam insustentáveis como modelos para a Terra ante-diluviana. Propõe-se examinar essas idéias com relação às falhas mais óbvias, algumas das quais já foram, sem dúvida, reconhecidas por outros estudiosos do assunto.

Robert E. Kofahl é Ph.D. foi coordenador do “Creation Science Research Center”.
Este artigo contém material de um trabalho apresentado na 3ª Conferência Nacional Americana sobre Criação e Ciência, em Minneapolis, Minnesota, U.S.A., em agosto de 1976.
Exame crítico da camada atmosférica e outros modelos

1 - Uma camada de vapor d’água contendo parte substancial das águas do dilúvio
A título de argumentação, suponhamos que a camada de vapor contivesse o equivalente da ordem de 300 metros de água líqüida. Se nuvens estivessem então presentes, poderiam corresponder somente a uma pequena fração da água total, pois nuvens contendo grandes quantidades de água (isto é, alguns centímetros) somente podem continuar suspensas na atmosfera pelo efeito de violentas correntes de convecção térmica. Portanto, o modelo é o de uma Terra circundada por um envoltório de vapor d’água transparente, que ao se condensar produziria uma camada de água líquida de 300 metros, para contribuir com uma porção apreciável das águas do dilúvio bíblico. Numerosos problemas surgem neste modelo de camada atmosférica.
a - O problema da transmissão da luz
Estudos feitos nas águas claras e puras do Crater Lake, em Oregon, indicaram que à profundidade de 300 metros a radiação é de somente cerca de 0,2 por cento da existente nas camadas superficiais das águas do lago (6). Realmente, nos líqüidos a absorção é a principal causa da redução da penetração da luz, enquanto que nos gases a difusão é a maior causa, exceto nos intervalos de comprimentos de onda das bandas de absorção do gás específico.
Cálculos teóricos relativos à difusão da luz solar na atmosfera, pelo vapor d’água, indicam que com somente o equivalente a um centímetro de água líqüida na atmosfera, a atenuação devida à difusão pelo vapor d’água é de dois a quatro por cento no intervalo visível (7). Porém, neste modelo hipotético a atmosfera conteria 30.000 vezes essa quantidade de vapor d’água. É duvidoso, portanto, que mais do que alguns por cento da luz solar pudessem atingir a superfície da Terra. Certamente nenhuma estrela seria visível, embora Gênesis 1:16 implique que as estrelas eram visíveis.
b - O problema do aumento da pressão atmosférica
Resultariam também dificuldades bastante sérias devido ao aumento da pressão atmosférica produzida pela massa de água na atmosfera superior. Esse acréscimo de pressão seria equivalente ao de 300 metros abaixo do nível do mar, ou seja, de cerca de 30 atmosferas. Tem sido considerado que, como alguns cientistas têm vivido sob altas pressões em laboratórios submarinos, é concebível que tais condições existissem na Terra anteriormente ao dilúvio. Entretanto, há pelo menos dois problemas aparentemente insolúveis associados a essa idéia:
1. Primeiramente, em profundidades maiores do que 45 metros o Nitrogênio do ar começa a ter um efeito narcótico sobre os mergulhadores (8). Isso torna impossível utilizar o ar em grandes profundidades, sendo comum então substituir o Nitrogênio por Hélio. Portanto, para que a idéia valesse no mundo ante-diluviano, a atmosfera terrestre teria de ter todo seu Nitrogênio substituído por Hélio, o que constitui um grande absurdo, especialmente porque as plantas necessitam de Nitrogênio atmosférico.
2. As pressões mais elevadas das maiores profundidades tornam tóxico, e mesmo mortal, o Oxigênio do ar, porque os tecidos vivos não podem suportar os efeitos do Oxigênio com pressões parciais maiores do que 0,65 atmosferas (9). Portanto, nas grandes profundidades, o conteúdo de Oxigênio do gás fornecido ao mergulhador é muito reduzido, chegando mesmo a cerca de um por cento à profundidade de 300 metros. Assim, o modelo da camada atmosférica exigiria que o conteúdo de Oxigênio da atmosfera fosse reduzido a esse nível extremamente baixo.
c - Outras dificuldades
A consideração rudimentar de tal modelo para a atmosfera ante-diluviana logo revela outras dificuldades embaraçosas. Primeiramente, a pressão adicional de 30 atmosferas comprimiria a atmosfera atual em uma camada de cerca de somente 300 metros de espessura. Acima dela existiria supostamente a camada de vapor d’água equivalente a 300 metros de água líquida. A pressão de 30 atmosferas na parte inferior dessa camada exigiria temperatura não inferior a 234 °C para evitar que o vapor d’água se condensasse sob forma líqüida (10).
Sob tais condições, o mundo constituiria local traiçoeiro para a vida. A escalada de montanhas seria esporte perigoso, e os pássaros não ousariam voar alto. Qualquer perturbação na camada atmosférica ocasionaria a precipitação de chuva com temperatura superior a 200 °C!
Parece óbvio que é inaceitável qualquer modelo da atmosfera ante-diluviana que exija tais modificações das características do ar terrestre. Uma camada de vapor bem poderia ter existido no mundo ante-diluviano, porém o seu conteúdo total de água poderia fornecer somente uma pequena parte das águas do dilúvio, com a hipótese de que a camada fosse sustentada por forças naturais e não sobrenaturais.
Dentro do conhecimento do autor não há maneira pela qual qualquer gás possa ser introduzido na atmosfera da Terra sem que correspondentemente aumente a pressão na superfície. Não há força conhecida na Física, que possa sustentar uma grande quantidade de vapor d’água na atmosfera sem aumentar a pressão na superfície proporcionalmente à massa total do vapor d’água. Supondo-se a temperatura de 234 °C para o vapor d’água nessa camada, 99 por cento do vapor d’água estaria a menos de 130 quilômetros da superfície da Terra, e metade estaria a menos de 16 quilômetros (11).
Aparentemente tem sido suposto por alguns que se o vapor d’água fosse levado a uma temperatura muito alta, isso ajudaria de alguma maneira a mantê-lo suspenso sem aumentar a pressão atmosférica na superfície. Entretanto, não é isso o que acontece. O efeito do aumento da temperatura é a expansão do invólucro de vapor em oposição à atuação da força de gravidade, porém o decréscimo resultante na pressão sob a superfície seria menor.
Por exemplo, se a temperatura da camada de vapor fosse elevada para 1700 °C, metade do vapor d’água estaria contido dentro de 65 quilômetros, e 99 por cento dentro de 450 quilômetros acima da superfície da Terra. Isso é calculado desprezando o fato de que o campo gravitacional da Terra diverge, de tal modo que as superfícies equipotenciais são esféricas, e não planas.
Portanto, neste modelo atmosférico três quartas partes da massa estão contidos a cerca de 130 quilômetros acima da superfície da Terra. Como a força da gravidade varia inversamente com o quadrado da distância ao centro da Terra, a diminuição da aceleração da gravidade correspondente a uma altitude de 130 quilômetros seria de cerca de somente quatro por cento. Conseqüentemente, a alteração no modelo de camada de vapor devido à divergência do campo gravitacional terrestre corresponderia a uma expansão de não mais do que cerca de quatro por cento.
Assim, essas conclusões não são afetadas substancialmente pela hipótese simplificadora de um campo gravitacional uniforme. Um modelo para a camada atmosférica de vapor d’água que apresenta temperaturas muito elevadas não resolve, portanto, problema de pressões excessivas na superfície em conseqüência de grandes quantidades de vapor d’água naquela camada.
Outra idéia que alguns têm aceito é a de que a água sob forma ionizada poderia possivelmente explicar as grandes quantidades de água na camada atmosférica, sem exigir uma grande pressão na superfície. Entretanto, para que isso acontecesse, todas as moléculas de água mantidas em suspensão teriam de estar ionizadas. Porém, a repulsão mútua dos íons com carga espacial tão elevada (2,5.1036 statcoulombs) ocasionaria tal explosão que atingiria os limites da galáxia no processo (12). O esquema da água ionizada é inteiramente inexeqüível.

