terça-feira, 28 de setembro de 2010

ÓRION E OS EVENTOS FINAIS

A nebulosa de Órion ocupa um lugar especial no coração Adventista. Desde 1848, quando Ellen White mencionou Órion em sua visão no livro Primeiros Escritos, os Adventistas têm ansiosamente focado seus olhos, binóculos e telescópios para esse lugar no céu em busca de sinais e evidências da Segunda Vinda. A passagem em questão diz:
Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus. A santa cidade descerá por aquele espaço aberto. (PE, 41).
Nebulosa de Órion (M42). O sistema solar caberia dentro desse espaço
 no mínimo 20 milhões de vezes. Para ver um filme interessante sobre
 Órion produzido pela NASA clique na imagem acima.
Fundo Histórico
Entre 1846 e 1848, Ellen White teve três visões que mostraram eventos no céu. A primeira ocorreu em novembro de 1846 em Topsham, Maine, na qual ela descreveu uma viagem pelo Cosmos onde viu planetas com suas luas. Presente ali estava o capitão e astrônomo amador, José Bates, que em maio de 1846 havia publicado um panfleto intitulado “Os Céus Abertos” no qual ele analisou a relação entre astronomia e a Bíblia. O panfleto foi fruto de várias noites observando Órion na casa de um amigo que havia recentemente comprado um telescópio. Bates equipara o “céu aberto” de João 1:51 à nebulosa de Órion e como o ponto ao leste onde “o mundo logo verá o que o crente no Segundo Advento tem ansiosamente aguardado.”[1] Ele finaliza o panfleto dizendo que a “Nova Jerusalém… o Paraíso de Deus … está agora prestes a descer do “terceiro céu”, através da porta aberta … de Órion.”[2]
Durante a visão, Ellen White descreveu algo que se assemelhou aos “céus abertos” de José Bates que chamaram sua atenção. Bates até então havia duvidado do dom profético de Ellen White. Segundo ele, a descrição de Ellen White dos “céus abertos” era a mais incrível que ele já tinha ouvido, especialmente porque ela lhe havia dito que nunca sequer havia consultado um livro de astronomia e não conhecia nada do assunto. Bates concluiu: “Isso é obra de Deus!” [3] Como resultado, Bates passou a crer no dom profético de Ellen White.
Imagem de Órion que se assemelha aos “céus abertos” de José Bates.
Ellen White não citou Órion especificamente na visão de novembro de 1846 mas Bates concluiu que ela falara dos “céus abertos”, uma expressão que ele havia usado várias vezes no seu panfleto de maio do mesmo ano. Bates se baseou em menções de uma “abertura” em Órion descoberta por outros astrônomos tais como Rosse, Huygens and Furgerson. Huygens descreveu Órion como abrindo-se para outra “região mais iluminada.” [4] Tudo indica que Bates concluiu que, em visão, Ellen White vira a nebulosa de Órion. Ele também identificou outras estruturas celestes baseando-se na descrição, tais como Júpiter e Saturno. A visão tinha um propósito específico, a saber, impressionar Bates a tomar uma decisão. Deus tinha um plano para ele pois foi um dos grandes pioneiros que introduziu a verdade do Sábado para Ellen e Tiago White. [5]
A segunda visão ocorreu em dia 3 de april de 1847 e tratou da Segunda Vinda (Veja Primeiros Escritos, p. 32-35). A descrição da visão é bastante similar à que estamos estudando porém, sem mencionar Órion: “Nuvens negras e pesadas se acumularam e se chocavam umas contra as outras. Mas havia um espaço claro de glória indescritível, de onde veio a voz de Deus como de muitas águas, a qual fez estremecer os céus e a Terra.”(p. 34).
A terceira visão, cuja descrição contém a menção de Órion, ocorreu nodia 16 de dezembro de 1848. A passagem trata de dois eventos, o primeiro é a Segunda Vinda de Cristo, e o segundo é a descida na Nova Jerusalém após o Milênio. Vamos agora analisar algumas das implicações da menção de Órion por Ellen White ao interpretar essa visão.
Distâncias Astronómicas
Não é difícil imaginar como os astrônomos do passado se maravilharam com Órion. Suas cores e brilho continuam a atrair astrônomos. Junte isso com conhecimento de teologia, e não é difícil entender porque Bates concluiu mais do que depressa que Órion era a porta do céu. Durante a segunda parte do século 19, avanços em astronomia começaram a elucidar o que realmente acontece em Órion. Desde 1990, quando Hubble entrou em órbita suas imagens de alta definição revelaram mais nitidamente o que outros já haviam suspeitado: não existe nenhum “espaço aberto” na constelação de Órion. Ela é formada de estrelas, gases e poeira cósmica que aos olhos de astrônomos do passado com seus telescópios limitados, parecia a entrada para um lugar ainda mais luminoso.
Órion, embora seja uma das constelações mais próximas da Terra, está a 1.500 anos-luz [6] de distância, o que equivale a aproximadamente 14 quatrilhões de kilômetros. A luz de Órion que vemos hoje foi gerada 1.500 anos atrás! Em outras palavras, para que víssemos algo se abrindo em Órion hoje, esse evento teria que ter ocorrido há 1.500 anos. Nosso sistema solar inteiro poderia caber dentro da extensão da nebulosa de Órion no mínimo 20.000.000 de vezes! A estrela Betelgeuse em Órion, por exemplo, é aproximadamente 1.000 vezes maior do que o nosso Sol.
Considerando-se esses fatos, seria possível observar alguma coisa passando através de Órion? Vejamos: a Cidade Santa segundo Apocalipse 21:16 tem o comprimento de 12.000 estádios. Vamos considerar esse número como literal para efeito de ilustração, o que equivale a 2.200 kilômetros. Assim, considerando-se que Órion que tem 100 trilhões de kilômetros de área, se Jesus com seus anjos ocupassem uma área como a Nova Jerusalém, seria impossível vê-los passando através de Órion, mesmo com os mais potentes telescópios hoje. Seria mais fácil alguém num Boeing 747 a 10 km de altura achar uma agulha no meio na Amazónia a olho nu.
