quarta-feira, 15 de julho de 2009

NÃO ACREDITO QUE OS CIENTISTAS MINTAM!

Na Revista Science & Vie (Julho de 2009), surge um artigo sobre a descoberta do fóssil da jovem primata, baptizada com o nome de Ida. Pierre Grumberg autor do mesmo conclui desta maneira: “O que é seguro, e todos estão de acordo sobre isto, é que a Ida promete anos de trabalho, assim como um formidável raio de luz sobre um período tão mal conhecido da nossa evolução” e cita Jerry Hooker: ´Nós só tínhamos alguns restos esparsos, por vezes alguns dentes. E eis que nos é oferecido o plano completo de um primata primitivo: um ´standard´que nos permitirá confrontar os vestígios dispersos. Para isso, Ida é um fóssil excepcional”
Pierre Grumberg, Science & Vie, p. 33.
http://dx.plos.org/10.1371/journal

Não pude deixar de me questionar : Se tinham unicamente alguns restos esparsos, como por exemplo dentes, como podem os cientistas formar uma teoria que se transforma em conhecimento científico?
Pode concluir-se que o título de “cientista” autoriza a mentir!

O "DESIGN" INTELIGENTE

A pergunta que está na base do chamado movimento do "design" inteligente é esta: há evidências científicas de que universo não é um sistema fechado, de que houve um input de inteligência na sua criação? O que buscam fazer com isso é separar a questão científica da questão teológica. O facto de o universo ser inteligível é evidência de quê? De uma inteligência superior que o criou, ou de um processo aleatório e despropositado?"
A evolução.
Não vejo problema com o que o Darwin observou. Ele foi um génio! A selecção natural faz algumas coisas, como mudar bicos de pássaro e coisas assim. O erro está em acreditar que a evolução faz tudo. A evolução pressupõe a existência de um organismo replicador mutante. Ela não pode explicar a origem da vida. Não estou a dizer que processos naturais não estão envolvidos, estou a dizer que a Criação exige um acto da inteligência desde o início.
Como foi criada a vida?
Os físicos concordam que houve um início, estão em acordo com a Bíblia nesse aspecto. No primeiro capítulo da Bíblia está escrito: ‘E Deus disse: faça-se a luz’. Então eu imagino que Deus falou e criou o universo. Depois, voltou a falar, e houve outras singularidades. Talvez uma delas tenha sido a criação da vida.
A ancestralidade comum de todos os seres, segundo Darwin: "O que eu acredito é que houve pontos especiais na história em que Deus introduziu coisas novas, que não podem ser explicadas apenas por processos naturais que já estavam em curso. Os momentos mais importantes foram a criação do universo, de vida biológica e da vida humana. Não acredito que os seres humanos evoluíram de alguma forma animal, puramente por processos naturais."
A singularidade da criação humana.
O que eu sei é que os seres humanos são únicos em toda a criação. A Bíblia diz que eles foram feitos à imagem de Deus.
Em resumo, a minha atitude é muito simples: sem Deus, não se pode chegar do nada a coisa alguma. Sem Deus, não se pode chegar do material ao vivo. Sem Deus, não se pode chegar do animal ao humano!
Creio que qualquer matemático exija “provas” para um determinado resultado. É claro que eu não posso provar matematicamente que Deus existe. Mas eu posso dar evidências e apresentar uma clara argumentação com base na ciência e noutras disciplinas. Eu sou um cristão, e a fé cristã é o oposto da cegueira. Ela é baseada em evidências como a ressurreição de Cristo, sobre a qual há evidências históricas, directas e indirectas.

terça-feira, 14 de julho de 2009

ÁGUA NA BOCA. SERÁ ACASO?