Pode-se concluir, de todas as considerações anteriores, que um modelo de camada atmosférica de vapor que postule suficiente quantidade de vapor d’água para alimentar as águas do dilúvio, é inaceitável a menos que também se postule a intervenção divina especial para manter essa camada atmosférica anteriormente ao dilúvio, e para destruí-la no tempo oportuno, precipitando-a sobre a Terra sob a forma de água líquida.

2 - Uma película esférica, rígida, de gelo circundando a Terra, mantida por resistência estrutural ou por força centrifuga, entrando em colapso para ocasionar o dilúvio e a glaciação

Alguns têm suposto que tal película poderia sustentar-se pela sua resistência estrutural. Entretanto, o cálculo da força de compressão sobre essa película mostra ser também impossível esse modelo. Sendo M a massa da Terra, G a constante de gravitação universal, ρ a densidade do gelo, e r o raio da película, a tensão de compressão na película será de 
σ = M.G.ρ / 2.r
Considerando o raio da película igual a 6693 quilómetros (isto é, 322 quilómetros acima da superfície da Terra), então ρ = 2,74.109 kgf/m2. Porém, a tensão de ruptura à compressão do granito, bastante superior à do gelo, é somente de 2,39.107 kgf/m2. A película de gelo romperia instantaneamente, jamais podendo ser mantida pela própria resistência estrutural. Além disso, o problema da absorção da luz permaneceria idêntico, ou maior do que no caso considerado anteriormente.
Outros têm considerado que uma película de gelo em rotação poderia ser mantida pela força centrífuga contrabalançando a força da gravidade. Entretanto, basta um conhecimento rudimentar de Física para mostrar que a força centrífuga seria dirigida perpendicularmente ao eixo de rotação da película, de maneira que somente no equador haveria sua ação oposta à da gravidade, e ainda assim a tensão de compressão no equador seria idêntica à da película estacionária.

Outro problema invalida a ideia de uma película em rotação. De fato, tal película conteria elevada energia cinética, que em média seria dada, por unidade de massa, pela expressão:
ec = M.G / 3.r
se a rotação for exatamente suficiente para a força centrífuga contrabalançar a força da gravidade no equador da película esférica. Consideradas as mesmas características da película supostas anteriormente, ter-se-ia ec = 4740 cal/g. Entretanto, para converter um grama de gelo a 0 °K (isto é, 273 °C abaixo de zero) em vapor a 100 °C, são necessárias somente 860 calorias. Portanto, se tal película em rotação se rompesse sobre a Terra, não produziria nem um dilúvio, nem um efeito de congelamento, pois, contendo cerca de cinco vezes a energia necessária para vaporizar o gelo, envolveria a Terra em uma nuvem de vapor d’água quente.

3 - Água ou gelo em órbita qualquer
O resultado da transferência para a Terra seria idêntico ao do caso da película de gelo em rotação - um banho de vapor superaquecido, e não dilúvio ou congelamento.