Além disso, para que Jesus e seus anjos pudessem fisicamente atravessar Órion e chegar a tempo até a Terra, eles teriam que viajar à velocidade de no mínimo 14 quatrilhões de km/hr, ou seja, 14 milhões de vezes acima da velocidade da luz! Não estamos questionando se os anjos podem ou não alcançar tal velocidade, nem tampouco querendo substituir a fé pela ciência. A pergunta é, por quê eles se limitariam a sequer percorrer tal distância? Com certeza a viagem de Jesus e dos anjos pelo universo não deve girar em torno de distância ou velocidade; deve haver outros meios de viagem pelo Cosmos que não nos foram revelados. [7] O fato é que a escala dos corpos celestes como nos revela a astronomia atual descarta a inclusão de uma estrutura cósmica extremamente remota no abalo dos poderes do céu durante a vinda de Cristo, que segundo a Bíblia, devem impactar somente a esfera terrestre (Sol, lua, estrelas cadentes e a Terra).
Revendo a Visão
Sabemos através do relato de John Loughborough [8] e Ella Robinson [9] (neta de Ellen White) que foi José Bates quem descreveu o que Ellen White viu em 1846. Durante a visão, Ellen White viu um planeta com 4 luas, e José Bates disse, “Ela está vendo Júpiter!” Deus mostrou a ela que Júpiter tinha quatro luas (conhecimento corrente da época) enquanto hoje sabemos que Júpiter tem 63 luas! Quando ela vê Saturno, ela descreve 7 luas, novamente referindo-se ao conhecimento da época, enquanto hoje sabemos que Saturno tem 60 luas! Bates não acreditaria nela se ela dissesse que Saturno na verdade tinha 60 luas. [10]
Tiago White se baseou em Bates para dizer que ela viu “Júpiter, Saturno e um outro planeta.” [11] Neste período, Bates e o casal White passaram muito tempo juntos como pioneiros adventistas. É muito provável então que Bates tenha compartilhado também com Ellen White os seus estudos de astronomia e sua convicção de que Órion era de fato os “céus abertos” da Bíblia. Isso explicaria porque dois anos depois, em 1848 ela interpreta a visão do “espaço aberto” no céu como sendo Órion.
Um pouco mais do pano de fundo histórico confirma que na época, alguns mileritas ensinavam que o abalo das potestades do céu não se referiam ao nosso céu literal, mas simbolizavam as nações da Europa. O editor da revista milerita Day Star desafia: “Por que fitais os olhos ao céu; podeis discernir de onde Jesus está voltando?” Em parte, Bates escreveu seu panfleto sobre o “espaço aberto” por em Órion onde Jesus virá para refutá-los. [12] Ellen White entra na controvérsia confirmando que o que ela viu acontece na atmosfera terrestre: “Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou.” Descrevendo a mesma cena em 1847, ela substitui “atmosfera” por “Em meio dos céus agitados” o que confirma que os céus são os céus terrestres e não uma suposta atmosfera em Órion.
Portanto, tudo indica que a referência a Órion era a interpretação de Ellen White da visão e não a visão em si. Essa é uma distinção crucial para se entender profecia. Na maioria dos casos, o profeta recebe uma visão e às vezes recebe ajuda para interpretá-la, como no caso de João (Apo. 17) e Daniel (Dan. 8). Na maioria dos casos, porém, a interpretação fica por conta do profeta ou dos leitores/ouvintes. Nesse caso, não temos evidência de que Deus revelou-lhe de maneira específica e literal que o “espaço aberto” era a nebulosa de Órion, já que ela descreve a mesma cena outras vezes sem mencioná-la, como, por exemplo, na visão da mesma cena de 1847. [13]
Como vimos acima, Bates foi o primeiro a concluir que a Cidade Santa desceria através de Órion e há fortes evidências de que isso influenciou Ellen White naquele momento da sua experiência. No entanto, o entendimento da visão aumentou com o tempo, razão pela qual Ellen White citou Órion uma única vez e não o fez posteriormente. Prova disso é que o livro O Grande Conflito (edições de 1888 e 1911), considerado o relato final e autoritativo por Ellen White dos eventos finais descreve a mesma cena mas sem a menção de Órion. Ela escolhe a visão de 1847 para descrever o que acontece no momento da vinda de Cristo:
Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: “Está feito.” Apoc. 16:17. (GC 636).
Ellen White poderia ter incluído Órion na descrição do Grande Conflito mas não o fez, obviamente porque o suposto “espaço aberto” que em 1848 ela entendeu como Órion através de José Bates, agora deu lugar ao “espaço claro de glória indescritível“. Note que esses termos já haviam sido usados pra descrever o que ela vira em 1847. Note também a diferença entre espaço “aberto” e espaço “claro”. É evidente que ela procura criar a distinção entre sua interpretação anterior que tinha relação com o “espaço aberto” de Órion.
Vários autores adventistas têm chegado à mesma conclusão. Kheon Yigu publicou uma monografia na Universidade Sahmyook em que fez um estudo histórico sobre o desenvolvimento da crença em Órion na Igreja Adventista onde também conclui que a menção posterior do “espaço claro” no Grande Conflito deve substituir Órion. [14] Martin Carey cita o fato de que já em 1864, o astrônomo Huggins focalizou seu telescópio para Órion e descobriu que a suposta “abertura” não passava de gases em combustão. [15] Os Drs. M. Sprengel e D. Martz, ambos professores de ciências no Pacific Union College analisam numa série de 3 artigos na Revista Adventista [16] (Review and Herald) a citação de Órion e como o entendimento dos astrônomos foi aumentando através dos avanços da ciência e concluem que a comparação do “espaço aberto” com Órion é fruto da influência de José Bates.

