quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O Nosso ParenTe mais Antigo!!!!


O crânio Neanderthal pertenceu a uma fêmea adulta cerca de 50 mil anos atrás. É o primeiro crânio Neanderthal - nossos parentes mais antigos - de que se tem notícia.
 
Ora aí está a polémica, a precipitação, o amadorismo científico. Apresenta-se para provar esta afirmação que o mundo sempre funcionou como um relógio (carbono 14), e se, o relógio em algum momento da história da Terra caiu e deixou de marcar as horas certas? E isso aconteceu com o Dilúvio de Génesis 6. Estamos certos que esta é uma notícia generalista e é contra este tipo de informação que os Criacionistas manifestam o seu repúdio. Pois os 50 mil anos pode ser 3 ou 4 mil anos.
José Carlos Costa

terça-feira, 27 de novembro de 2012

PODE O CRIACIONISMO ACEITAR A IDEIA DO ´BIG BANG´?


Para dar início a este tema vamos ler esta afirmação: “O Astrónomo (profissional de Astronomia) é o cientista que estuda o Universo e todo o tipo de acontecimento que se dá fora da terra.
 
Como não é possível ainda viajar pelo universo para pesquisar pessoalmente, grande parte da ciência da Astronomia é construída com base na observação.

A astronomia, palavra que vem do Grego e significa “Lei das Estrelas”, busca entender e explicar os fenómenos do universo sempre com o objetivo de aplicar estes conhecimentos aqui na terra e também no futuro, quem sabe, usa-los para poder explorar e colonizar o espaço.
 
Considerada uma ciência generalista (que envolve muitos ramos diferentes de conhecimento), a Astronomia é baseada principalmente na física, química e matemática. (clicar)
Nesta primeira abordagem a este tema do “Big Bang”, iniciamos uma discussão sobre a posição criacionista com respeito à Criação do Universo. Esclarecemos que Génesis 1 fala sobre a criação da Terra e na Terra sem dar detalhes ou datas absolutamente precisas sobre a criação do Universo.
Ao longo de anos (especialmente durante o tempo em que trabalhei com jovens) preocupei-me em aprofundar Génesis 1, conclui que muitos criacionistas divulgam opiniões e argumentos sobre a origem do Universo sem ter um conhecimento de causa apropriado. Conclui também que, de acordo com a Bíblia, fé e Ciência devem andar de mãos dadas; partir do pressuposto de que são antagónicas é um pensamento incorreto. Realço também que não se pode ter competência criacionista sem conhecer a teoria científica nem muito menos, confundir `Ciência` com `Filosofia da Ciência´. Indico ao leitor algumas áreas estratégicas nas quais é necessário um aprofundamento antes que seja viável uma discussão mais adequada sobre a origem do Universo.
Introdução
Muitos criacionistas não têm dúvidas de que é incompatível com a Bíblia a ideia de que o Universo teria surgido numa grande explosão inicial, conhecida como `Big Bang'.
Surge então a questão: com que argumentos se pode combater a ideia do Big Bang"? Talvez, procurando inconsistências no modelo do ´Big Bang´. Os que aprenderam um pouco mais sobre Deus, sabem o quanto Ele é metódico e que tudo o que Ele faz é coerente, esses podem argumentar que deve também existir evidências físicas que apoiem a posição criacionista.
Seguindo esta linha, muitos artigos foram publicados por autores de diversas áreas. Um dos grandes problemas fundamentais com esses artigos é o fato de que demonstram falta de conhecimentos em algumas áreas grandemente estratégicas para esta questão.
Em suma, combatem o ´Big Bang´, na minha opinião, sem saber do que se trata. Com perdão da franqueza, aparentemente o que esses autores pensam ser a teoria do ´Big Bang´ é apenas uma ideia simplista baseada essencialmente em boatos sobre o assunto. Faz-se grande confusão entre as informações divulgadas ao público leigo e a informação usada pelos cientistas.
O problema é que linguagens não matemáticas não podem expremir de maneira funcional uma série de coisas fundamentais sobre a Natureza, obrigando os cientistas que divulgam essas informações a buscar analogias e outros e comparações na tentativa de tornar os temas das suas pesquisas acessíveis ao público leigo.
É claro que essa falta de distinção entre Ciência e divulgação bem como a falta de preparação técnica sobre temas vitais aos assuntos tendem a gerar confusões ao Criacionismo, tanto no confronto com o Evolucionismo quanto no que se refere à harmonia lógica interna dos dados ou explicação criacionista da própria Criação.
 
Ao ler-se artigos de vários cientistas e criacionistas tenho sentido um grande desconforto de parte a parte e tudo isso por causa da linguagem ou da argumentação equivocada e, muitas vezes, suicida adoptada tão amplamente por ambas as partes.
E, notem: argumentação equivocada tanto biblicamente como cientificamente. Estão a defender uma posição que não é bíblica e em nome do Criacionismo. Concordamos que algo deveria ser feito para esclarecer esta questão. Depois de muito ter lido sobre esta matéria e escrito pretendo expor uma atitude imparcial sobre o assunto.  
Neste post, vou apenas fazer uma introdução ao assunto da origem e evolução do Universo no contexto dos objetivos já mencionados. Apenas uma introdução por tratar-se de um assunto profundo e complexo, cuja compreensão é extremamente exigente.  
Evidentemente, não estou a pensar que este assunto interesse a todos, mas estou certo que muitos desejam ter mais conhecimento sobre este tão importante assunto.
Ao longo destes posts, farei referências a nomes de áreas do conhecimento e de teorias associadas a cada um dos principais assuntos para que o leitor interessado possa analisar per si (por exemplo, fazendo buscas por palavras-chave) se tiver interesse.
Lembro que postulados científicos autênticos não são meras conjecturas. São modelos matemáticos.
 
E não basta introduzir algumas pequenas fórmulas solitárias a nível do Ensino Médio, como fazem muitos autores que combatem o modelo da grande explosão e como o fazem também muitos autores evolucionistas.
Mesmo tendo em mente que não sou um cientista da astronomia ou físico pretendo oferecer um tratamento adequado do problema em si sem abordar aspectos técnicos inacessíveis, precisamos ainda assim esclarecer equívocos, trazendo à luz alguns pontos importantes e ideias com as quais possamos lidar sem ter de fazer um curso de oito anos de Matemática (o que, aliás, seria quase indispensável para lidar com algumas questões sobre as origens).
A Matemática não é meramente uma linguagem, ou uma mera construção da mente humana como imaginam alguns. É algo que está intimamente ligado ao funcionamento da Natureza, mas transcende-a, pois é obra de Alguém que é infinitamente superior à Natureza. O que o homem faz ao tentar sistematizar esses padrões naturais e, nessa busca, encontra uma forma de linguagem ou linguagens para representar, relacionar e aprofundar que tenta traduzir por fórmulas matemáticas. Estas linguagens não são a Matemática, mas fazem parte dela.
 
