quarta-feira, 20 de novembro de 2013

“Cientistas provam a existência de Deus”


Quando Gödel morreu, em 1978, ele deixou uma teoria tentadora baseada nos princípios da lógica modal – que um ser superior deve existir. Os detalhes da matemática envolvidos na prova ontológica de Gödel são complicados, mas, na essência, o matemático argumentou que, por definição, Deus é aquele para o qual não poderia ser concebido um ser maior. E, enquanto Deus existe conceitualmente falando, Ele poderia ser concebido como “o maior”, se Ele existisse na realidade. Portanto, para Gödel, Deus deveria existir.
Apesar dessa argumentação não ser exatamente nova na época que foi formulada pelo matemático, ele inovou ao escrever teoremas – pressupostos que não podem ser comprovados – como equações matemáticas sobre o assunto. E, a partir daí, isso poderia ser comprovado.
Aí entram Christoph Benzmüller e Bruno Woltzenlogel Paleo. Com o uso de um MacBook comum, eles mostraram que a prova de Gödel está correta – pelo menos a  nível matemático – por meio da lógica modal superior. A apresentação inicial, na publicação científica arXiv.org, recebeu o título de “Formalização, mecanização e automação de prova da existência de Deus de Gödel”.
E, a partir do fato de que um teorema complicado foi comprovado com o uso de um equipamento tecnológico de acesso ao público, isso abre “todos os tipos de possibilidades”, declarou Benzmüller ao jornal Spiegel. “É totalmente incrível que, a partir desse argumento liderado por Gödel, tudo isso pode ser provado automaticamente em poucos segundos, ou até menos em um notebook padrão”, disse ele.

Fonte: (History)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O Ateísmo é o NADA que nos Envolve

As posições ateístas não se sustentam. Digo isso não por ser Adventista, mas por acreditar que não há argumentos sólidos no discurso libertário-religioso dos ateus praticantes, carregados de opiniões contraditórias que só encontram apoio na literatura militante de Richard Dawkins, Christopher Hitchens, ou na tróica: Feuerbach, Marx, Freud, que não passa de uma profissão de fé, impossível e improvável.
 Cito o livro de Hitchens “Deus não é Grande” em que o escritor fala do Deus criado pela imaginação humana que motiva fatalistas e extremistas religiosos a cometerem atrocidades em Seu nome, como o atentado de 11 de setembro, na cidade de Nova Iorque.
 Mas esse argumento não basta porque é impossível condenar toda a religião de origem judaica, cristã e islâmica organizada levando em conta as suas expressões mais extremas e totalitárias.
 Mais: só um ingénuo acredita que o problema envolvendo o Estado de Israel e a Palestina é, apenas, um conflito religioso entre extremistas. A história apresenta outros fatos em que a ideologia e a política que movimenta o Oriente, desde o fim do Império Otomano, tiveram uma motivação maior.
 Hitchens e Dawkins também não aceitam o argumento de que os regimes que aboliram a religião viveram da angústia e acabaram por descer a níveis impensáveis de desumanidade, mesmo diante dos fatos de que a história apresenta um processo de sensibilização em relação ao que é real.
 Essa crença central da modernidade de que a razão humana é capaz de desvendar tudo, incluindo aquilo que não é desvendável, é uma fantasia, delírio e ideologia que talvez possa convencer pessoas demasiadas cheias de si próprias, ou aqueles que não aceitam a objeção por pura e patética soberba.
 Só um ingénuo acredita ser possível nós compreendermos tudo. Temos que aceitar uma dose de mistério e resignarmos da nossa profunda e miserável ignorância diante da imensidão do universo, porque existem dimensões em nossas vidas que não tem resolução racional e não vale a pena, mesmo que diante de argumentos definitivos, questionar essas convicções.
 Não é preciso ser cristão para perceber que o ateu sempre está preocupado em demasia com a existência Divina. Explico: Não há nada mais irónico e contraditório do que não acreditar em Deus e passar a vida a abominá-lo. Enfim, eu não creio em gnomos e não me preocupo com eles, certo?
 Por mais irônico que pareça, o fanático religioso vê o diabo em toda parte e o fanático ateu enxerga Deus em tudo, e ambos comportam-se como o mesmo homem, só que de lados opostos do discurso e da linha de frente do fanatismo.
 Quando os Homens não acreditam em Deus, eles não passam a acreditar em nada; eles acreditam, antes, em qualquer coisa, como dizia o escritor inglês G.K. Chesterton.
 Antes de ateus praticantes festejarem provável inexistência Divina, convém saber aonde isso vai nos levar.

Alexsandro Nogueira