sexta-feira, 4 de julho de 2008

OS ENIGMAS DA PALEONTOLOGIA

INTRODUÇÃO: Lembremos de forma sucinta que para a Paleontologia impor a ideia da evolução deveriam verificar-se as seguintes condições:
1- Explicação plausível da aparição da vida a partir da matéria, espontaneamente, sem intervenção exterior.
2- Presença, nas camadas mais antigas, de organismos rudimentares de onde teria saído as formas ulteriores mais complexas.
3- Aparição progressiva e contínua das formas de vida indo do simples para o complexo num sentido irreversível.
4- Presença de formas de transição entre as Espécies, entre as Famílias e entre os Géneros, etc.
5- Presença de ´séries evoluídas´ indiscutíveis, relativamente à mesma família ulterior, mostrando a passagem progressiva de uma forma para outra mais evoluída.
6- Explicação plausível dos factores que teriam transformado certas espécies, e deixar outras invariáveis desde a sua primeira aparição nas camadas inferiores.
7- Demonstrar nas leis naturais actuais evidências deste transformismo; ou pelo menos, por deficiência, demonstrações da existência de factores naturais que tivessem sido em tempos passados elementos a permitir estas transformações, e a justificação do seu desaparecimento.

A – OS FOSSEIS VIVOS.
Acabamos de sublinhar a ausência de formas de transição entre os grupos, entre as famílias, entre os géneros. Estas ausências, confirmam a impressão que as espécies de fósseis não derivaram uma das outras por filiação, mas que elas representam espécies diferentes, estáveis.
Numerosas provas, experimentáveis, podem ser dadas para estes factos. As experiencias de Morgan são as mais célebres. Mas é possível dar alguns exemplos recorrendo a fósseis vivos, que constituem um verdadeiro enigma para os evolucionistas.
Alguns exemplos:
- Os que, conhecidos sem interrupção nas camadas geológicas, se encontram actualmente, idênticos a si próprios (como são apresentados fossilizados com ´milhões de anos´ e como são actualmente).
- Os que, encontrados nas camadas antigas, desapareceram numa ou em mais camadas para reaparecer nos nossos dias, sem ter ´evoluído´.
- Os que, considerados como ´elos intermediários possíveis´, foram encontrados recentemente, sem alterações.
1- Os Fósseis Vivos Permanentes.
Mencionaremos alguns exemplos entre numerosos casos. Assim, as estrelas-do-mar, vermes marinhos, as raias, tubarão (conhecidos desde o período devónico) , as lampreias (que parecem mesmo ter regredido), os ouriços marinhos, conhecidos igualmente no período Devónico, os escorpiões, etc.
Um dos casos mais curiosos é o da Tuatara, réptil parecido a um enorme lagarto, que se encontra frequentemente em camadas jurássicas, e que vive actualmente, única do seu grupo, na Nova Zelândia (Bogert, The Tuatara: Why is it a Lone Survivor? ´Scientific Monstly´, vol. LXXVI, mars 1953, p. 149 ss).
Mas o recorde da ´estabilidade´ parece pertencer às algas azuis, no reino vegetal. Existe, sem ter sofrido a mais leve modificação em todas as camadas durante milhões de anos, até aos nossos dias. Não sofreram alterações durante um ´bilião´de anos. A evolução não as tocou minimamente. Só podemos ficar estupefactos, com tal obstinação!
Todas estas espécies tem ´sobrevivido calmamente até aos nossos dias, sem ter mudado em nada a sua aparência, nem o seu modo de vida, isto constitue um desafio a todas as probabilidades da evolução (R. Furon, Introduction à l´Histoire de la Terre, Paris, 1970, p. 64). Como explicar tal permanência? Não passaram elas também, pela acção dos factores da evolução que é suposto para as outras espécies? Porque razão resistiram elas? Pode evocar-se as condições, por forma a favorecer nuns casos e não nos outros? Então que dizer de uma teoria que se acomoda a situações diametralmente opostas! Há variações? São elas a prova que confirma a regra!