4 - Vapor de  água, água, ou gelo proveniente do espaço exterior

                                                                                                                ______
A velocidade de escape da superfície da Terra, dada pela fórmula V = √ 2.M.G/r é cerca de 11,12 km/s, sendo r o raio da Terra. Qualquer objeto caindo do espaço exterior atingirá pelo menos essa velocidade ao atingir a superfície da Terra. A correspondente energia cinética é de 6,25.1011 ergs/grama, ou 14900 calorias/grama. Isto representa cerca de 17,5 vezes a quantidade de calor necessária para converter o gelo na temperatura de 0 °K a vapor a 100 °C. Novamente resultaria um banho de vapor em vez de um dilúvio ou de um efeito de congelamento, ou da formação de calotas glaciais.
Um modelo amplamente discutido apresenta um "visitante" que se aproxima da Terra proveniente do espaço exterior, trazendo consigo um satélite de gelo. Supostamente o satélite colide com a Terra produzindo o dilúvio, congelamento, e efeitos glaciais. Considere-se o modelo seguinte, algo semelhante ao proposto por Patten na Referência 5.
Suponha-se que a massa do visitante fosse um décimo da Terra, que sua distância no apogeu fosse 16.000 quilómetros, que sua órbita em torno da Terra fosse parabólica, e que o raio da órbita do satélite visitante fosse de 16.000 quilómetros. Obtêm-se então os seguintes dados: velocidade do visitante no apogeu, relativa à Terra, igual a 7,0.105 cm/s; velocidade do satélite em sua órbita, relativamente ao visitante, igual a 1,6.105 cm/s.
Sem fazer um estudo computacional do problema dos três corpos, o que estaria além das possibilidades do autor, parece fora de dúvida que o satélite não poderia possivelmente atingir a superfície da Terra com uma velocidade relativa menor do que (7,0-1,6).105 = 5,4.105 cm/s. Certamente a velocidade seria maior, porém a anterior corresponde à energia cinética de 3500 calorias/grama, suficiente para vaporizar o gelo a 0° K mais de quatro vezes.
Tem também sido proposto que o gelo do espaço exterior estivesse carregado eletricamente, de tal modo que pudesse interagir com o campo magnético terrestre. Prótons, elétrons e átomos ionizados provenientes do espaço realmente assim interagem e são fortemente defletidos, porém sua relação carga/massa é milhões de vezes maior do que poderia possivelmente ser o caso para qualquer cristal de gelo carregado. Assim, qualquer deflexão seria pequena, e a energia cinética não seria afetada de maneira alguma. A carga elétrica nos cristais de gelo não poderia evitar uma catástrofe térmica resultante da sua colisão com a Terra.
Os modelos não sobrenaturais falham
Esse exame crítico indica que estão fadados ao malogro todos os modelos que supõem a provisão de quantidades substanciais de água ou gelo mediante uma camada atmosférica de vapor d’água, gelo ou água em órbita, película de gelo, ou gelo ou vapor d’água do espaço exterior, estritamente em acordo com a lei natural e sem a intervenção sobrenatural na ordem natural. Eles não podem se ajustar às leis estabelecidas da Física, ou com as exigências fisiológicas para a existência da vida.
Houve numerosos aspectos sobrenaturais no dilúvio, notadamente o anúncio e o propósito divino, os planos divinamente dados para a arca, a perfeita sincronização e coordenação dos vários acontecimentos geológicos e atmosféricos, a voluntária reunião dos animais, a sua manutenção por um ano na arca, e a preservação da arca e oito almas durante um ano de violência global não igualada na história do mundo desde a criação.

Por que, então, se sentiriam frustrados os criacionistas se não puderam divisar um mecanismo natural detalhado para outros aspectos daquele grande cataclismo? Deus não está sujeito a limites de necessidades ou circunstâncias. Não há necessidade de especulação naturalística na tentativa de explicar esses acontecimentos, quando cada especulação pode ser negada, como mostrado.