Imagem de Órion que se assemelha aos “céus abertos” de José Bates.
Em um artigo que discute o entendimento gradual por Ellen White das suas visões, os depositários do White Estate concluem:
A jovem Ellen, aparentemente não entendeu completamente todas as implicações das suas primeiras visões. Ela teve que operar dentro da mentalidade do seu tempo, bem como dentro da capacidade mental de uma adolescente. Dessa forma, assimilar tudo o que compunha suas primeiras visões levaria tempo para a jovem Ellen, assim como levou tempo para seus contemporâneos. [17]
Nas palavras da própria Ellen White:
Com freqüência me são dadas representações que a princípio eu não compreendo, mas depois de algum tempo elas se tornam claras pela reiterada apresentação dessas coisas que a princípio eu não entendi, e de certas maneiras que fazem com que o seu significado seja claro e inconfundível. (Carta 329, 1904; ME 3, 56).
Essa progressão do entendimento da revelação faz parte de um princípio articulado por Ellen White ao dizer que Deus revelou-se aos seres humanos levando em conta seu contexto e o momento de sua experiência:
…à medida que Deus, em Sua providência, via apropriada ocasião para impressionar o homem nos vários tempos e diversos lugares … a fim de chegar aos homens onde eles se encontram… na linguagem dos homens. (ME 1, 19, 20).
Isso significa que Deus leva em consideração a capacidade do profeta de assimilar ou não o que ele está revelando enquanto se vale de conceitos e pressuposições locais do profeta como elementos periféricos para “emoldurar”, por assim dizer, verdades mais profundas. A moldura é um detalhe somente, a verdade revelada é axiomática e absoluta. O teólogo adventista Alden Thompson descreve esse princípio revelatório assim: “Os limites de tempo e circunstâncias, cultura e conhecimento humano, estabelecem os marcos dentro dos quais a revelação pode ser eficaz. … O bom ensino sempre envolve ilustrações eficazes, que são concretas, compreensíveis, adaptadas para as necessidades do estudante. Elas apontam para a verdade mas não devem ser confundidas com a verdade.” [18]
Como vemos esse princípio na Bíblia? Por exemplo, Moisés classificou o coelho como animal ruminante (Lev. 11:6), hoje sabemos que ele não é. Isaías disse que a Terra tinha “quatro cantos” (Isa. 11:12). João, além de citar os mesmo quatro cantos (Apo. 7:1), descreve a Nova Jerusalém cercada de um muro e portas, algo que reflete a estrutura da Jerusalém que ele conhecia no primeiro século.
Como vemos esse princípio na menção de Órion por Ellen White ao interpretar a visão? Lembra-se que Júpiter foi mostrado a ela como tendo 4 luas em vez de 63? Era o que eles conheciam de Júpiter. No livro Educação, Ellen White diz que as estrelas refletem a luz solar. (Ed 14). Sendo assim, Ellen White estava convencida de que “espaço aberto” de Órion, que José Bates defendia inclusive pela Bíblia como sendo a porta do céu, era de fato o ponto no céu por onde Cristo passará, de onde vinha voz de Deus e por onde a Cidade Santa vai descer após o Milênio. Essa suposta “abertura” que eles pensavam existir na época era o melhor exemplo de uma entrada para onde Deus e Seus anjos estão. Esse era o entendimento que ela tivera da visão em seu contexto e em suas limitações na época, haja vista que não temos evidência que Deus revelou-lhe que o espaço aberto era Órion especificamente. Órion era relevante para eles naquele período; hoje sabemos que essa suposta “abertura” em Órion não existe e a nebulosa não se abre para nehuma região mais iluminada do Cosmos, como se fosse a porta do céu. Órion é uma nebulosa como qualquer outra, cheia de gases, estrelas e poeira cósmica. Por outro lado, a título de consistência, insistir no “espaço aberto” em Órion implica defender não só que Júpiter só tem 4 luas, mas que a Terra é quadrada pois tem quatro cantos segundo Isaías. Creio que as implicações de tal abordagem são profundamente problemáticas e óbvias.
Ellen White não recebeu inspiração verbal. Ela teve visões e precisou interpretá-las e descrevê-las em sua própria linguagem e como as havia entendido naquele momento. Com o passar dos anos, o Espírito Santo a fez entender essa visão (bem como outras visões) de maneira diferente, o que posteriormente ela descreveu na última versão do Grande Conflito em 1911 sem citar Órion. Sobretudo o “espaço aberto” ou “espaço claro” não é o centro da visão, a descrição do retorno de Jesus é.
Conclusão
Ellen White interpretou o “espaço aberto” no céu como Órion somente em 1848 porque isso era o melhor que ela (através dos estudos de José Bates) conhecia sobre a relação entre astronomia e a Bíblia. Ao descrever a mesma cena na primeira edição do Grande Conflito em 1888, ela descarta Órion e repete termos que usou em 1847 para descrever a vinda de Cristo por um “espaço claro de glória indescritível.” Para todos os efeitos, Órion deixou de ter qualquer relevância para os eventos finais na interpretação de Ellen White dos eventos finais já em 1888.
Muitas especulações têm surgido através dos anos sobre o que estaria acontecendo em Órion, desde sons de trombetas, luzes inexplicáveis, sons de cavalos marchando ou até que as Três Marias estão se afastando para dar lugar à vinda de Cristo. Nada disso tem base em fatos concretos. [19] Infelizmente, essa passagem tem sido um prato cheio para alguns em nosso meio que tendem ao sensacionalismo. Sem dúvida o anseio pela vinda de Jesus é louvável. Porém, lembremo-nos que Jesus virá Segunda Vez porque Ele prometeu. Nossa fé não deve depender de cataclismas, de abalos, de nebulosas, de problemas do meio ambiente ou crises políticas e religiosas mas sim da crença firme na promessa de Jesus: “Virei outra vez”. No dizer de Pedro: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em q¬ue habita a justiça.” (2 Ped. 3:13).
O presente estudo evidencia que é imprescindível entendermos e aplicarmos princípios corretos de interpretação do Espírito de Profecia a fim de evitar interpretações que levem ao sensacionalismo. Espero também que ele tenha ajudado a elucidar a dinâmica da revelação nos escritos de Ellen White no que tange à menção de Órion e os eventos finais.
André Reis
http://www.IgrejaAdventista.com
http://www.AdoracaoAdventista.com