Não é apenas quando vemos uma suculenta torta de morango que as nossas glândulas começam a salivar e a encher a boca de água. Na verdade, a boca está sempre molhada e isso é muito bom. De vez em quando, até podemos ficar com a boca seca, especialmente quando estamos nervosos, tristes ou stressados. Mas se a boca está seca a maior parte do tempo, isso não apenas é desconfortável, como pode causar sérios problemas de saúde ou ser indicativo de que já existe uma doença grave. A saliva faz mais do que simplesmente manter a boca húmida. Ela ajuda a digerir o alimento, protege os dentes das cáries, previne infecções (pois controla as bactérias da boca) e torna possível a mastigação e a acção de engolir. Esse líquido importante (a saliva) é produzido pelas glândulas salivares, que devem funcionar adequadamente para que tenhamos todos os benefícios descritos acima. Será isto por acaso!

sábado, 11 de julho de 2009

A TERRA E OS OUTROS PLANETAS EM TORNO DO SOL

Órbita: É a trajectória que um astro descreve em torno de outro. Para a Terra e os planetas, considera-se a órbita em torno do Sol.
Elíptica: Termo relativo à elipse. A Terra e os demais planetas do sistema solar não descrevem uma órbita circular em torno do Sol. Sua órbita é elíptica.
Na figura abaixo, A e A’ representam os 2 pontos da elipse de maior distância entre si; B é o ponto da elipse mais próximo de seu centro (O); F1 e F2 identificam 2 pontos fixos, denominados “focos”; e P indica um ponto qualquer.


Em uma elipse, a soma das distâncias de um ponto qualquer aos focos (r1 + r2) será sempre igual a 2a, sendo “a” o semi-eixo maior da elipse: r1 + r2 = 2a.
Define-se “distância focal” (f) como sendo a distância entre o centro da elipse (O) e um de seus focos.
Excentricidade: É o resultado da divisão do valor da distância focal (f) pelo valor do semi-eixo maior (a): e = f / a. Assim sendo, sempre que o valor de “f” for menor que o de “a”, a excentricidade será pequena, indicando que a distância entre o foco e o centro da elipse não é grande. Por outro lado, se o valor de “f” for maior que o de “a”, a excentricidade será grande, indicando que o foco se encontra bem afastado do centro da elipse.
Em outras palavras, a excentricidade pode ser definida como sendo um desvio ou afastamento do centro. Se a órbita terrestre fosse circular, a distância da Terra ao Sol seria sempre a mesma, em qualquer época do ano. Visto, no entanto, que tal órbita é elíptica, ora a Terra se encontra mais próxima do Sol (o qual ocupa um dos focos), ora se encontra mais afastada dele.
Eixo: É a recta que passa pelo centro de um corpo e em volta da qual esse corpo realiza um movimento de rotação.
Perpendicular: É o que se diz de qualquer configuração geométrica cuja intercessão com outra (figura geométrica) forma um ângulo recto (ou seja, de 90º).
Plano: É a superfície que contém inteiramente qualquer recta que une 2 de seus pontos.
Hemisférios: São as 2 metades de um corpo esférico ou esferoidal limitadas por um plano sensivelmente diametral.
Nascer Helíaco: Em virtude da trajectória da Terra ao redor do Sol, para cada faixa do céu há uma época do ano em que as estrelas não podem ser vistas (principalmente aquelas que se encontram ao longo da elíptica). Isso ocorre porque essas estrelas são ofuscadas pela luz solar. Assim, à medida que a Terra vai caminhando, algumas estrelas vão se tornando visíveis e outras vão desaparecendo.
Emprega-se o termo “nascer helíaco” para definir a primeira aparição anual de uma estrela sobre o horizonte oriental, quando surgem os primeiros raios do Sol. Isso ocorre ao fim da noite, pouco antes do alvorecer. A primeira aparição é muito breve, pois ao elevar-se o Sol, o céu ilumina-se, fazendo desaparecer a visibilidade da estrela. Entretanto, nos dias subsequentes, a estrela permanece visível por mais tempo, sendo, então, mais fácil observá-la.
Bibliografia:
BOZCO, Roberto, Conceitos de Astronomia, São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 1.984.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Novo Aurélio Século XXI: O Dicionário da Língua Portuguesa, terceira edição, totalmente revisada e ampliada, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1.999.
Verbete “Calendário”, Enciclopédia Mirador Internacional, vol. 5, São Paulo - Rio de Janeiro, Brasil: Encyclopaedia Britannica do Brasil Lda., 1.982.