2- Os Fósseis ´Ressuscitados´.
Mas há ainda melhor. Certas espécies, tanto vegetais como animais, conhecidas numa ou em mais camadas não aparecem. E surgem na nossa época, vivinhas, e…tal como apareceram nessas camadas fossilizadas. Muitas delas foram descobertas recentemente, quando já eram anunciadas como desaparecidas e os seus fósseis se apresentavam nas vitrinas dos famosos Museus do mundo.
Citemos a célebre Coelacanth representando um grupo que cria extinto desde o fim do Cretáceo, ao menos 90 milhões de anos. Deixamos o endereço onde isto pode ser consultado e chamado o “living fóssil”.
(www.abdn.ac.uk/~nhi708/images/coelacanth.jpg )
Isto coloca um triplo problema aos evolucionistas: Porque razão a Coelacanthe não evoluiu? Porque esteve ausente em camadas geológicas e presente noutras e reaparecer nos nossos dias? Se se considera que a identificação das camadas reposa sobre a presença ou ausência de tal ou tal ´fóssil caracteristico´, não provoca isto incómodo quanto à certeza deste tipo de identificação?
A Coelacanthe é o mais célebre dos ´fósseis surpresa´. Mas não é o único. Pode citar-se o Lepidocaris, crustáceo primitivo do Devónio, suposto atingir mais de 300 milhões de anos, e pescado vivo perto de Long Islande em 1953 (Cf.H.S. LADD, Ecology and Stratigraphy, em “Science”, vol. 129, 9 Janeiro 1959, p. 69-78.); a Hutchinsoniella macrocantha e a Derocheilocaris typicus, dois crustáceos microscópicos primitivos, descovertos nos fundos areosos na Nova-Inglaterra. Crinoides, também foram descobertos no Golfo do México. Foram mesmo descobertos, em 1957, vivos nas lamas profundas do mar, crustáceos aparentados com as trilobites, estes fósseis muito espalhados no perído Cambriano. Centenas de outros casos podem ser citados e sovejamente conhecidos.
Estamos no direito de nos questionar se a presença tão abundante presença de tais formas de vida nestes tipos de sedimentação não poderão ser atribuídos a um eventual e repentina Catástrofe que os teria enterrado em vida. Isto explicaria ao mesmo tempo a extrema abundância numa camada e a sua ausência nas camadas seguintes. Dito de uma outra forma, a presença em determinadas camadas geológicas onde são encontradas seria o resultado de uma Catástrofe tendo afectado a zona ecológica onde viviam estas espécies aquando da sua repentina sedimentação. Um argumento, vem apoiar esta tese, é o facto que a maioria destes ´fósseis vivos´ são animais marinhos vivendo em meios completamente específicos: os grande fundos, as lamas e areias, onde precisamente são reencontrados ainda hoje. Enterrados por sedimentação, eles não estão presentes nas camadas seguintes e depois aparecem na nossa época em meio natural de vida que os sobreviventes repovoaram.
Uma coisa é certa em todo o caso: na hipótese evolucionista, as espécies que não foram fossilizadas durante estes milhões de anos nas camadas AINDA VIVEM, elas vivem na nossa época. Há continuidade entre o passado e o presente. Os evolucionistas não têm autoridade para reprovar os criacionistas da ausência de mamíferos ou de seres humanos nas antigas camadas da Terra. A sua ausência destas camadas não prova de forma nenhuma a sua inexistência nas épocas a que nos referimos.

B – A PALEONTOLOGIA E CATASTROFISMO
A própria presença dos fósseis nas camadas geológicas deveria levar a uma reflexão consistente da sua existência nessas diferentes camadas. Quais são as condições requeridas para que um cadáver se fossilize?
Nas condições actuais, a fossilização é um fenómeno excepcional. Como L. Moret bem chama a atenção, “é raro que cadáveres ou outros restos de ser organizados se possam conservar à superfície do solo, porque não tardam a ser destruídos. A condição essencial da fossilização é o enterramento ao abrigo do ar.” (L. MORET, Précis de géologie, Paris, 1967, p. 268). Os melhores agentes da fossilização, nas condições presentes da natureza, são:

- Enregelar rapidamente. Ou ´enterrar no gelo´instantaneamente. São conhecidos mamutes congelados na Sibéria (Sur le problème des mammouths gelés – trataremos este assuntos falando dos Glaciares).
- A conservação nas Tufas. Toda a gente conhece o caso do homem lançado numa tufa de lama na Dinamarca, no principio da era cristã, e encontrado num estado de conservação tal que era possível observar pelo cumprimento dos pelos da barba, tinha-se barbeado dois ou três dias antes (ver imagem).

- O enterramento rápido sob cinzas vulcânicas.

Na maior parte dos casos, a fossilização requer a presença de partes duras do organismo: ossos, conchas. Isto não chega, porque, mesmo no deserto os ossos por mais resistentes que sejam, não resistem mais que vinte anos. A presença da fossilização exige um envolvimento rápido nos sedimentos. “A condição primeira da fossilização de um cadáver é a subtracção aos agentes atmosféricos e biológicos (bactérias, organismos necrófagos), daí a necessidade do envolvimento pela sedimentação.” (G. et H. TERMIER, Initiation à la Paleontologie, Paris, 1952, t.I, p. 11).

