O termo foi criado, em 1974, pelo oncologista polaco Waclaw Szybalski: “Até agora, temos estado a trabalhar na fase descritiva da biologia molecular. Todavia, o verdadeiro desafio começará quando entrarmos na fase da biologia sintética. Nessa altura, desenvolveremos novos elementos de controlo para serem acrescentados a genomas já existentes, e ou criaremos outros totalmente novos.” Esta combinação de bioquímica e genética colocava duas questões que estamos, actualmente, muito perto de conseguir resolver: qual o número mínimo de genes necessário para poder haver vida? É possível criar um ser vivo ex novo?
Em Junho de 2007, os cientistas conseguiam transformar a bactéria de espécie Mycoplasma capricolum noutra, Mycoplasma mycoides, ao substituir o cromossoma da segunda pelo da primeira. Em Janeiro do ano seguinte Hamilton Smith (Prémio Novel em 1978) anunciava a criação do primeiro ADN sintético com base no Mycoplasma genitalium, uma bactéria que infecta o aparelho genital dos primatas.
Todavia, a linha mais promissora é a que deriva de um projecto recentemente completado e em que participaram 13 grupos de investigação europeus: Programmable Articial Cell Evolution (PACE). O objectivo era determinar as regras seguidas por qualquer ser vivo e, na posse delas, conceber uma criatura completamente distinta. “Não se parte de um genoma que já existe, mas de matéria inanimada, com recurso a sistemas químicos que não têm de ser forçosamente biológicos”, esclarece Ricard Sole, director do Laboratório de Sistemas Complexos da Universidade Pompeu Fabra (Barcelona) e um dos investigadores que participam no projecto. O seu grupo foi incumbido de elaborar os modelos teóricos que prevêem a dinâmica e a evolução da escutaras protocélulas artificiais: os resultados mostram que é possível. Sole está convencido de que, dentro de pouco mais de uma década, teremos a primeira célula artificial.
Claro que todas estas tentativas suscitam críticas e dão origem a acusações de estarem a “brincar a Deus” e às clássicas alusões a Frankenstein. Todavia, como recorda Arthur Caplan, director do Centro de Bioética da Universidade da Pensilvânia, “a dignidade da vida nunca esteve no seu mistério, mas na diversidade, complexidade e capacidade para se manifestar em todo o tipo de condições e circunstâncias”. Que dirá o Miguel Mateus? Aconselho a entrar o pensamento dele é sério e coerente, ele tem o conhecimento e discernimento do esclarecimento ENTREMOS A CASA É NOSSA.
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