QUAL A RAZÃO PARA NÃO OCORRER UM ECLIPSE SOLAR SEMPRE QUE A LUA SE ENCONTRA EM CONJUNÇÃO COM O SOL?

Ao longo de sua trajectória, vez ou outra a Lua atravessa o segmento de recta que une a Terra ao Sol. Quando isso ocorre, a visão do Sol pode ficar total ou parcialmente obstruída pela Lua. Esse fenómeno é denominado de “eclipse solar” e sua ocorrência só é possível em épocas de lua nova.
Pode acontecer também de a Lua cruzar a reta que passa pelo Sol e pela Terra, estando em sua fase de cheia. Ao passar pelo cone de sombra da Terra criado pelo Sol, ela deixará de receber luz por alguns instantes, perdendo sua visibilidade. A isso se dá o nome de “eclipse lunar”.
Quando um corpo extenso é iluminado por outro, definem-se 2 regiões espaciais: o “cone de sombra”, que constitui o sub-espaço que não recebe luz nenhuma da fonte luminosa, e o “cone de penumbra”, que é aquele que não recebe luz de todos os pontos da fonte luminosa, mas só de alguns. As partes do corpo iluminado que pertencerem a um ou outro sub-espaço serão chamadas de “regiões de sombra” ou “de penumbra”.
Em seu movimento mensal, a Lua pode interceptar os cones de sombra e/ou de penumbra. Vezes há em que a Lua está sobre a elíptica e seu movimento pela sombra e pela penumbra pode ser representado, na figura abaixo, pelas letras A, B, C, D e E. B representa um eclipse lunar penumbra total; C, um eclipse lunar parcial; D é um eclipse lunar total; e E indica um eclipse lunar penumbra parcial. O eclipse que ocorre na sombra é chamado de “eclipse umbral”, mas o termo “umbral” é geralmente subentendido. Deve-se ressaltar também que a olho nu é muito difícil a percepção do eclipse penumbra.
Nas vezes em que a Lua não se encontra sobre a elíptica, sua trajectória pela penumbra e pela sombra difere da anteriormente descrita. Na sequência F, G, H e I, não há nenhum eclipse lunar total, mas apenas um parcial. Em J, L e M, não ocorre sequer um eclipse lunar parcial, mas tão somente um penumbra total. E, por fim, na sequência N, O e P, verifica-se apenas um eclipse penumbra parcial. Caso a trajectória da Lua passe por Q, não acontecerá eclipse nenhum.
Essas diferentes trajectórias da Lua permitem concluir que sua órbita se realiza sobre um plano inclinado cerca de 5º 09’ em relação à elíptica. A linha de intersecção do plano da órbita lunar com a elíptica é denominada de “linha dos nodos”. O ponto dessa intersecção que representa a passagem da Lua do hemisfério elíptico sul para o norte é chamado de “nodo ascendente”; quando ocorre o inverso, isto é, a Lua passa do hemisfério elíptico norte para o sul, o nodo recebe o nome de “descendente”. Para que possa ocorrer um eclipse, é indispensável que a Lua esteja próxima a um dos seus nodos.
Nos casos de eclipse solar, é a Lua que se interpõe entre a Sol e a Terra, fazendo projectar os seus cones de sombra e penumbra. Qualquer pessoa que estiver na região de sombra deixará de ver o Sol. A esse fenómeno dá-se o nome de “eclipse solar total”. Para alguém que estiver na região de penumbra, somente uma porção do Sol deixará de ser visível, o que se denomina de “eclipse solar parcial”. Uma pessoa que estiver fora das áreas de sombra e penumbra não verá nenhum tipo de eclipse.
Com base nessas informações, torna-se fácil concluir por que não ocorre um eclipse solar sempre que a Lua está em conjunção com o Sol. A razão disso é que tal fenómeno só acontece quando a Lua entra em sua fase de nova estando sobre a elíptica.
Bibliografia:
BOZCO, Roberto, Conceitos de Astronomia, São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 1.984.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