Feitas estas considerações preliminares, trataremos de apresentar uma discussão introdutória a respeito da posição bíblica sobre a origem do Universo.
Prosseguiremos com uma série de questões que devem ser consideradas com respeito à possível veracidade desta grande explosão inicial e sobre os modelos que tentam descrever a mesma.
1. As Origens
Uma ideia comum a muitos criacionistas é a de que Génesis 1 mencionar a criação do Universo (“os céus e a terra").
O texto hebraico original não nos permite argumentar sobre “os céus e a terra”. As palavras traduzidas como “céus” e “terra” em Génesis 1:1, possuem um significado um tanto vago. A palavra traduzida como “terra” indica essencialmente solo, podendo também significar uma região. Considerando o contexto do capítulo, contudo, é perfeitamente aceitável entender esta palavra como aplicando-se à parte sólida ou, possivelmente a parte sólida e líquida do planeta.
A palavra traduzida como “céus” indica o que está por acima da nossa cabeça, a região em que flutuam as nuvens e na qual os pássaros voam. Pelo contexto, podemos entender esta palavra como significando a atmosfera da Terra, podendo incluir algo mais.
À priori, não há como saber quão além da atmosfera pode estar incluído neste significado. De qualquer forma, não se pode ter certezas de que este significado abranja o Universo. De fato, esse sentido seria incompatível com outros textos bíblicos.
E mesmo que o verso 1 contivesse uma clara referência ao Universo como um todo, não há forma de saber quanto tempo se passa entre o momento da criação do Universo e a semana da criação. Em suma, um exame da Bíblia que não seja demasiado superficial mostra que não há qualquer base bíblica para argumentar que o Universo tem cerca de seis mil anos de idade ou que Génesis 1 se refere à criação do Universo. Muito pelo contrário. Certos textos bíblicos (como Job 38:4 (7) sugerem que, quando o Criador “lançou os fundamentos da Terra", já existiam seres inteligentes noutras partes do Universo. E, mesmo que não aceitemos isso por alguma razão, pelo menos precisamos reconhecer que Génesis 1 não nos dá qualquer informação sobre quando e como o Universo foi criado. Este relato fala da Terra e imediações. O resto é especulação.
2. ´Big Bang.
Existe uma ideia ainda mais absurda nesta área: o modelo do “Big Bang" seria uma grande explosão que deu origem à vida! Com perdão pela franqueza, essa ideia apenas demonstra total desconhecimento do assunto.
Por causa deste e de outros equívocos similares, tanto no que diz respeito às evidências bíblicas como no que tange às evidências físicas, muitos criacionistas pensam ser da sua obrigação combater a ideia da grande explosão inicial, a qual, na verdade, significa essencialmente uma criação rápida. Sem perceber a própria contradição, as mesmas pessoas que julgam um dever combater o ´Big Bang´ também crêem que Deus criou o Universo numa semana. Há que fazer diferença entre criação do sistema solar e criação do Universo. A terra entra no sistema solar de forma rápida ou ´criação explosiva´. Esta criação entra no sistema solar, o que nela é criado tem a duração de uma semana, tal como a Bíblia o afirma. Em suma, se cremos numa criação rápida do Universo, cremos numa grande explosão inicial ou ´Big Bang´.
A esta altura, alguém pode estar a questionar: Um momento! Acredita no ´Big Bang´? Quando falo em ´Big Bang´ refiro-me a um modelo específico que tenta descrever os instantes iniciais da existência do Universo, o que, de acordo com os astrofísicos evolucionistas, teria ocorrido há biliões de anos.
Pois esse é um bom ponto de partida para começarmos a entender o que os físicos (os que lidam com esta área) querem dizer com ´Big Bang´. Trata-se de um modelo matemático (ou seja, uma descrição em linguagem matemática) que se encaixa em dados observáveis.
Os modelos matemáticos costumam conter mais informações e possibilidades do que outros tipos de modelos.
Um dos motivos disto é que as linguagens matemáticas são infinitamente mais poderosas do que as linguagens comuns. Geralmente, há uma tremenda perda (usualmente infinita) de informação quando um cientista evolucionista tenta traduzir algo de uma linguagem matemática para uma linguagem coloquial como a língua portuguesa, ou inglesa, ou alemã, ou grega, ..., que são essencialmente equivalentes entre si e não suportam uma série de possibilidades das linguagens matemáticas. (Não confundir linguagem matemática com uma sequência de cálculos aritméticos.)
 
As pessoas (leigas) tendemos a examinar a tradução verbal de um modelo para tirar as nossas conclusões, até porque quase sempre nos falta os conhecimentos matemáticos
necessários para entendermos o modelo em si. O modelo da grande explosão inicial, por exemplo, tem sofrido as maiores calúnias por causa desse procedimento inadequado.
3. Questões Importantes
As questões que poderíamos levantar em relação a este modelo são muitas. Podemos citar algumas das mais importantes para os criacionistas.
1. Como é o modelo do ´Big Bang´? (Se não sou capaz de lidar com a expressão matemática deste modelo, não estou habilitado a apoiar ou negar: seria necessário consultar especialistas em Relatividade Geral e Cosmologia. Mas como saber em quem confiar?)
2. Que evidências tendem a apoiar este modelo? De que outras maneiras elas poderiam ser interpretadas?
 
3. Que evidências tendem a negar este modelo? Essas evidências estão bem estruturadas ou são apenas conjecturas qualitativas? Se são evidências bíblicas, decorrem de métodos rigorosos do estudo da Bíblia ou apenas estão a seguir um modismo teológico de interpretação?
4. É possível ser criacionista, crer no relato bíblico da criação especial, considerando literal a semana de Génesis 1 e ainda assim aceitar a viabilidade do modelo do ´Big Bang'?
5. Quais são as implicações de considerar a semana de Génesis 1 como sendo o período em que “os céus e a terra” foram criado e estruturado? Essas implicações são compatíveis com as leis de Deus (leis físicas e morais já conhecidas)? A propósito, viola Deus as Suas leis de vez em quando? Será que não houve violação das leis físicas na semana da criação?
Poderíamos levantar muitas outras questões como estas, cujas discussões e respostas encheriam muitos livros. No mínimo, precisaríamos de uma série de artigos para poder
tratar destes problemas sem ficar presos a superficialidades.
Embora estudar tudo isto pareça uma tarefa gigantesca, estas são questões importantes que exigem esclarecimentos, visto como tantos se têm aventurado nesta área sem conhecimento de causa, divulgando ideias que não favorecem o Criacionismo, ainda que, à primeira vista, pareça estar em conformidade com a Bíblia.
Com tudo isto em mente, temos a intenção de preparar alguns artigos nos quais comentaremos argumentos de criacionistas que se opõem ferozmente ao modelo da grande explosão inicial. Nestas oportunidades, tentaremos esclarecer os problemas que surgem na argumentação e o que podemos saber, de fato, sobre o assunto.
Fique atento ao próximo post, por ora ficamos por aqui.
Resta uma pergunta: Estará a Bíblia contra o ´Big Bang´?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SCB celebra 40 anos com programação especial

Nos dias 16 e 17 de novembro, a diretoria da Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) realizou em São Carlos, SP, o encontro comemorativo dos 40 anos da entidade. Na sexta-feira à noite e no sábado à tarde, a programação teve lugar no Colégio Adventista de São Carlos, com palestras e homenagens. No sábado pela manhã, o culto de ação de graças foi realizado na igreja adventista central da cidade.

As atividades da SCB tiveram início em abril de 1972, com o lançamento dos 500 exemplares do primeiro número da Folha Criacionista (hoje Revista Criacionista, publicada ininterruptamente desde então). Com o tempo, foram publicadas revistas também para as crianças, lançados livros, produzidos DVDs e organizados seminários em todo o Brasil e também na Bolívia, levando o conhecimento da mensagem dos três anjos a milhares de pessoas. (A história de fé e coragem dos fundadores da SCB e sua atuação no Brasil foi contada em detalhes na edição de maio da Revista Adventista e também aqui e aqui.)