Diretrizes sugeridas para os modelos de camadas atmosféricas
As considerações anteriores de maneira alguma excluem um regime atmosférico ante-diluviano muito diferente das condições atuais, um regime que poderia ter sido mantido por meios naturais ou sobrenaturais. A atmosfera ante-diluviana poderia ter, e na opinião do autor provavelmente teve mesmo, uma camada de vapor d’água que produziria um poderoso "efeito de estufa" no clima global.
A história dos modelos de camadas atmosféricas tem sido até agora marcada por discussões altamente especulativas, com pequeno esforço para a modelagem quantitativa. Talvez possam agora ser feitos esforços no sentido dos modelos quantitativos, em face de já se ter alguma idéia da limitação que deve ser feita quanto à quantidade total de vapor d’água na atmosfera. Considere-se a seguir um modelo bastante simples.
O conteúdo total de água na atmosfera atual é igual a cerca de somente 2,5 cm de água líquida (13). Se fosse aumentado para não mais do que 15 cm, por exemplo, o efeito sobre a configuração global do clima certamente seria radical. Mesmo na atual atmosfera o vapor d’água e as nuvens são responsáveis pela maior parte da absorção de energia pela atmosfera. O acréscimo de 12,5 cm de água na atmosfera resultaria somente em um aumento desprezível na pressão no nível da superfície.
Para um modelo inicial grandemente simplificado, então, suponhamos que a atmosfera contenha 15 cm de água e que o ar seco tenha, no nível do mar, 21% de Oxigénio e 79% de Nitrogénio. Suponha-se ainda que a temperatura uniforme seja de 27 °C, que existe equilíbrio termodinâmico, e que todos os gases obedeçam à lei dos gases perfeitos (Os 15 cm de água correspondem a uma pressão parcial de vapor d’água de 11,2 mm Hg, no nível do mar).
Se a pressão total no nível do mar é de 760 mm Hg, as pressões parciais do Oxigénio e do Nitrogénio serão de 157 mm Hg e 591 mm Hg, respectivamente. Com uma pressão parcial de vapor d’água de 11,2 mm Hg, como a pressão de vapor d’água saturado a 27 °C e de 26,74 mm Hg, resulta no nível do mar a humidade relativa de 42%.
Supondo que todos os gases obedeçam à lei dos gases perfeitos, que a aceleração da gravidade seja uniforme, e que exista equilíbrio termodinâmico, a densidade parcial de cada gás constituinte varia exponencialmente em função inversa da altitude (Ver Referência 11). Nas regiões superiores da atmosfera, a quantidade relativa dos gases mais leves será maior do que os valores atuais no nível do mar.
Assim, neste modelo o conteúdo de vapor d’água no nível do mar é de 9,4.10-3 gramas por grama de ar seco. Porém, na altitude de 30 km o conteúdo de vapor d’água é aumentado para 33,6.10-3 gramas por grama. Na atmosfera atual o conteúdo de vapor d’água na estratosfera é muito mais baixo, cerca de 2.10-6 gramas por grama(14). Neste modelo, portanto, o conteúdo de vapor d’água na atmosfera superior é aumentado por um fator de cerca de 17.000.
Com este modelo extremamente simplificado como ponto de partida, podem ser feitas estimativas das características de absorção e de radiação de energia, da atmosfera, podendo-se tirar algumas conclusões preliminares sobre como teria o modelo dinâmico de diferir do modelo inicial de equilíbrio. Deveria então tornar-se evidente se tal modelo tem ou não o potencial para produzir o tipo de regime climático que os criacionistas têm postulado a partir do registo bíblico da era antediluviana, e a partir dos dados da Paleontologia. Desenvolver este assunto aqui seria prolongar demasiado, pelo que o assunto será abordado em outro artigo.
Pode ser observado, de passagem, que o grau de aumento postulado anteriormente para o vapor d’água da atmosfera superior, não alteraria substancialmente a taxa de produção de Carbono-14 pelos nêutrons gerados pelos raios cósmicos. Teria de haver um aumento adicional da ordem de 10 a 100, antes que ocorresse um efeito em grande escala sobre a produção de Carbono-14, com os efeitos correspondentemente grandes sobre as estimativas de idades Carbono.
O estabelecimento de modelos quantitativos para a atmosfera é uma tarefa sumamente complexa, que este autor não se julga qualificado a empreender. As estimativas feitas com régua de cálculo neste artigo são apresentadas somente como abordagem preliminar do problema, à luz da limitação grosseira que foi estabelecida para o conteúdo total de água. Certamente em um modelo detalhado deverão ser levados em conta outros constituintes atmosféricos, tais como o gás carbónico e o ozónio, juntamente com o vapor d’água, nos cálculos relativos à radiação e à absorção.
Pareceria que o problema mais difícil no estabelecimento de modelos para o tipo de atmosfera geralmente suposto pelos criacionistas para o mundo ante-diluviano, tem sido o da manutenção da estabilidade em um planeta em rotação recebendo radiação do Sol. Sem dúvida muitas outras dificuldades surgem ao se estabelecerem modelos. Entretanto, se os criacionistas continuarem a considerar os efeitos de uma camada atmosférica antediluviana de vapor d’água, é tempo de adequar os modelos às exigências das leis físicas, e continuar a desenvolver os detalhes quantitativos..
Água das janelas dos céus

Cabe uma observação final a respeito da fonte das águas do dilúvio. A linguagem das Escrituras parece sugerir provisão sobrenatural. Por exemplo, Stanley Udd apresentou evidências exegéticas e gramaticais para o ponto de vista de que as "águas acima do firmamento" citadas em Gênesis 1:7 eram água líquida (15). Se esse for o caso, essas águas eram sustentadas de alguma forma no espaço mediante um "fiat" sobrenatural, e poderiam ter sido a fonte das águas sobrenaturalmente precipitadas através das "janelas dos céus", como registrado em Gênesis 7:11.

Agradecimentos
O autor é sumamente grato ao Editor, Harold Armstrong, pelo seu auxilio na supervisão de vários tópicos de Física, no manuscrito.