MÊS SIDERAL E MÊS SINÓDICO

Em relação ao Sol, o ciclo lunar dá origem ao mês sinódico, que pode ser definido como o período compreendido entre 2 conjunções do Sol e da Lua. A duração média é de 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 2,9 segundos. Como a órbita da Lua é excêntrica, o comprimento do mês sinódico não é constante e varia em cerca de 13 horas.
Qual a razão da diferença de duração entre o mês sideral (período que a Lua demora para dar uma volta completa em torno da Terra) e o mês sinódico?
Resposta: Como pode ser demonstrado na ilustração, ao mesmo tempo que a Lua gira em torno da Terra (1), esta caminha descrevendo a sua órbita em torno do Sol. Dessa forma, embora já tenha realizado uma volta completa ao redor da Terra (2), a Lua terá que avançar um pouco mais para ocupar a mesma posição relativa à Terra e ao Sol (3), perfazendo um total de 29,530589 dias, que é o valor do mês sinódico (The Astronomical Almanac for the year 1995).

AS CONSTELAÇÕES E O ZODÍACO

O zodíaco pode ser definido como o conjunto de constelações pelas quais o Sol aparentemente caminha durante o ano. São 12 no total, permanecendo o Sol em cada uma delas por um período aproximado de 30 dias. São elas as constelações de Áries, Touro, Gémeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
Embora esses termos também sejam usados frequentemente pela Astrologia para fins de auto-conhecimento e previsão do futuro, quando empregados pelos astrónomos, são despojados de seu conteúdo esotérico e servem apenas como forma de identificar as constelações, já milenarmente conhecidas por esses nomes. A Bíblia é bem enfática ao condenar os que “dissecam os céus e fitam os astros” para predizer “em cada lua nova” “o que há de vir sobre ti” (Isaías 47:13). Segundo as Escrituras, o único que conhece o futuro é Deus (Isaías 41:22, 23 e 26; 42:9; 44:7 e 8; 46:9-11; e 48:3 e 5-7). Deste modo, é completamente inútil e tolo consultar os ditos astrólogos. Além disso, diz a Bíblia que os praticantes dessa falsa ciência são abominação aos olhos do Senhor (Deuteronómio 18:9-14). Por outro lado, afirmam as Escrituras que Deus “faz sair o Seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais Ele chama pelo nome; por ser Ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar” (Isaías 40:26). Ver também Salmos 147:4. Em Jó 38:31-33, Deus responde aos questionamentos de Seu servo com as seguintes palavras: “Ou poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo ou soltar os laços do Órion? Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seus filhos? Sabes tu as ordenanças dos céus, podes estabelecer a sua influência sobre a Terra?”
Compreende-se, a partir desses versos, que, embora se possa fazer um uso indevido do conhecimento sobre os movimentos dos corpos celestes, isso, de maneira alguma, anula a importância da verdadeira e sadia aplicação desse mesmo conhecimento. Pelo contrário, ao contemplar o salmista “os Teus céus, obra dos Teus dedos, e a Lua e as estrelas que estabeleceste”, de seus lábios fluíam o mais perfeito louvor: “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a Terra é o Teu nome!” Salmos 8:3 e 9.

TEMPO PROFÉTICO: PROFECIAS: QUEM SÃO OS 144.000?