A cidade de São Carlos foi escolhida para sediar o evento justamente porque ali, há 40 anos, foram dados os primeiros passos para a organização da SCB (cuja sede foi transferida para Brasília, em 1990). Na sexta-feira, 16, o presidente da Sociedade, o engenheiro Dr. Ruy Carlos de Camargo Vieira, abriu o encontro com palavras de gratidão a Deus e aos presentes, muitos dos quais protagonistas da história da entidade. Em seguida, o geólogo Dr. Nahor Neves de Souza Júnior apresentou a palestra “As atividades de Deus na natureza”.

No sábado pela manhã, o culto de ação de graças foi dirigido pelo jornalista Michelson Borges, da Casa Publicadora Brasileira. Ele apresentou um breve histórico da SCB e contou testemunhos de conversão relacionados com as publicações da Sociedade e seus seminários. Como a história do ex-ateu Hipólito Gadelha, consultor do Senado Federal e atualmente secretário da SCB. Gadelha mudou sua visão de mundo a partir da leitura da Folha Criacionistae hoje se esforça para oferecer a outros a oportunidade de conhecer, como ele, o “outro lado da moeda”.

À tarde, no colégio adventista, o Dr. Ruy Vieira, o diretor executivo, Rui Corrêa Vieira, e o responsável pelo site www.scb.org.br, Marcus Vinícius de Paula Moreira, comandaram a cerimônia de homenagens aos pioneiros da SCB, como o desenhista Francisco Batista de Mello, criador da arte de capa das primeiras edições da Folha Criacionista. Também foram homenageados os doutores Humberto Ricci e Nahor Júnior, entre outros pioneiros.
Cerimônia de homenagens aos pioneiros da SCB
Dr. Ruy homenageia o Dr. Nahor
Marcus Vinícius, Dr. Ruy e Michelson
Marco do criacionismo no Brasil: livro Estudos Sobre Criacionismo, de Frank L. Marsh, publicado pela Casa Publicadora Brasileira na década de 1970

Autor: Michelson Borges, da Casa Publicadora Brasileira

domingo, 28 de outubro de 2012

Cientistas anunciam descoberta de novas pistas da 'partícula de Deus'


GOSPEL Foto/Imagem Cientistas anunciam descoberta de novas pistas da 'partícula de Deus' Noticia ciencia
Uma equipe de físicos que trabalha no colisor de partículas americano Tevatron, no laboratório Fermilab, anunciou na última semana descobertas que confirmam as experiências do LHC, o grande acelerador de partículas europeu, sobre o bóson de Higgs, conhecido popularmente como “partícula de Deus”.
A partícula recebeu esse apelido por causa da teoria proposta na década de 1960 pelo cientista britânico Peter Higgs, segundo a qual o bósson seria a forma como a matéria obteve massa depois do Big Bang. De acordo com essa teoria, a chamada partícula de Deus seria o agente que possibilitou o desenvolvimento das estrelas, dos planetas e da vida, ao dar massa às partículas mais elementares. Porém, até agora, a partícula existe apenas em teoria.
A comprovação da existência dessa partícula poderia provar a existência de um campo invisível que supostamente permeia todo o universo, além de confirmar o Modelo Padrão da Física proposto por Albert Einstein.
O cientista Jim Siegrist, diretor-adjunto de ciências do Departamento de Energia, falou sobre a importância da descoberta: “Este é um marco importante para os experimentos do Tevatron e demostra a contínua importância das medições independentes na busca pela compreensão dos elementos básicos da natureza”, afirmou. Ele disse também que “o final do jogo se aproxima na busca do bóson de Higgs”.
De acordo com a agência Reuters, o Fermilab continua analisando os dados obtidos nas suas experiências, e Rob Roser, um dos físicos do laboratório, afirmou que uma conclusão definitiva pode ser apresentada em junho.

Cientistas e a ‘Particula de DEUS’


Fonte: Gospel + | Divulgação: Midia Gospel

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

NENHUMA VIDA FORA DO SISTEMA SOLAR

A terra o oásis único e frágil em um espaço sideral inóspito e sem vida. A vida, ou a biosfera, torna-se uma reserva ainda mais enclausurada e única, quando se sabe que NENHUMA FORMA DE VIDA, MESMO A MAIS PRIMITIVA, JAMAIS FOI DETECTADA FORA DOS LIMITES DO PLANETA TERRA.

Se toda a biosfera terrestre se mantém numa parte ínfima do planeta Terra, este, por sua vez, é um grão de areia. Sem contar o Sol, a Terra responde por apenas 1/500 da massa total do sistema solar. Medida em relação ao universo, a Terra é menor que a menor partícula do átomo comparada a seu núcleo. Somos uma bolinha azul e frágil que vaga pelo infinito.

NO INÍCIO, UM GOLPE DE SORTE

Se o ritmo de expansão que se seguiu ao Big Bang fosse uma fração de segundo mais lento, a terra iria parar próximo ao sol e hoje seria uma pedra tórrida como o Mercúrio. Se ela fosse uma fração de segundo mais rápido, a terra estaria nos confins gelados do sistema solar, sem possibilidade de abrigar vida.

SERÍAMOS PULVERIZADOS PELAS FORÇAS CÓSMICAS...
...caso nossos irmãos maiores do sistema solar Júpiter, Netuno e Urano não atraíssem cometas e asteróides, fazendo-os desviar-se da rota de colisão com a Terra...
... se não fôssemos protegidos pecos dois cinturões de Van Allen, formados por íons aprisionados pelo campo magnético terrestre e que retêm a radiação cósmica que cruza continuamente o espaço.
A VIDA - UMA OCORRÊNCIA IMPROVÁVEL
Os cientistas explicam com detalhes a evolução geológica da terra, mas têm apenas teorias sobre o surgimento das moléculas orgânicas que deram origem à vida.
FONTE: Revista Veja - 31/10/2011

Chegamos aos 7 biliões. Em 1976, éramos 4 biliões. A previsão é chegarmos aos 10 biliões no final do século. Dessa reportagem da revista Veja retiramos algumas citações para reflexão.

1. “ NENHUMA FORMA DE VIDA, MESMO A MAIS PRIMITIVA, JAMAIS FOI DETECTADA FORA DOS LIMITES DO PLANETA TERRA”.
E nem encontraremos. A Bíblia coloca o homem como a coroa da criação, ou seja, o ápice dela, o que de mais perfeito Deus fez, à imagem e semelhança d´Ele mesmo. Como disse o repórter, habitamos num espaço inóspito e sem vida.

2. “ NO INÍCIO, UM GOLPE DE SORTE”
Tudo tão milimetricamente calculado, que se a terra, o sol ou qualquer outro planeta do sistema solar girasse uma fração de segundo mais lento ou mais rápido, a vida na terra seria destruída. Será que é tão difícil dizer que uma inteligência suprema fez todos os cálculos? Só para não admitir Deus? Estatisticamente seria necessário mais do que puramente sorte.
OBS: O sol também gira, a via láctea gira, todo o universo se movimenta sem parar.
Será necessária muita fé para aceitar esta afirmação de Génesis 1:
26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28 E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

3. “SERÍAMOS PULVERIZADOS PELAS FORÇAS CÓSMICAS”
Se não existissem planetas grandes e sem vida protegendo a terra e atraindo asteróides que nos ameaçam. Se não fossem os cinturões de Van Allen a proteger-nos da radiação cósmica.
Os detalhes para que a vida exista são infinitos. Bastava não ter água, o sol ser mais quente ou mais frio. Cientistas calculam que o sol diminui um metro a cada hora e que há 10.000 anos a temperatura na terra seria de cerca de 100º C, o que limita a vida na terra a menos que 10.000 anos, como está na Bíblia, mas isso não aprendemos na escola.