Referências
(1) Thompson, W. R. 1956. "Introduction", The origin of species by Charles Darwin, E. P. Dutton and Co., New York.
(2) Daly, Reginald 1972. Earth's most challenging mysteries. The Craig Press, Nutley, N. J., pp. 234-235, Whitcomb,John C., Jr. 1972. The early earth, Baker Book House, Grand Rapids, pp. 44, 46, 118, Rehwinkel, Alfred M. 1951. The flood, Concordia Pub. House, Saint Louis, pp. 12-13; Whitcomb, John C., Jr., and Henry M. Morris 1961. The Genesis flood, The Presbyterian and Reformed Pub. Co., Philadelphia, pp. 9, 77, 121, 255-257, Ramm, Bernard 1954. The Christian view of science and Scripture, Wm. B. Eerdmans Pub. Co., Grand Rapids, pp. 234-235.
(3) Westberq. V. L.. The Master Architect. Napa. California.
(4) Gaverluk, Emil and Jack Hamm 1974. Did Genesis man conquer space?, Thomas Nelson Inc., Publishers, New York, pp.45-54.
(5) Patten, Donald W. 1966. The biblical flood and the ice epoch, Pacific Meridian Pub. Co., Seattle, pp. 101-163; Camping, Harold 1974. Adam when?, Frontiers for Christ, Alameda, Calif., pp. 207-215.
(6) Tyler, J. E. and R. C. Smith 1970. Measurements of spectral irradiance underwater. Gordon and Breach, Science Publishers, Inc., New York, p. 52.
(7) Kondratyev, K. Y. 1969. Radiation in the atmosphere. Academic Press, New York, p. 239.
(8) McGraw Hill Encyclopedia of Science and Technology 1971 Vol. 4, p. 284.
(9) Ibid., pp. 284-285.
(10) Handbook of Chemistry and Physics, 56th Edition 1975-1976, p. E-l9.

(11) Para uma atmosfera contendo só um constituinte gasoso, de acordo com a Lei dos Gases Perfeitos, em um campo gravitacional uniforme, e à temperatura constante, a densidade em função da altitude é expressa por: 

ρ(h) = ρ(0) e-ah    onde



ρ(0) = MP(0)/R.T    e



a = Mg / R.T 


sendo:
M = massa molecular
R = constante dos gases perfeitos
T = temperatura absoluta
g = aceleração da gravidade
Para o cálculo da altitude h(t) abaixo da qual é compreendida uma certa fração f da massa total da atmosfera tem-se a expressão:

h(f) = [-2,303 log (1 – f)] / a


(12) A energia eletrostática de uma carga Q colocada sobre uma esfera de raio r é Ee = Q2 / r. Para concentrar uma carga Q = 2,5.1036 statcoulombs sobre a superfície de uma esfera de raio r = 8.000 km seria necessária a energia de 7,8.1063 ergs. A energia gravitacional inerente à galáxia é da ordem de Eg = GM2 / R, 
onde 
G é a constante gravitacional,
M a massa da galáxia,
R a distância radial média da massa a partir do centro da galáxia.
Para nossa galáxia tem-se aproximadamente Eg =1,3.1059 ergs. Desta forma, uma Terra carregada hipoteticamente com aquela energia poderia explodir 10.000 galáxias!
(13) McGraw Hill Encyclopedia of Science and Technology, 1971, Vol. 6, p. 630.
(14) Ibid., Vol. 1, p. 678.
(15) Udd, Stanley, V. 1975. The Canopy and Genesis 1:6-8. Creation Researrch Society Quarterly, 12(2):90-93.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Deus existe mesmo. Se Deus fez tudo, quem fez Deus?


spacerspacer
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Em nossa experiência cotidiana, tudo parece ter tido um início. De fato, as leis da ciência mostram que até mesmo coisas que parecem as mesmas ao longo de nossas vidas, como o Sol e outras estrelas, estão se degradando. O sol está gastando seu combustível em milhões de toneladas por segundo. Como o mesmo não é eterno, teve de ter um início, obviamente. Isso se mostra verdadeiro por todo o universo.
Assim, quando os cristãos declaram que o Deus da Bíblia criou todo o universo, alguns irão fazer o que parece ser uma pergunta lógica: “De onde vem Deus?”.
A Bíblia deixa claro em muitas passagens que Deus está fora do alcance do tempo. Ele é eterno, sem princípio ou fim – Ele é infinito! Ele também conhece todas as coisas, sendo infinitamente inteligente.1
Isso é lógico? A ciência moderna pode sustentar tal noção? E como você poderia reconhecer a evidência de um Criador inteligente?
 
A existência de Deus é tida como confirmada na Bíblia. Em nenhum lugar há argumentos para provar isso. Aquele que abandona tal verdade é dito como destituído de entendimento (Sl 14:1).
Os argumentos geralmente feitos pelos teólogos como demonstração da existência de Deus são:
  • O argumento a priori , que é o testemunho fornecido pela razão.
  • O argumento a posteriori, pelo qual nós procedemos logicamente de experiências às suas causas. Estes argumentos são:
    1. O cosmológico, pelo qual é provado que teve que haver uma Causa Primeira para todas as coisas, para todo efeito deve haver uma causa.
    2. O teleológico, ou o argumento do projeto. Nós vemos em todo lugar as operações de uma Causa inteligente na natureza.
    3. O argumento moral, também chamado argumento antropológico, baseado na consciência moral e na história da humanidade, que exibe uma ordem moral e propósito que só pode ser explicado na suposição da existência de Deus. A consciência e a história humana testificam que "verdadeiramente existe um Deus que julga a terra."
    Matthew G. Easton
  • Como reconhecer inteligência
    Cientistas ficam excitados quando encontram em uma caverna ferramentas de pedra, porque estas são sinais de inteligência – Photo copyrighted. All rights reserved.
    um construtor de ferramentas. Elas não poderiam ter se autoprojetado. Ninguém acreditaria que as cabeças esculpidas dos Presidentes no Monte Rushmore são o produto de milhões de anos de erosão. Nós podemos reconhecer um projeto — a evidência de esforços externos de inteligência — nos objetos feitos pelo homem que estão à nossa volta.