TEMPO PROFÉTICO: PROFECIAS: QUEM SÃO OS 144.000?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

REFERÊNCIAS ASTRONÓMICAS

Existem certas coordenadas, criadas para facilitar a localização dos corpos celestes, que serão de grande utilidade em futuros estudos desta série. Por isso, não seria adequado encerrar o presente estudo sem que tais coordenadas fossem apresentadas e conceituadas. Antes, porém, algumas ideias fundamentais precisam ser esclarecidas, a fim de que o leitor possa tirar melhor proveito do assunto.
Observação: o conteúdo dos itens a seguir foi extraído e adaptado do livro Conceitos de Astronomia, do Prof. Roberto Bozco.
1) Visualizando as Referências Fundamentais.
Uma pessoa que estiver num deserto bem plano ou numa ilha circundada de um mar que possa ser considerado calmo verá que o céu e a terra parecem se encontrar, muito ao longe. À linha que aparenta ser essa intersecção, dá-se o nome de “linha do horizonte”; e ao plano que contém essa linha, de “plano do horizonte”.
Como é mais provável que a grande maioria das pessoas não esteja assim num lugar tão favorável (plano), impedindo a visualização dessa linha, deve-se definir o plano do horizonte de outra forma.
Suspendendo-se um fio-de-prumo, a direcção indicada por ele será chamada de “vertical”. Ao plano perpendicular à vertical do local, dá-se o nome de “plano do horizonte”. Essa vertical, que passa pelo observador, parece furar o céu num ponto muito acima de sua cabeça denominado de “zénite”. O ponto oposto ao zénite, com relação ao observador, é o “nadir”.
2) Conceito de Esfera Celeste.
Como todos os astros que podem ser contemplados estão muito distantes de qualquer observador da Terra, perde-se a noção de “profundidade” e têm-se a impressão de que eles estão dispostos sobre uma grande esfera, que circunda a Terra, chamada de “esfera celeste”. Os pólos da Terra passam a ser considerados, então, como os pontos da esfera celeste que não giram, pelos quais passa o “eixo de rotação”. O plano perpendicular ao eixo de rotação e que passa pelo centro da Terra é denominado de “plano do Equador”. A grande circunferência que se forma na interseção desse plano com a esfera celeste é chamada de “Equador celeste”.
3) Plano Meridiano, Meridiano Local e Plano Vertical.
Outro conceito relevante é o do “plano meridiano”. Pode ser definido como o plano que contém a linha norte-sul e que passa pelo observador e pelo zénite. A intercessão desse plano com a esfera celeste define uma circunferência chamada de “meridiano local”. Qualquer semi-plano definido pela vertical do local se chama “plano vertical” ou “o vertical” do local e corresponde à metade de um plano meridiano.