4. “OS CIENTISTAS EXPLICAM COM DETALHES A EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA TERRA, MAS TÊM APENAS TEORIAS SOBRE O SURGIMENTO DAS MOLÉCULAS ORGÂNICAS QUE DERAM ORIGEM À VIDA”.
Isso porque qualquer criança do primário sabe que só a vida gera a vida. Do inorgânico não se pode criar o orgânico. Não se pode tirar vida da pedra.

Para acreditar em toda essa história é preciso ter fé, e isso os ateus e evolucionistas têm de sobra. Nessa hora, prefiro abrir mão da minha fé e usar a razão, entendendo que se algo existe, e ainda tão perfeito, como o universo e a vida, alguém criou.

Se eu acreditar que um simples relógio de pulso surgiu de uma explosão serei internado como louco, mas se disser que a via láctea, todos os planetas, as estrelas, o sistema solar, as inúmeras formas de vida existentes surgiram de uma explosão chamada Big Bang, serei considerado inteligente?

Outro detalhe: cientistas concordam que a idade de 7.000 anos para o primeiro casal está de acordo com a população de 7 bilhões de habitantes a que chegamos no mês passado. Se o Homo Sapiens surgiu há 150 mil anos, como diz a teoria da evolução, onde estão os outros bilhões de humanos nascidos?

Como diz a Bíblia: “ Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. (Rm 1:19-22).

Que Deus nos abra os olhos do entendimento. Amém.

sábado, 1 de setembro de 2012

Fósseis Em Lugar Onde Raramente Chove

O deserto Atacama é um dos locais mais secos na Terra – recebe cerca de 1mm de chuva por ano, se tanto – mas cientistas descobriram recentemente uma caverna húmida. Robert Roy Britt reportou através da Live Science que estas cavernas podem conter água, indicando um clima ameno no passado.

Uma das coisas que os cientistas disseram foi:

“Encontramos centenas de milhares de ossos e crâneos em erosão através das paredes da caverna.”

Os cientistas tiveram que subir 13 pés (+/- 3,96 metros) para cima de modo a poderem encontrar uma passagem por onde pudessem andar.

“Foi lá que encontramos os ossos misturados com ramos e árvores” Wynne disse no seu blog.
E o artigo diz ainda:

“Presentemente não é totalmente claro se os animais foram depositados aqui por pessoas da era pré-histórica, ou se foram emprisionados por um dilúvio.”

Imaginem centenas milhares de fósseis e ramos de árvores enterrados juntos num lugar onde raramente chove. O que é que isso sugere?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A GEOLOGIA E O DILUVIO BIBLICO

Reflexão:
Mapas da Formação Serra Geral: (a) Localização
 na Bacia do Paraná (seg. BELLIENE et al., 1986a):
1 - embasamento cristalino;
2 - sedimentos pré-vulcânicos;
3 - formação Serra Geral;
4 - sedimentos pós-vulcânicos;
5 - estrutura tipo sinclinal;
6 -estrutura tipo arco;
7 - flexura;
8 - alinhamentos tectónicos e;ou magnéticos;
A origem da Terra, fenómenos endógenos e exógenos atuando ao longo de sua tumultuosa história, os processos dinâmicos de formação e transformação das rochas e a interação de todos estes fatores com os seres vivos antigos cujos vestígios estão tão claramente registrados nas rochas sedimentares, constituem alguns dos fascinantes temas a bordados pela Geologia.

Manifestações vulcânicas intensas e extensas (vulcanismo fissural) desenvolveram-se no passado, originando as rochas basálticas. Estes e outros fenómenos geológicos de igual magnitude ocorreram rapidamente e são melhor representados em uma coluna geológica demarcada por períodos curtos (meses), e não pelos longos intervalos de tempo (milhões de anos) preconizados pela geologia convencional.

Os objetos de estudo da Geologia são extremamente complexos e abrangentes. Os fenómenos geológicos compreendem ordens de grandeza, no espaço, bastante variadas desde o defeito cristalino, da ordem do mícron, até aos invólucros concêntricos da Terra, da ordem de milhares de quilómetros. Ao procurar decifrar a história geológica de nosso planeta o pesquisador, necessariamente, irá confrontar-se ainda com o fator tempo; comparando os fenómenos atuais com aqueles possivelmente ocorridos no passado, ele será naturalmente induzido a aceitar a hipótese mais popular, em que os períodos de tempo geológico correspondem a intervalos de milhões ou mesmo bilhões de anos. Escalas de tempo e espaço extraordinariamente amplas, parecem compatíveis entre si e exercem uma atracção irresistível à mente humana moderna.

A hipótese evolucionista, que considera vastos períodos de tempo para o desenvolvimento dos processos geológicos, tem efectivamente conseguido elucidar as principais questões pertinentes a origem e a história do planeta Terra? As características mineralógicas, texturais e estruturais das rochas apontam para processos lentos e extremamente prolongados? A fossilização de plantas e animais, desenvolvida em larga escala no passado, está sendo verificada no presente? Como responder a estas indagações e a muitas outras que a geologia nos apresenta? Existiria algum outro modelo conceitual, apoiado por evidências de campo e testes de laboratório, capaz de fornecer maior luz ao sincero pesquisador que defronta-se com as referidas questões?

A experiência académica e profissional adquirida durante duas décadas, em geologia pura e aplicada, permite-nos afirmar que os fatos geológicos tornam-se mais compreensíveis e harmonizam-se mutuamente, de forma muito mais coerente, quando analisados sob uma perspectiva bíblica. O Livro Sagrado, muito embora não deva ser considerado um compêndio científico, seus princípios quando compreendidos e vividos fornecem, claramente, as diretrizes básicas para toda a atividade humana, incluindo a pesquisa científica. Dentre aqueles que assim pensam encontram-se vários cientistas (criacionistas) que, no desenvolvimento normal dos seus trabalhos de campo e experiencias laboratoriais, defrontaram-se com fortes evidências de que um grande cataclisma de amplitude mundial, o dilúvio bíblico, ajusta.se perfeitamente aos hiatos geológicos.

Dentre os fenómenos geológicos, observados atualmente, as erupções vulcânicas constituem, provavelmente, o processo natural que mais desperta nossa atenção, pela sua magnitude, abrangência e efeitos, geralmente danosos ao meio ambiente. O estudo detalhado das rochas permite-nos decifrar com boa precisão, em alguns casos, os processos responsáveis por sua formação. As rochas basálticas apresentam evidências mais que suficientes para caracterizá-las como rochas ígneas efusivas, ou seja, rochas formadas como resultado do esfriamento e cristalização de extensos corpo de lava, que se extravasaram abundantemente sobre a superfície da Terra, no passado. As principais características geológicas dos basaltos apontam para uma origem remota ou recente? Pesquisas científicas, envolvendo as rochas basálticas da Formação Serra Geral (sul do Brasil), desenvolvidas durante 12 anos, nos possibilitaram acumular um significativo acervo de dados e, consequentemente, nos permite responder com segurança a questão acima formulada.

VULCANISMO FISSURAL
Coluna crono-estratigráfica da Bacia do Paraná:
distribuição temporal e espacial da principais
unidades litológicas em uma seção
hipotética SSE-NNW (seg. Zalanm et.al., 1990).
A Bacia Sedimentar do Paraná constitui a província estrutural da Plataforma Sul Americana, que sediou a mais extensa manifestação vulcânica de natureza continental, na superfície terrestre. Observando-se a figura 1 nota-se que, da porção brasileira da bacia (1.100.000 km2), dois terços (734.000 km2) são cobertos pelos derrames de lava basáltica da Formação Serra Geral que corresponde, por sua vez, à penúltima unidade litológica na história de posicional da bacia.