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    Semelhantemente, no famoso argumento de William Paley, um relógio implica em um relojoeiro.2 Hoje, porém, uma grande proporção de pessoas, incluindo muitos cientistas de liderança, acredita que todas as plantas e animais, incluindo os incrivelmente complexos cérebros das pessoas que fazem relógios, motores de carros, etc., não foram projetados por um Deus inteligente, mas por um irracional processo evolucionário. Mas esta posição é defensível?

    Projeto nos seres vivos
    O biólogo molecular Dr. Michael Denton, escrevendo como um agnóstico, concluiu:
    ‘Ao lado do nível de ingenuidade e complexidade exibido pela maquinaria molecular da vida, até os nossos mais avançados [artifícios tecnológicos do século XX parecem] grosseiros… Seria uma ilusão pensar que do que nós somos cientes no presente é algo mais do que uma fração da amplitude do projeto biológico. Em praticamente cada campo da pesquisa biológica fundamental, crescentes níveis de projeto e complexidade têm sido revelados em uma taxa acelerada.’3
    O mundialmente renomado defensor do darwinismo e do ateísmo, Prof. Richard Dawkins, declara:
    ‘Nós temos visto que os seres vivos são muito improváveis e muito belamente “projetados” para terem vindo à existência por chance’4
    Portanto, até o mais ardente ateu confessa que projeto está presente ao nosso redor. Para um cristão, o projeto que vemos ao nosso redor é totalmente consistente com a exposição bíblica de que Deus criou tudo.
    Contudo, evolucionistas como Dawkins rejeitam a idéia de um Projetista. Ele comenta (ênfase adicionada):
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    Contradizendo todas as aparências, o único relojoeiro na natureza são as forças cegas da física, embora organizada de uma forma muito especial. Um verdadeiro relojoeiro tem previsão: ele projeta dentes e molas, e planeja suas interconexões, com propósito futuro em sua mente. A seleção natural, o cego, inconsciente e automático processo que Darwin descobriu, e que nós agora sabemos ser a explicação para a existência da aparentemente propositada forma de toda a vida, não tem propósito em mente… Ela não tem mente… Ela não planeja para o futuro… ela é o relojoeiro cego.’5
    Seleção e projeto
    A vida é construída, contida naquela molécula da hereditariedade, o DNA. Dawkins acredita que seleção natural6 e mutações (cegos e despropositados erros na cópia do DNA), juntos, providenciam o mecanismo para produzir as vastas quantidades de informação responsáveis pelo projeto nos seres vivos.7
    A seleção natural é um processo lógico que pode ser observado. Todavia, seleção pode apenas operar informação já contida nos genes— ela não produz informação nova.8 Na verdade, ela é consistente com o relato bíblico da origem; Deus criou distintas classes de animais e plantas, cada uma para se reproduzir em sua própria espécie.
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    Pode-se observar grande variação em uma classe, e ver os resultados da seleção natural. Por exemplo, cães selvagens, lobos e coiotes têm se desenvolvido ao longo do tempo como um resultado da seleção natural operando na informação dos genes na classe lobo/cão.
    Mas nenhuma informação nova foi criada — estas têm resultado de rearranjamento e sorteio da informação na classe original canina. Uma classe nunca foi constatada por mudar em uma outra totalmente diferente, com nova informação que não existia previamente!
    Sem uma forma para aumentar a informação, a seleção natural não irá trabalhar como um mecanismo para evolução. Os evolucionistas concordam com isto, mas eles acreditam que mutações de alguma forma providenciam a nova informação para que a seleção natural aja sobre a mesma.
    Mutações podem produzir nova informação?
    Verdadeiramente, agora está claro que a resposta é não! Dr. Lee Spetner, um cientista altamente qualificado que ensinou informação e comunicação teóricas na Johns Hopkins University, torna isto bem claro em seu recente livro:
    ‘Neste capítulo trarei alguns exemplos de evolução, [i.e., exemplos alegados de serem de evolução] particularmente mutações, e mostrar que a informação não é acrescentada… Mas em toda a leitura que fiz em literatura da vida/ciência, nunca encontrei uma mutação que adicionara nova informação.’9
    ‘Todas as mutações que têm sido estudadas no nível molecular tendem a reduzir a informação genética e não aumentá-la.’10
    ‘A TND [teoria neodarwiniana] é suposta de explicar como a informação da vida tem sido construída por evolução. A diferença biológica essencial entre um humano e uma bactéria é a informação que eles contém. Todas as outras diferenças biológicas seguem a partir desta. O genoma humano tem muito mais informação que o genoma bacteriano. Informação não pode ser construída a partir de mutações que a prejudiquem. Um trabalho não pode render dinheiro ao perdê-lo um pouco de cada vez.’11
    Cientistas evolucionistas não trabalham de acordo com o que muitos cientistas, incluindo Dr. Spetner, têm concluído. Mutações não agem como um mecanismo que move o processo evolucionário.
    [Para mais informação, ver: Podem mutações genéticas produzir mudanças positivas em criaturas vivas? Resposta…]
    Mais problemas!
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    Cientistas têm descoberto que, com a célula, há milhares das que podem ser chamadas de ‘máquinas bioquímicas’. Todas estas partes têm de estar no lugar simultaneamente ou a célula não pode funcionar. Coisas que foram tidas como sendo simples mecanismos, como ser capaz de absorver luz e convertê-la em impulsos elétricos, são de fato altamente complicadas.
    Visto que a vida é construída nestas máquinas, a idéia de que processos naturais poderiam ter feito um sistema vivo é insustentável. O bioquímico Dr. Michael Behe usa o termo “complexidade irredutível” ao descrever tais “máquinas” bioquímicas.