4) Paralelos Celestes e Círculos Horários.
Todos os planos paralelos ao Equador celeste, ao interceptarem a esfera celeste, definem circunferências chamadas de “paralelos”. As semicircunferências cujo centro é o mesmo da esfera celeste e que passam por seus pólos determinam os “meridianos”. Visto que o Equador celeste e o Equador terrestre se encontram no mesmo plano e que o centro da esfera celeste é o mesmo da Terra, pode-se dizer que os paralelos e os meridianos celestes coincidem com os geográficos. O meridiano celeste é denominado de “círculo horário”.
5) Conceito de Elíptica.
Ao caminho percorrido pelo Sol entre as constelações zodiacais, dá-se o nome de “Elíptica”. O plano da Elíptica possui uma inclinação de cerca de 23º 27’ em relação ao plano do Equador. Por causa disso, durante sua trajectória anual, o Sol, na Elíptica, cruza o Equador apenas 2 vezes. Uma, próxima a 21 de Março, estando na constelação de Peixes, quando o Sol se desloca para o hemisfério norte; a esse ponto se dão os nomes de “ponto gama”, “ponto vernal” ou “ponto equinocial da primavera boreal”. O outro ponto, oposto ao “gama”, que representa a passagem do Sol para o hemisfério sul, denomina-se “ponto libra” e ocorre próximo a 23 de Setembro. Nessa época, o Sol se encontra na constelação de Virgem.
6) Coordenadas Astronómicas.
Com base nessas informações, podem ser definidas as 4 coordenadas principais para a localização de qualquer astro:
A) Azimute: é o ângulo medido no plano do horizonte, desde a direcção norte, no sentido para leste, até o vertical do astro. Varia entre 0 e 360º.
B) Altura: é o ângulo contado no plano vertical do astro, medido a partir do horizonte. Por convenção, é admitido positivo acima do horizonte e negativo abaixo dele. Dessa forma, varia entre –90º e +90º.
C) Ascensão Reta: é o ângulo, medido sobre o Equador, entre o meridiano que passa pelo ponto gama e o círculo horário que passa pela estrela. A contagem é efectuada no sentido anti-horário quando vista desde o pólo norte. Varia entre 0 e 360º, embora seja mais comum a utilização da medida em horas (entre 0 e 24 h).
D) Declinação: é o ângulo, medido sobre um círculo horário, entre o Equador e o paralelo que passa pela estrela. A declinação é positiva para estrelas do hemisfério norte e negativa para as do sul. Varia entre –90º e +90º.

OLHA PARA OS CÉUS

Séculos atrás, quando Deus confirmou a Abraão a promessa da vinda de um Redentor, ordenou-lhe que olhasse para os céus e tentasse contar as estrelas: “Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes”, foram as palavras do Senhor. “E lhe disse: Será assim a tua posteridade.” Génesis 15:5. Que naquelas poucas palavras estava implícita a perspectiva messiânica se depreende da promessa original feita a Abraão, por ocasião de sua saída de Ur dos caldeus: “De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Génesis 12:2 e 3. Ver também Génesis 22:15-18 e 26:2-5. Referindo-se a esse texto, comentou o apóstolo Paulo: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.” “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.” Gálatas 3:8 e 16. Dessa forma, através do mais ilustre de seus descendentes (isto é, Jesus), Abraão haveria de ser um instrumento de bênção para toda a humanidade. Quão curioso é constatar que, aos leitores desta série de estudos, cujo primordial interesse é conhecer as profundidades do plano de salvação, seja feito o mesmo convite que outrora fora dirigido pelo Senhor ao pai da fé: “Olha para os céus”. Sim, a mesma ordem é estendida hoje aos que buscam entender melhor as maravilhas desse plano de amor. Por que não aceitar esse convite? A Astronomia muito pode contribuir numa compreensão mais nítida das boas novas do Salvador; por isso é que seu estudo se reveste de tanta importância para os que desejam fundamentar melhor a sua experiência de fé.
Os próximos estudos desta série tratarão dos principais sistemas de calendário adoptados no transcurso da História, especialmente aqueles que estiverem mais intimamente relacionados com as 70 semanas da profecia de Daniel. Para esses estudos, os conceitos e princípios de Astronomia expostos aqui serão fundamentais. Que Deus possa abençoar os leitores deste e dos vindouros estudos, concedendo-lhes o discernimento necessário para compreenderem “o que Deus tem reservado para aqueles que O amam” (1 Coríntios 2:9).
Bibliografia:
The Astronomical Almanac for the year 1.995. Washington, D.C.: Nautical Almanac Office United States Naval Observatory. London: Her Majesty’s Nautical Almanac Office Royal Greenwich Observatory.
Verbete “Lua”, Enciclopédia Barsa, vol. 8, Encyclopaedia Britannica Editores Ltda., 1.979. p. 386
BOZCO, Roberto, Conceitos de Astronomia, São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 1.984.
RITTER, Orlando R., Estudos em Ciência e Religião, segunda parte, Instituto Adventista de Ensino, 1.978.