As fissuras que permitiram a ascensão de grandes volumes de magma basáltico, correspondem a fraturas e falhas de distensão que originaram, consequentemente, centenas de diques (dutos de ascensão do magma, com formato tabular). A magnitude extraordinária deste vulcanismo pode ser avaliada pelos seguintes valores: os referidos diques podem atingir mais de 100 km de extensão e até centenas de metros de espessura (ALMEIDA, 1986); a espessura máxima do pacote magmático se aproxima dos 2.000 m; estimando-se o valor de 660 m para espessura média e 1.200.000 km2 para a área total, incluindo porções do Paraguai, Uruguai e Argentina, atinge-se a impressionante cifra de 750.000 km3 de volume de matenal extrusivo (PEATE et alii, 1988).

O tectonismo responsável pelo fraturamento da crosta e ascensão de grandes volumes de magma, na "era mesozóica" da Bacia do Paraná, está intimamente associado a fragmentação do antigo mega-continente Gonduânico, que corresponde atualmente às províncias geográficas da América do Sul, Africa, Antártida, Madagáscar, Austrália e India. Para a área do Atlântico Sul, venefica-se que o vulcanismo fissural da Bacia do Paraná ocorre imediatamente antes do início da separação dos continentes Sul Americano e Africano (PlCCIRILLO & MELFI, 1988).

Mapa da parte Noreste da América do Norte,
indicando a área abrangida pelos
derrames basálticos do Grupo Rio Columbia.
(seg. Waters, 1961ç McDougall, 1976)
Fenómenos vulcânicos, com esta intensidade e abrangência, não estão ocorrendo nos dias atuais. Os derrames basálticos do Hawaí são insignificantes se comparados com os derrames da Bacia do Paraná, muitos dos quais percorreram distâncias superiores a 100 km e atingiram, individualmente, l00 m de espessura. Eventos catastróficos parecem conter uma resposta mais condizente com a realidade dos fatos geológicos, do que o tão propalado "uniformitarismo" tendo em vista não somente o vulcanismo Serra Geral, mas os Derrames "Deccan" na India, o Grupo Rio Colúmbia (EUA),..., apenas para citar os mais expressivos dentre vários outros exemplos.

O Grupo Rio Columbia, constitui um dos exemplos clássicos de vulcanismo fissural, do tipo continental. Os derrames basálticos Rio Columbia distribuem-se em vasta área, na porção noroeste da América do Norte, abrangendo o sudeste do Estado de Washington, norte de Oregon e oeste de Idaho (figura 3). A intensidade do correspondente evento magmático, desenvolvido à "época do Mioceno", pode ser avaliada pela expressiva área envolvida (200.000 km2), onde foram acumuladas 325.000km3 de lavas basálticas (REIDEL, 1983; MANGAN et alii, 1986). Próximo ao centro do Platô Colúmbia Verificou-se, por meio de sondagem, espessuras em tomo de 3.000 m para o pacote de derrames basálticos (HOOPER, 1982).

O de talhamento to geológico do Grupo Rio Columbia, desenvolvido ao longo de aproximadamente três décadas, possibilitou a sua subdivisão estratigráfica em várias mudasses, atingindo-se o nível de "Membro", que pode corresponder, em algumas situações, a um único derrame, características do derrame "Pomona", apenas um Membro do Grupo Rio Columbia, constitui um exemplo de extraordinária manifestação de energia vulcânica. Este derrame, com de espessura média, percorreu a impressionante distância de 550 km, abrangendo uma área de 18.000 km2, o que corresponde, em termos volumétricos, a 540 km3 (SCHMINCKE, 1967; SWANSON et alii, 1975; HOOPER, 1982). A magnitude deste evento, considerado isoladamente, por si só nos fornece uma prova de que "o presente não é a chave do passado".

Os eventos tectónicos que afetaram a área, durante o vulcanismo Rio Columbia, estão associados a movimentos regionais envolvendo as placas litosféricas da América do Norte e do Pacífico (BARRASH et alii, 1983); semelhantemente ao verificado na Formação Serra Geral, porém, neste caso as placas litosféricas seriam ourras (Sul Americana e Africana). Podemos então admitir um estreito vínculo entre o vulcanismo fissural e a Tectónica de Placas (expansão do assoalho oceânico). Em verdade, a análise petrográfica em amostras de basaltos oceânicos e continentais, denominados basaltos eolíticos, revela uma notável semelhança. Alguns cientistas consideram ainda a possibilidade de os platôs basálticos (vulcanismo continental) e os assoalhos oceânicos (sucessivos acréscimos laterais de lava basáltica, a partir de uma gigantesca fissura central) serem o resultado de um único processo geológico, ocorrido de maneira violenta e repentinamente - impactos de grandes meteoritos (ALT el alii, 1988).

TEMPO DE SOLIDIFICAÇÂO DOS DERRAMES
O magma basáltico é originado nas profundezas da crosta, provavelmente na interface manto/crosta., Ao atingir a superfície extravasa-se em extensos derrames de um material incandescente (em tomo de 1.000°C), já em franco processo de resfriamento. Este processo de resfriamento e solidificação, embora relativamente lento, pode ser significativamente acelerado pela presença da água. Algumas estruturas secundárias, observadas nos basaltos da Formação Serra Geral (FSG) e do Grupo Rio Columbia (GRC), constituem evidências da participação de águas continentais (fluvial e lacuste) no referido processo de resfriamento; dentre estas estruturas secundárias, destacam-se:

-" Pillow Lava (lavas em almofadas - feição typica de derrames submarinos)

FSG: MANO (1987)
GRC: WATERS (1960)

-."Basaltic Ring Structures (estruturas circulares emissões secundárias de lava)

FSG: ARAÚJO (1982)
GRC: HODGES (1978)

-"Spiracle (espiráculos - explosões de vapor resultantes da presença de sedimentos saturados de água, sob o derrame)

FSG: MOLLER & CABRERA (1976)
GRC: WATERS (1900)

A marcante influência da água, nos processos de resfriamento de derrames de lava basáltica, fica ainda mais realçada quando consideramos uma determinada estrutura primária, presente na grande maioria dos derrames "Rio Colúmbia". Trata-se do "entablature" (entablamento). Os derrames que apresentam esta estrutura solidificaram-se quando submersos em extensos corpos de água. O entablamento corresponde, basicamente, a uma feição estrutural de derrames basálticos, em que a rocha encontra-se seccionada por densa rede de juntas de resfriamento com orientação subvertical predominante. Em análise petrográfica, contesta-se ainda uma granulação extremamente fina e abundante matriz vítrea. O entablamento foi também descoberto no Brasil (SOUZA Jr., !986a), nos derrames "Serra Geral", e detalhadamente caracterizado quanto a suas propriedades geológicas e geotécnicas (SOUZA Jr, 1992a, l 992b, 1993a, 1993b, 1994a, 1994b). .

Esta feição estrutural, muito embora apresente um alto grau de fraturamento, não se encontram distribuídas aleatoriamente. E possível distingir um padrao de fraturamento (figura 3), que se revela útil na caracterização genética desta rocha singular. O entablamento geralmente ocorre associado em um mesmo derrame, ä outro tipo de estrutura denominada "collonade" (colunata), cuja principal característica refere-se ao fraturamento mais espaçado e relativamente regular, formando em alguns locais perfeitas colunas verticais e sextavadas (figura 1c).