Seria necessário acrescentar enterramento rápido e massivo, como iremos ver.

1- Um enterro rápido – porque, como já foi demonstrado, a decomposição altera rapidamente o cadáver. Também, porque, é conhecido numerosos casos de pegadas fossilizadas: pegadas de dinossauros por exemplo, nas camadas do Cretáceo na Paluxy River, nos Estados Unidos (R. T. Bird, We captured a ´live´ Brontosaur, dans “The National Geographic Magazine”, vol. CV, nº 5, Mai 1954, p. 707-722). Ora estas pegadas foram feitas num sedimento ainda mole e, para ser conservado, teve que ser imediatamente cheio por um outro sedimento, de natureza diferente, formando assim um molde. O mesmo fenómeno de envolvimento rápido emerge claramente da presença de coprolithes, ou excrementos fossilizados de répteis do Secundário. Ou ainda da existência, em pedras, de fósseis tão delicadas que as larvas de papoilas, de lagartos com os seus olhos, frutas, etc., solidificadas no período Miocene (LSB. LEAKEY, Adventures ins Search of Man, dans “The Nationa Geographic Magazine”, Janvier 1953, p. 148, 149).
São conhecidos fósseis incrivelmente bem conservados durante o período Cambriano (fósseis considerados terem mais de 600 milhões de anos); sejam, mesmo espécies de corpo mole. Isto é confirmado no Monte Stephen na Colômbia britânica. “Pôde estudar-se a anatomia de organismos de esqueleto débil ou até sem esqueleto que geralmente não são fossilizáveis: medusas, anelídeos, etc.,” (G. et H. TERMIER, op. Cit., t. I, p. 14).
Um caso impressionante é o Archéooptéryz jurássico conservado com penas, e cada uma conserva a marca delicada de um vestígio, folha ou camada do material com que foi enterrada. Todos estes exemplos só se podem explicar através de um enterramento ultra-rápido, possível, provocado por uma Catástrofe (um Dilúvio de proporções mundiais, ver Génesis 6), que na nossa opinião, terá sido muito mais recente, isto explicaria a razão da conservação da pigmentação, clorofila e aminoácidos. As explicações que dão como hipóteses milhões de anos, parecem, um jogo em que ninguém acredita.
2- Uma Catástrofe de grande amplitude – se pensarmos no extraordinário número de organismos, marinhos na maioria dos casos, sobrepostos uns sobre os outros, por vezes, sem algum cimento mineral entre eles. Tendo em conta, que na natureza actualmente, não são conhecidas em nenhuma parte do mundo ´cemitérios marinhos´de dimensões gigantescas. Nenhuma fossa está a evoluir no sentido de prepararar uma fossilização em massa num futuro previsível que possam comparar-se grande camadas fossilizadas como aquelas que o passado nos legou. A noção de catastrofismo ´moderado´ à qual os paleontólogos devem regressar, apesar, do seu incómodo, impõem-se. Senão, como podem em consciência explicar o enterro de milhões de peixes responsáveis pelo petróleo na Europa central? Por exemplo!

3- Na Natureza actualmente – a imagem de uma hecatombe de animais marinhos, é ela possível? É possível a fossilização em massa, quando qualquer animal morto não consegue chegar ao fundo da água sem ser devorado?
Aliás, como explicar, a não ser por uma hecatombe de grande envergadura, a extraordinária acumulação de fósseis de dinossauros na região do Colorado, em Utah, onde mais de 300 dinossauros se encontram sobrepostos num só lugar? Quando é sabido que este animais tinham um porte de 15 a 20 metros de comprimento e pesavam entre 10 a 50 toneladas. Só explicável, através de uma catástrofe que, os engoliu, e os sedimentou em massa. E com que rapidez, porque “vários esqueletos deste perigosos répteis foram encontrados em combate de morte, entre dinossauros herbírvores e carnívoros, por exmplo, um allosarus foi encontrado a devorar um brontossauros” (G. et H. TERMIER, op., cit., t. II, p. 106. La ´disparition étrange´de Dinosauriens et des Ammonites n´a pás été expliquée de façon satisfaisante. Em tout cas “l´extintion a dû être pour ainsi dire instantanée, caro n a retrouvé de cette époque des centaines d´oeufs de Dinosauriens, de 20 cm de long, nom éclos bien entendu.” – R. FURON, Introduction à l´histoire de la terra, Paris, 1970, p. 153).

Conclusão: Parece evidente, à luz do que precede, que a hipótese de um catstrofismo é muito mais compatível com os factos da paleontologia que o conceito de evolução, da qual ninguém conhece nem o ponto do começo, nem os estados intermediários e que foge a um caminho de respostas coerentes.

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