[1] Joseph Bates, The Opening Heavens, p. 8, 27; disponível em http://sdapillars.org/joseph_bates_p.php.
[2] Idem, p. 28.
[3] John Loughborough, The Rise and Progress of Seventh-day Adventists, p. 125-127.
[4] Agnes Clarke, A Popular History of Astronomy During the 19th Century, p. 22.
[5] Veja Francis Nichols, Ellen White and her Cristics, pp. 91-101.
[6] Ano-luz: distância percorrida pela luz durante 1 ano na velocidade de 300.000 kilômetros/segundo = 9,460,800,000,000 de kilômetros.
[7] Astrônomos têm proposto a idéia de túneis (wormholes) ou dobras na estrutura do universo que funcionam como uma espécie de atalhos entre um ponto e outro do universo.
[8] John Loughborough, The Rise and Progress of Seventh-day Adventists, p. 125-127.
[9] Ella Robinson, Histórias da Minha Avó, pp. 40-42.
[10] Veja Herbert Douglass, Mensageira do Senhor, p. 113.
[11] James White, A Word to the Little Flock, p. 22.
[12] Veja Bates, “Opening Heavens”, 11. Day Star citado por Bates sem referência.
[13] Veja Primeiros Escritos, p. 34.
[14] Veja também Kheon Yigu “Issues of the “Open Space in Orion” Presented in SDA Literature (1846-
1994)” Sahmyook University publicado online em
http://www.scribd.com/full/38023491?access_key=key-1cyqu447mw2m7pn6swpz
[15] Martin Carey, “The Opening Orion”, publicado online em
http://lifeassuranceministries.org/proclamation/2009/3/openingorion.html
[16] Merton Sprengel e Dowell Martz, “Orion Revisited“, Review and Herald, 25/3/1976, pp. 4-7; “How Open is Orion’s Open Space?”, Review and Herald, 01/04/1976,pp. 9-11; “Does the Open Space Exist Today?,”Review and Herald 08/04/1976, pp. 6-8.
[17] Ellen White’s Growth in Understanding Her Own Visions; disponível no site www.ellenwhite.com, Appendix G.
[18] Alden Thompson, Inspiration, p. 297.
[19] Veja Yuri Mendes, Os Mistérios de Órion publicado pela Casa Publicadora Brasileira, 2008.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CRIAÇÃO DE VIDA ARTIFICIAL