    ‘…sistemas de horrenda e irredutível complexidade habitam a célula. O pensamento resultante de que a vida foi designada por uma inteligência é chocante para nós do século vinte, que nos acostumamos a pensar da vida como resultado de simples leis naturais. Mas outros séculos tiveram seus choques, e não há razão em supor que nós deveríamos escapar deles.’12
    Richard Dawkins reconhece este problema de falta de “maquinaria” para começar quando ele declara:
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    ‘A teoria do relojoeiro cego é extremamente poderosa, dado que nós somos autorizados a assumir replicação e disso seleção cumulativa. Mas se replicação necessita de maquinaria complexa, visto que o único caminho que nós conhecemos para maquinaria complexa no final das contas vem à existência é seleção cumulativa, nós temos um problema.’13
    Um problema realmente! Quanto mais nós olhamos nos mecanismos da vida, mais complicado fica, e mais nós vemos que a vida não poderia surgir por ela mesma. Não somente é necessário uma fonte de informação, mas as complexas maquinas da química da vida precisam vir à existência logo no início!
    Um problema maior ainda!
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    Alguns ainda tentam insistir que a maquinaria da primeira célula poderia ter surgido por pura chance. Por exemplo, dizem eles, por aleatoriamente desenhar letras do alfabeto em seqüência da palavra “faca”, às vezes você conseguirá uma palavra simples como “VACA”.14 Assim, em longos períodos de tempo, por que não teríamos até mesmo mais complexas informações surgidas por chance?
    Contudo, o que a palavra “VACA” significa para um alemão ou chinês? O fato é que uma ordem de letras não tem significado a não ser que exista uma linguagem convencional e um sistema de tradução no lugar que faz disto algo com significado.
    Em uma célula, existe tal sistema (outras moléculas) que faz a ordem no DNA significativa. O DNA, sem o sistema de linguagem/tradução não tem significado, e estes sistemas, sem o DNA, não funcionariam também.
    A outra complicação é que a maquinaria tradutora que lê a ordem de ‘letras’ no DNA é a si mesma especificada pelo DNA! Ela é outra daquelas ‘máquinas’ que necessitam serem totalmente formadas, ou a vida não funcionaria.
    Pode a informação surgir da não-informação?
    Dr. Werner Gitt, diretor e professor no Instituto Federal Alemão de Física e Tecnologia, diz claramente que uma das coisas que nós sabemos claramente na ciência, é que informação não pode surgir da desordem por chance. Ela sempre pega (maior) informação para produzir informação e, no fim das contas, a informação é resultado da inteligência:
    ‘Um sistema de código é sempre o resultado de um processo mental (isto requer origem inteligente ou inventor)… Deveria ser enfatizado que matéria como ela é não é capaz de gerar nenhum código. Todas as experiências indicam que um ser pensante, exercendo voluntariamente a sua livre vontade, cognição e criatividade é requerido.’15
    ‘Não existe nenhuma lei natural conhecida através da qual matéria pode dar origem a informação, e nem há algum processo físico ou fenômeno material conhecido que possa fazê-lo.’16
    Qual é a fonte da informação?
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    Nós podemos portanto deduzir que a enorme quantidade de informação nos seres vivos deve originalmente ter vindo de uma inteligência, que teria de ter sido bem superior à nossa, como os cientistas estão revelando a cada dia. Mas então alguns irão dizer que tal fonte deveria ter surgido de algo com ainda maior informação/inteligência.
    Todavia, se eles assim pensam, alguém poderia perguntar de onde esta maior informação/inteligência veio. E daí, perguntar de onde esta outra viera … um poderia extrapolar para o infinito, eternamente, a não ser…
    Photo copyrighted. All rights reserved.A não ser que tenha existido uma fonte de infinita inteligência, além do nosso entendimento finito. Mas não é isto o que a Bíblia indica quando nós lemos: ‘No princípio, Deus…’? O Deus da Bíblia é um ser infinito que não está preso por limitações de tempo, espaço, conhecimento, ou qualquer outra coisa.
    Então qual é a posição logicamente defensível? — Que a matéria sempre existiu (ou veio à existência por ela mesma, sem nenhuma razão), e então ela se arranjou sozinha em sistemas de informação, contra tudo que foi observado na ciência real? Ou que um ser com inteligência infinita17 criou sistemas de informação para que a vida existisse, concordando com a ciência real?
    A resposta parece óbvia, por que todos os cientistas não concordam com isto? Michael Behe responde:
    ‘Muitas pessoas, incluindo muitos cientistas importantes e respeitados, simplesmente não querem que haja nenhuma coisa além da natureza. Elas não querem algo sobrenatural que afete a natureza, não importa o quão breve ou construtiva a interação possa ser. Em outras palavras… elas produzem um depósito filosófico para sua ciência que restringe quais tipos de explanações eles irão aceitar acerca do mundo físico. Às vezes, isto leva a um comportamento um tanto bizarro.’18
    O x do problema é este: Se alguém aceita que existe um Deus que nos criou, aceita também que somos propriedade desse Deus . Ele, portanto, tem o direito de criar as regras pelas quais nós devemos viver. Na Bíblia, Ele nos tem revelado que nós estamos em rebelião contra nosso Criador. Por causa desta rebelião chamada pecado, nossos corpos físicos estão designados para a morte- mas depois nós iremos viver, seja com Deus ou sem Ele, em um lugar de julgamento.
    Mas as boas-novas são que nosso Criador proveu, através da cruz de Jesus Cristo, um meio de nos livrar de nosso pecado de rebelião, de modo que aqules que vem a Ele em fé, arrependidos de seus pecados, podem receber o perdão de um Deus Santo e viver para sempre com seu Deus.
    [Veja The HOPE on-line (produção de vídeo)]

