sábado, 1 de março de 2014

Como Falar de Criacionismo

Para muita gente, criacionismo não passa de religião. Outros consideram que Deus não existe. Assim, o criacionismo seria uma ilusão. Teriam eles razão? Primeiramente, é interessante mostrar para o cético o que é o verdadeiro ceticismo. Não considero o ceticismo uma coisa totalmente negativa. Um dos doze discípulos era ligeiramente cético e Jesus não o repreendeu por isso. Esse era Tomé. Ele buscava experimentar por si mesmo aquilo que os outros falavam. A melhor forma de apresentar o criacionismo é convidar o cético a ser cético de verdade; questionar tudo e buscar evidências que sejam sólidas para sua cosmovisão. O criacionista tem bastantes evidências para apresentar: atualmente muitas descobertas da biologia molecular apontam para o design inteligente da vida. A arqueologia bíblica está aí ajudando a desencavar o pano de fundo histórico das Escrituras. Então, mostre os fatos e deixe que os céticos tirem suas próprias conclusões.

A complexidade da vida fala em favor do criacionismo. Os próprios darwinistas confirmam essa complexidade. Por exemplo, Richard Dawkins, no livro O Relojoeiro Cego, diz que o núcleo de uma ameba tem tanta informação quanto todos os 30 volumes da Enciclopédia Barsa. Toda forma de vida, desde a mais “simples” até a mais complexa, revela que houve planeamento. E todo mundo sabe que informação complexa e específica simplesmente não surge do nada.

Há os que dizem que o criacionista tem a mente fechada, mas, na verdade, ele abre a mente para o natural e o sobrenatural (afinal, o mundo natural e as leis naturais não podem ser a causa deles mesmos), enquanto os naturalistas fecham a mente para o sobrenatural e ficam diante de um dilema: Como tudo passou a existir a partir do nada? A verdade é ampla e deveria ser buscada de maneira igualmente ampla.

Se quiser dialogar de maneira construtiva com os naturalistas, o criacionista precisa compreender o que é ciência. É importante saber diferenciar a ciência experimental da ciência histórica. Por exemplo, quando se fala da origem da vida, as pessoas acham que isso é ciência experimental, mas não é, porque não é possível demonstrar em laboratório como a vida “surgiu”. Como testar algo que não se sabe como aconteceu? Simular um suposto “ambiente primordial” sem que haja a certeza de que foi nele que tudo teve início não é ciência, é suposição.

Se o criacionista entender o que é ciência, fica mais fácil dialogar com o darwinista.

http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/michelson-borges/falar-criacionismo/

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