O termo foi criado, em 1974, pelo oncologista polaco Waclaw Szybalski: “Até agora, temos estado a trabalhar na fase descritiva da biologia molecular. Todavia, o verdadeiro desafio começará quando entrarmos na fase da biologia sintética. Nessa altura, desenvolveremos novos elementos de controlo para serem acrescentados a genomas já existentes, e ou criaremos outros totalmente novos.” Esta combinação de bioquímica e genética colocava duas questões que estamos, actualmente, muito perto de conseguir resolver: qual o número mínimo de genes necessário para poder haver vida? É possível criar um ser vivo ex novo?
Em Junho de 2007, os cientistas conseguiam transformar a bactéria de espécie Mycoplasma capricolum noutra, Mycoplasma mycoides, ao substituir o cromossoma da segunda pelo da primeira. Em Janeiro do ano seguinte Hamilton Smith (Prémio Novel em 1978) anunciava a criação do primeiro ADN sintético com base no Mycoplasma genitalium, uma bactéria que infecta o aparelho genital dos primatas.
Todavia, a linha mais promissora é a que deriva de um projecto recentemente completado e em que participaram 13 grupos de investigação europeus: Programmable Articial Cell Evolution (PACE). O objectivo era determinar as regras seguidas por qualquer ser vivo e, na posse delas, conceber uma criatura completamente distinta. “Não se parte de um genoma que já existe, mas de matéria inanimada, com recurso a sistemas químicos que não têm de ser forçosamente biológicos”, esclarece Ricard Sole, director do Laboratório de Sistemas Complexos da Universidade Pompeu Fabra (Barcelona) e um dos investigadores que participam no projecto. O seu grupo foi incumbido de elaborar os modelos teóricos que prevêem a dinâmica e a evolução da escutaras protocélulas artificiais: os resultados mostram que é possível. Sole está convencido de que, dentro de pouco mais de uma década, teremos a primeira célula artificial.
Claro que todas estas tentativas suscitam críticas e dão origem a acusações de estarem a “brincar a Deus” e às clássicas alusões a Frankenstein. Todavia, como recorda Arthur Caplan, director do Centro de Bioética da Universidade da Pensilvânia, “a dignidade da vida nunca esteve no seu mistério, mas na diversidade, complexidade e capacidade para se manifestar em todo o tipo de condições e circunstâncias”. Que dirá o Miguel Mateus? Aconselho a entrar o pensamento dele é sério e coerente, ele tem o conhecimento e discernimento do esclarecimento ENTREMOS A CASA É NOSSA.