    Então quem criou Deus?
    Por definição, um infinito, e eterno ser sempre existiu – ninguém criou Deus. Ele é o ser auto-existente – o grande ‘Eu Sou’ da Bíblia.19  Ele está fora do tempo – na verdade, Ele criou o tempo.
    Photo copyrighted. All rights reserved.Você poderia dizer, ‘Mas então significa que eu tenho de aceitar isto pelar fé, já que eu não consigo entendê-lo.'
    Nós lemos no livro de Hebreus: ‘Mas sem fé é impossível agradá-lo: porque aquele que vem a Deus deve crer que ele existe, e que é recompensador daqueles que diligentemente o buscam’ (Hebreus 11:6).
    Mas esta não é uma fé cega, como alguns pensam. Na verdade, os evolucionistas que negam Deus têm uma fé cega – eles têm que acreditar em algo que é contra a ciência real – a saber, que informação pode surgir da desordem por chance.
     
    Você pode acreditar em algo que você nunca viu? Você já viu o seu cérebro? Nós todos acreditamos em muitas coisas que nunca vimos. Você já viu o vento? Você já viu a história? Nós vemos os efeitos do vento, mas o vento é invisível. Nós temos recordações da história, mas é por fé que nós acreditamos que certos eventos históricos aconteceram. Ondas de televisão são invisíveis, mas uma antena e um receptor pode detectar sua presença.
    Você sabia que você tem um receptor? Antes de se tornar um filho de Deus, seu receptor (seu espírito) está morto por causa do pecado (ver Efésios 2:1). Você precisa ser plugado à vida de Deus, e assim você se tornará vivo e ciente do reino espiritual invisível.
    Aprenda mais sobre Deus e seu plano para sua vida
    Adaptado do autor Ray Comfort

    segunda-feira, 9 de setembro de 2013

    Evolução ou Criação?

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    Muitos acreditam que a vida pode se desenvolver em outras partes do universo. De fato, há vestígios de vida estão à procura de mais de um século totalmente em vão, e só por causa da noção primitiva de alguns cientistas, que "onde a água e boas condições, há também faz uma vida! A busca desesperada pela vida no espaço, mas também levando cada vez mais clara evidência científica de que a vida na terra em si não poderia surgir. Portanto, materialista e ateu sonhadores relegar a origem da vida na "chega misterioso do desconhecido." Haverá mais inteligente sobre a coincidência e a improbabilidade provável (que se não é verdade, que 10/05 = 90%?).
    Como já observado, em um ambiente estéril e livre de germes de vida, a vida por si só não pode ocorrer. (É por isso que nós podemos fazer a paz preservada.) Vestígios de vida não poderia ser encontrado em qualquer parte do universo próximo - porque a vida é só da vida! Se fosse tão fácil (apenas o tempo suficiente só isso!), Por que os planetas evoluíram, as primeiras coisas mais fáceis? Talvez semicondutores? Silício e há bastante tempo, certo? De acordo com a imaginação evolutiva da matéria inanimada só pode criar de forma cega, sem um designer programa ou pensar, o mundo das máquinas mais complexas, um organismo vivo. Além disso, um programa complexo para a sua própria reprodução. Por que não desenvolver algo mais simples, não-vivos?
    Por que a "Natureza" não fez as casas de pedra primeira hidrocarbonetos ou de plástico, como sacolas plásticas? Por que pulou as coisas mais simples (mortos) e só começou a construir o complexo - uma célula viva, que não pode mesmo criar uma?
    Em outras palavras, ver-se incapaz de se levantar, então um relojoeiro? Casa não, sim pedreiro? A natureza não faz um saco de plástico, mas um químico faz? Apenas água, luz, calor e milhões de anos, diz a propaganda ateísta e os chamados "ciência dura", que propírají mentes dos estudantes e do público por décadas.
    Fonte: http://kreacionismus.cz/hewer/
    Jó 38,4-13 - Onde você estava quando eu fundei a terra? Apenas me diga quando você entende. Quem determinou as suas dimensões? Certamente você conhece! Quem taxa reavaliados isso? Incorporado em que são os princípios? Quem lançou a pedra angular, quando as estrelas da manhã cantaram o refrão e todos os filhos de Deus gritavam de alegria? Quem é o mar com portas fechadas, quando ele lançou à frente para fora do útero, quando me vesti de nuvem em nuvem envolto em panos, como se eu tivesse definir os limites dela, colocou uma porta na porta e disse: Isto é misturado aqui , e nada mais, suas ondas inchadas quebrar aqui "? Ele ordenou ontem que você nunca, nunca coloque mostrar Aurora, tomou a palavra para as bordas e nada fora do que correu?
    Jó 38, 18-19 - Compreender as dimensões da Terra? Apenas me diga quando você entende tudo! Qual caminho é o caminho para a morada da luz? E onde habita as trevas?
    Jó 38, 31-34 - Você pode amarrar os laços das Plêiades, ou Cinturão de Órion para permitir? Você dá-lhes tempo para obter os planetas, você está fazendo Urso e seus filhotes? Na verdade, você controla as regras? Organizar o país controlado por eles? Pode-se chamar a nuvem que você sentiu uma rajada de água?