Os processos de solidificação de derrames sob a influencia da água, ou não, estão bem representados no modelo da Figura 3: derrames tipo I (posicionados em paleodeclives, não foram inundados); derrames tipo II (múltiplos eventos de inundação alternados por períodos de seca); derrames tipo III.(inundação permanente até completar-se a solidificação), poderíamos ainda acrescentar o tipo IV como sendo aquele derrame, observado frequentemente em entablamentos no Brasil, onde a colunata está ausente. Neste último tipo, o processo de resfriamento inicia-se imediatamente após o extravasamento, com o corpo de lava já submerso (ausência de colunata superior), a isoterma superior de fracturamento move-se tão rapidamente, em sentido descendente, que não há tempo para formação da colunata inferior.

A seguinte questão pode então ser formulada: haveria alguma possibilidade definir o quão rapidamente se solidificaram os derrames tipo entablamento, ou mesmo, qual o tempo necessário para o empilhamento dos derrames do Grupo Rio Columbia? Um fenómeno recentemente ocorrido na Islândia, pode nos auxiliar nesse sentido. Trata-se da erupção "Heimaey" observada na Islândia em 1973 (BJÖRNSSON, 1982). Água, em grande quantidade, foi bombeada sobre o derrame de lava basáltica, na tentativa de impedir seu fluxo e desviá-lo para fora do povoado local; a área submetida a este processo (7.000 m2) ficou envolvida por vapor d'água; furos de sondagem revelaram, posteriormente, que após 2 semanas de "irrigação", a solidificação da lava havia progredido até profundidade de, aproximadamente, 12 metros; após a completa consolidação da lava, verificou-se que a parte inferior do derrame apresentava estrutura tipo colunata e a parte superior (afetada pela água) correspondia, exatamente, ao entablamento. Um derrame, efetivamente, submerso apresentaria taxas maiores de consolidação? Provavelmente, sim.

Além do intenso fraturamento, outras características evidenciam o resfriamento, em condições subaquáticas, dos derrames que ostentam estrutura tipo entablamento:
-granulação extremamente fina e abundante matriz vítrea (textura hialofítica)
-morfologia dendrítica dos cristais de magnetita
-cristais de plagioclásio com "cavidades" e apresentando em suas extremidades o formato de "cauda de andorinha".
-juntas tipo I (ver figura 4) apresentam halo de alteração e preenchimento composto por minerais secundários de origem hidrotermal, em uma determinada sequência. Assim, as juntas tipo I encontravam-se submersas, por ocasião da formação do halo de altera não e colmatagem (microzona) das fissuras.
-observa-se em juntas tipo II (ver figura 4), as mesmas características geométricas (segmentos de junta e estruturas em pluma) verificadas na colunata, que evidenciam o sentido de propagação da junta. No caso específico das juntas tipo II, a propagação rena se desenvolvido no sentido descendente

 DURAÇAO DOS PROCESSOS DE SUPERPOSIÇAO DOS DERRAMES
Modelo estrutural do entablamento:
a - bloco diagrama;
b. - disposição das juntas em seção horizontal;
c. - perfil em junta tipo II;
d. - formato dos blocos produzidos em desmontes á fogo.
(SOUZA, Jr., 1992a)
Se adicionarmos às evidências de rápida consolidação dos derrames de lava, alguma outra evidência que indique uma alta velocidade de superposição destes mesmos derrames, não precisaríamos dos milhões de anos ou mesmo centenas de milhares de anos, tradicionalmente considerados, para o empilhamento dos extensos derrames basálticos (FSG e GRC).

O magma basáltico no processo de migração em direção à superfície, aproveitasse fraturas, falhas ou outras descontinuidades que constituirão os próprios condutos de ascensão do magma. Neste processo, ocorreu com frequência, à época da Formação Serra Geral, a penetração do magma em contatos litológicos, originando corpos intrusivos denominados "sills" (soleiras). Desta forma, conclui-se que estes corpos se silicificaram em sub-superfície, sendo denominadas soleiras de diabásio.

Devido aos sucessivos levantamentos de determinadas porções da crosta, o material rochoso sobrejacente às soleiras foi removido por processos erosivos, possibilitando então que estes corpos rochosos, outrora intrusivos, aflorassem à superfície. Assim, o geólogo em seus trabalhos de campo pode encontrar maciços de diabásio, separados por pequenas distâncias de maciços basálticos. As diferenças texturais e estruturais entre diabásios e basaltos deveriam, à princípio, ser notável; ou seja, diabásios apresentando texturas grosseiras e fracturas mais espaçadas (resfriamento mais lento em sub-superfície), e os basaltos apresentando texturas mais finas e uma densidade maior de juntas (resthamento mais rápido em superfície).

Entretanto, o que se verifica é que apenas os diabásios obedecem a referida descrição; já os basaltos (que não apresentam estruturas tipo entablamento), possuem uma textura grosseira e um fracturamento irregular muito semelhantes ao observado nas soleiras dibásicas. Não se verificam diferenças químicas e mineralógicas entre os diabásios e os basaltos estudados. Assim, só é possível uma conclusão (SOUZA Jr. 1985, 1986a):

Os derrames solidificaram-se quando já haviam sido sobrepostos por vários outros subsequentes. É exatamente este o motivo da aparência de corpos intrusivos, apresentada pela maioria dos derrames Serra Geral.

Praticamente todos os derrames (excluindo aqueles que ostentam a feição "entablamento") da Bacia Paraná apresenta, no seu núcleo, uma estrutura denominada "junta-falhas". Esta feição geológica foi exaustivamente estudada por este autor (SOUZA Jr. 1986b, 1987a, 1987b, 1989, 1990a, 1990b). Trata-se de uma descontinuidade sub-horizontal, ora com aparência de junta, ora assemelhando-se a uma falha; está associada a taxas de textura mais grosseira, apresentando ainda, localmente, estrutura fluidal.

A medida que os derrames foram se sobrepondo rapidamente, os sismos provocados pela ascensão do magma formação de pequenos desníveis topográficos e o movimento dos próprios derrames, foram suficientes para gerar deslocamos diferenciais no núcleo (ainda não consolidado) de derrames subjacentes.

Não teríamos dificuldade em afirmar então que as 4 etapas, desenvolveram-se rapidamente. A ausência de vestígios de alteração intempérica (os basaltos alteram-se rapidamente - SOUZA Jr, 1988), nos contatos entre derrames, constitui mais uma evidência do curtíssimo tempo de exposição de cada derrame, antes de ser coberto pelo derrame seguinte.

Tendo em vista o anteriormente exposto, destacando se a erupção"Heimaey" a semelhança entre soleiras dibásicas e derrames basálticos; e a origem das "juntas-falhas", não teríamos dificuldade em afirmar que nas grandes províncias basálticas continentais, o empilhamento de derrames basálticos desenvolveu-se em questão de semanas. A. consolidação pode ter-se completado nos meses, ou mesmo anos subsequentes. Um processo de resfriamento ainda mais eficiente, semelhante ao considerado para o entablamento, é apresentado por LISTER (1977). O fenómeno, neste caso, teria lugar nas proximidades de centros de separação de placas tectónicas oceânicas. Analogamente ao mencionado para os platôs basálticos continentais, no que diz respeito ao fator tempo, aplicaríamos aos processos da "deriva dos continentes" ou "expansão do assoalho oceânico". Todas estas conclusões poderiam ajustar-se harmonicamente em um único modelo geológico?