domingo, 12 de setembro de 2010

ÓRGÃOS VESTIGIAIS

A existência de órgãos vestigiais, considerados inúteis por supostamente serem meros vestígios da evolução humana, foi durante muito tempo apresentado como um dos principais argumentos a favor da evolução. Ainda hoje esse argumento se encontra nalguns livros de biologia, mais preocupados em pregar a fé do evolucionismo do que em transmitir uma visão cientificamente correta dos fatos.
No século XIX o número dos órgãos vestigiais chegou a ser quantificado em cerca de 180. A crença no caráter vestigial e não funcional desses órgãos esteve na base de muitos erros médicos e atrasou substancialmente a investigação acerca da função desses órgãos no corpo humano. Ainda assim, o progresso das ciências médicas veio a demonstrar que todos os órgãos aparentemente vestigiais têm afinal uma função bem definida (J. Bergman, G., Howe,. "Vestigial Organs" are Fully Functional, Creation Research Society Books, Terre Haute, IN, USA. 1990.).
Os últimos órgãos a abandonarem o seu estatuto vestigial foram o apêndice e o cóccix (J. Warwick Glover, “The Human Vermiform Appendix—a General Surgeon's Reflections”, Creation Ex Nihilo Technical Journal, 3: 1988, 31 ss.). Se se tivesse partido do princípio de que os órgãos humanos tinham uma função, porque resultado de design inteligente, a compreensão dessa função teria certamente sido mais rápida. A uma conclusão semelhante se tem vindo a chegar a propósito do impropriamente designado por “junk-DNA” (Don Batten”‘Junk’ DNA (again)”, Creation Ex Nihilo Technical Journal, 12(1),1998, 5.).
Para aprofundar este tema (CLICAR)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A CIÊNCIA DA LONGEVIDADE

Imagine células sanguíneas a transportar pelas suas veias não apenas o oxigénio necessário para a sobrevivência como também, fármacos. Imagine sangue desidratado e armazenado durante meses, ou anos, que fosse possível levar para qualquer parte, incluindo o espaço. Imagine transfusões feitas sem risco de contrair qualquer doença. É o que vende a promissora biologia sintética.
Imagine você a viver 200 ou 300 anos como se tivesse 20 ou 30. isso seria fantástico! Será isso possível? Talvez sim ou talvez não! O artigo do Miguel Mateus é esclarecedor e eu convido a ENTRAR e ler, aceite uma abraço.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

NASA DESCOBRE A FALTA DE UM DIA NO UNIVERSO

9 Respondeu Isaías: Isto te será sinal, da parte do Senhor, de que o Senhor cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou voltará dez graus atrás?
10 Então disse Ezequias: É fácil que a sombra decline dez graus; não seja assim, antes volte a sombra dez graus atrás.
11 Então o profeta Isaías clamou ao Senhor, que fez voltar a sombra dez graus atrás, pelos graus que já tinha declinado no relógio de sol de Acaz.
2ª Reis 20: (CLICAR: VER POWER POINT)