MODELO DO DILÚVIO BÍBLICO
Derrame de lava recém-extravasado (á extrema esquerda)
 originando, dependendo das condições climáticas,
três distintas histórias de resfriamento ou consolidação:
derrames typo I, II e III.
(adap. de Long and Wood, 1986;
De Graff & Ayden, 1987; McMillan et.al.,
1987 e 1989; De Graff et.al,. 1989)
Como pode ser observado no quadro 1, as colunas estratigráficas que, por tradição são demarcadas temporalmente a partir da geocronologia evolucionista, representam, na realidade, episódios de uma grande catástrofe, o dilúvio bíblico. Assim, as centenas de milhões de anos, convencionalmente atribuídos ás eras geológicas, deverão ser reduzidos a meses (pouco mais de 1 ano), o que corresponde ao período do dilúvio propriamente dito. No período pós-dilúvio que inclui o "pleistoceno" e o "holoceno", as centenas de milhares de anos deverão converter-se, ainda, em dezenas ou centenas de anos, período este em que a terra se recuperou lentamente dos efeitos do grande cataclisma.

O detalhamento de cada fiem do modelo em apreço, pode ser encontrado em SOUZA Jr. (1993c) e, com alguns acréscimos e modificações nos anais deste evento (SOUZA Jr, 1996). Questões quanto a origem e a idade da Terra e outros fenómenos geológicos apresentadas na última coluna (descrição geológica) do quadro 1, são também consideradas nas mesmas referências, portanto, não serão repetidas no presente trabalho. Os fenómenos geológicos, comentados neste trabalho, estão realçados na última coluna do quadro 1.

Para alguns, talvez, pareça difícil conciliar a geologia, ou qualquer área da ciência, com a Bíblia ou com a religião. Infelizmente, situações diversas e adversas, presenciadas nos dois últimos séculos de nossa história, assemelham-se a uma planejada conspiração que, em muitos casos, dificulta grandemente o honesto pesquisador em sua tentativa de conciliar as descobertas científicas com sua fé religiosa. Por um lado, podemos afirmar com segurança que as leis naturais, dissociadas da Razão Maior -"O EU SOU". o Criador e Mantenedor das leis e da vida, jamais serão compreendidas plenamente. Por outro lado, temos observado que a religião, desvirtuada pelas concepções e filosofias meramente humanas, contribui para um conflito ainda maior entre o conhecimento científico e as convicções religiosas.

Na verdade, a ciência e a fé podem conviver harmoniosamente. O crer e o conhecer são conceitos perfeitamente compatíveis. Ao nos envolvermos com as geociências, tenhamos sempre em mente os seguintes princípios: "A Bíblia é a palavra de Deus escrita; os relatos das origens e do dilúvio, como descritos no livro de Génesis, constituem verdades históricas" (Folha Criacionista - no 1).

"A ciência está sempre a descobrir novas maravilhas; mas nada traz de suas pesquisas que, corretamente compreendido, esteja em conflito com a revelação divina"


REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A Capa (darwinista e infeliz) da Revista Veja

Num texto publicado no site Observatório da Imprensa, o jornalista Veludo Amando de Barros escreveu: “Foi com surpresa – mais que surpresa, com estupefação – que vi a capa da revista Veja desta semana (edição nº 2266, de 25/4/2012) e li a manchete ‘Do alto, tudo é melhor’. Ainda na capa, a chamada da matéria afirma: ‘A evolução tecnofísica explica por que as pessoas mais altas são mais saudáveis e tendem a ser mais bem-sucedidas.’ E a imagem estampada diz tudo. Um sujeito alto, muito bem composto, bem vestido, ao lado de um baixinho ridicularizado, com a camisa meio para fora, numa evidente cena de depreciação, de deboche mesmo.

“‘Quanto maior a altura de um homem, mais feliz ele é.’ Ou seja, a revista decretou que as pessoas abaixo de certa altura devem se considerar feias, infelizes e fracassadas. Pelo menos foi isso que meu cérebro deduziu. Mais: decretou o fracasso de grande parte da população brasileira. Não tem como não seguir essa dedução.

“A revista, no limiar do século 21, nos devolve a um determinismo genético de arrepiar, todos que temos tristes lembranças de determinismos genéticos em passado recente. Fiquei temeroso de que numa edição próxima a revista possa dizer que os morenos são menos competentes do que os loiros. Ou que os pardos têm menores chances de ser felizes. Para ser correto, vou mencionar que no miolo da matéria o semanário diz que a população brasileira aumentou sete centímetros em sua altura nas últimas décadas. Até aí tudo bem. Mas daí a inferir que os altos estão com o sucesso e a felicidade garantidos, faz uma enorme diferença. Ou, por dedução, que os abaixo de 1,70 m devem ficar em casa chorando seu azar genético.

“O texto causa ainda maior perplexidade, uma vez que a revista da Editora Abril ainda é o carro-chefe da empresa. Ao fazer a declaração tão categórica, deve estar a ferir moralmente milhares de assinantes, uma vez que é difícil crer que todo o seu público leitor já tenha atingido a maioridade de estatura capaz de assegurar um ticket para, o paraíso. Tanto se fala em bullying nos dias atuais e, no meu entendimento, essa matéria ‘especial’ pode se encaixar numa tentativa de bullying coletivo. Também não consegui achar na ‘reportagem’ uma base científica realmente convincente que nos possa fazer concordar com uma assertiva tão questionável do ponto de vista de pesquisas idóneas.

“Com isso, perde a imprensa brasileira por ver uma publicação de respeitabilidade no passado incorrer num deslize desse e perde o leitor, encharcado por um determinismo biológico mais próximo do fim do século 19. E entristece aqueles que, por boa-fé ou ingenuidade, possam ficar se lamentando por não terem se submetido a um eficaz tratamento para crescer durante a adolescência.”

Nota: O texto da Veja é realmente preconceituoso e a capa reforça um estereótipo negativo. Mas o que se poderia esperar de uma das grandes divulgadoras em nosso país do darwinismo e do ateísmo militante “chique”? De uma revista que não poucas vezes vem chamando criacionistas de “ignorantes” e “obscuros”, ofendendo, assim, outra significativa parcela de seus leitores? Na verdade, deixei de ser assinante da Veja (e da Superinteressante, também) faz um bom tempo, justamente porque cansei de pagar para ser agredido sem direito de resposta. Que os “menos evoluídos” baixinhos e gordinhos façam o mesmo.[MB]

Michelson Borges – Criacionismo

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Não vai acreditar no que acreditam os Evolucionistas

Os evolucionistas discutem sobre muitas coisas, mas uma coisa que eles concordam é que a ideia deles é um fato científico. É a única posição definitiva, de consenso dentro do pensamento evolucionário. Os evolucionistas dizem que a sua tese só é comparável à gravidade, a esfericidade de Terra e o heliocentrismo. Essas afirmações começaram logo após o livro de Charles Darwin sobre a evolução ter sido publicado, e apesar de faltar muito elos para demonstrar a evidência da evolução, eles acreditam apesar de tudo e de todos.

Estas afirmações são como uma lanterna de luz vermelha indicando um problema. Pois, é claro, a evolução não é um fato científico. Na verdade, há problemas científicos tremendos com a noção de que algo veio do nada, ou no caso da evolução biológica, que as milhões e milhões de espécies da natureza, com seu design profundo, surgiram espontaneamente estritamente de acordo com a lei natural. A evolução, de uma forma ou de outra, pode, de alguma maneira, ser verdade. Esta é uma questão difícil, pois quem realmente sabe como surgiu realmente o mundo e toda a biologia?

Todavia, o que não é uma questão difícil é se a ideia ser admitida (por eles como) um facto científico. Pois a afirmação de que a evolução é um facto não é uma afirmação sobre o passado distante, mas uma afirmação sobre o nosso conhecimento do passado distante. Nós podemos não saber com certeza o que aconteceu no passado distante, mas não sabemos com certeza que o que sabemos. Se alguma coisa, nós sabemos é que a ideia é grandemente desafiada pela ciência. Ela certamente não é um facto científico. E assim a certeza do evolucionista de que a evolução é um facto concreto é um sinal de metafísica subjacente.

Quando as pessoas acreditam em coisas que elas não entendem e, além disso, insistem em dizer que elas estão certas e todo mundo está errado, e quem ousar questionar a evolução deve ser boicotado, então há um problema. Infelizmente, é isso exactamente que descreve a evolução. Então eis aqui uma pequena amostra das afirmações dos evolucionistas sobre “o fato” da evolução que você nem irá acreditar.

Aproximadamente 30 anos após ter sido publicado o livro de Darwin, o professor de evolução Joseph Le Conte escreveu isto:

“A evolução é, certamente, uma legítima indução a partir dos fatos da biologia. Mas nós estamos preparados para ir muito além. Nós estamos confiantes que a evolução é absolutamente certa. Não, na verdade, a evolução como uma teoria especial —Larmarckista, Darwinista, Spenceriana—pois todas essas são maneiras mais ou menos exitosas de explicar a evolução … mas a evolução como uma lei de derivação de formas a partir de formas prévias; a evolução como uma lei de continuidade, como uma lei universal de vir a ser. Neste sentido ela não somente é certa, ela é axiomática. …

Assim também, as origens de novas formas orgânicas podem ser obscuras ou até inexplicáveis, mas nós não devemos por conta disso duvidar que elas tiveram uma causa natural, e surgiram por um processo natural; pois fazer isso é duvidar também da validade da razão, e a constituição racional da Natureza orgânica. A lei da evolução é nada mais do que científica ou, na verdade, o modo racional de pensar sobre a origem das coisas em cada departamento da Natureza. … a lei da evolução é tão certa quanto a lei da gravitação. Nada, ela é muito mais certa …”

Mais recentemente, o evolucionista R. C. Lewontin escreveu isto em uma publicação científica:

“É um fato que todas as formas vivas vieram de formas vivas precedentes. Portanto, todas as formas de vida atuais surgiram de formas ancestrais que eram diferente. As aves surgiram de não aves, e humanos de não humanos. Nenhuma pessoa que pense ter qualquer entendimento do mundo natural pode negar esses fatos mais do que ela ou ele possa negar que a Terra é redonda, gira em seu eixo, e em torno do Sol.”

O evolucionista Neil Campbell escreveu isso no seu livro didáctico de Biologia:

“O termo teoria não é mais apropriado, excepto quando se referir aos vários modelos que tentam explicar como a vida evolui … é importante entender que as atuais questões sobre como a vida evolui, de moo algum implica qualquer desacordo sobre o fato da evolução.”

Eis aqui outro exemplo, do livro didáctico de Douglas Futuyma:

“Algumas poucas palavras precisam ser ditas sobre a “teoria da evolução,” que a maioria das pessoas consideram significar a proposição de seu os organismos evoluíram de ancestrais comuns. Na linguagem do dia-a-dia, “teoria” frequentemente significa uma hipótese ou até mesmo uma mera especulação. Mas em ciência, “teoria” significa “uma declaração do que é considerado ser as leis gerais, os princípios, ou as causas de algo conhecido ou observado” como o Oxford English Dictionary define teoria. A teoria da evolução é um corpo de declarações interconectadas sobre a selecção natural e outros processos que são considerados como causando a evolução, assim como a teoria atómica da Química e a teoria mecânica newtoniana são corpos de declarações que descrevem as causas dos fenómenos químico-físicos. Em contraste, a declaração de que os organismos descenderam com modificações de ancestrais comuns -a realidade histórica da evolução- não é uma teoria. É um fato, tão plenamente verdadeiro quanto é o fato da Terra girar em torno do Sol. Assim como o sistema heliocêntrico, a evolução começou como uma hipótese, e atingiu o status de “fato” quando a evidência em seu favor se tornou tão forte que nenhuma pessoa instruída e imparcial poderia negar sua realidade. Hoje, nenhum biólogo pensaria submeter um artigo intitulado “Nova evidência a favor da evolução”, pois isso simplesmente não tem sido uma questão há um século.”

Até a National Academy of Sciences [Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos] declara que a evolução é um fato. Eles explicam que em ciência a palavra “fato” pode ser usada “para significar algo que tem sido testado ou observado tantas vezes que não existe mais razão convincente para continuar testando ou procurar por exemplos. A ocorrência da evolução neste sentido é um fato. Os cientistas não questionam mais se a descendência com modificação ocorreu porque a evidência apoiando a ideia é muito forte.”

No seu livro What Evolution Is, o evolucionista Ernst Mayr escreveu:

“Contudo, por todo o século 19, sempre que as pessoas falavam sobre a evolução, elas se referiam a ela como uma teoria. Na verdade, no começo, o pensamento de que a vida na Terra poderia ter evoluído era meramente uma especulação. Mas, começando com Darwin em 1859, mais e mais fatos foram descobertos que eram compatíveis somente com o conceito de evolução. Eventualmente, foi amplamente considerado que a ocorrência da evolução era apoiada por uma quantidade impressionante de evidência que ela não podia mais ser chamada de teoria. Na verdade, uma vez que ela era tão bem apoiada pelos fatos assim como era a heliocentricidade, a evolução também tinha que ser considerada como um fato, como a heliocentricidade. …

A evolução é um processo histórico que não pode ser provado pelos mesmos argumentos e métodos pelos quais os fenómenos puramente físicos ou funcionais podem ser documentados. A evolução como um todo, e a explicação de eventos particularmente evolucionários, devem ser inferidos de observações. Tais inferências, subsequentemente, devem ser sempre testadas contra novas observações, e a inferência original ou é falsificada ou considerada fortalecida quando confirmada por todos esses testes. Todavia, a maioria das inferências feitas pelos evolucionistas têm sido, por ora, testadas com êxito tão frequentemente que elas são aceitas como certezas.”

Mayr também conclui:

“É muito questionável se o termo “teoria evolucionária” deva ainda ser usada. Que a evolução ocorreu e ocorre a todo o tempo é um fato tão esmagadoramente estabelecido que se tornou irracional chamá-la de teoria. …

A evolução não é meramente uma ideia, uma teoria, ou um conceito, mas é o nome de um processo na natureza, a ocorrência do qual pode ser documentado por montanhas de evidência que ninguém tem sido capaz de refutar. Algumas destas evidência foi resumida nos capítulos 1-3. Na verdade, é realmente enganoso se referir à evolução como uma teoria, considerando-se as grandes quantidades de evidências que foram descobertas ao longo dos últimos 140 anos documentando sua existência. A evolução não é mais uma teoria, ela simplesmente é um fato.”

E no seu livro Why Evolution is True, o evolucionista Jerry Coyne escreveu:

“Bem, quando nós dizemos que a “evolução é verdadeira”, o que nós queremos dizer é que os principais fundamentos do darwinismo foram verificados. Os organismos evoluíram, gradualmente, as linhagens se dividiram em espécies diferentes de ancestrais comuns, e a selecção natural é a principal máquina de adaptação. Nenhum biólogo sério dúvida dessas proposições.”

Estas são citações representativas da posição consensual dos evolucionistas. Seria difícil de se encontrar exemplos mais óbvios de deturpação de ciência.