"Mas, pergunta agora às alimárias, e cada uma delas te
ensinará; e às aves dos céus, e elas te farão saber;" (Job 12 : 7)
O fato de observar aves que voam, sem esforço, pelos ares faz-me
desejar subir com asas como a água (Is. 40:31). Aparentemente, não sou o único,
nem o primeiro com esse desejo. O primeiro voo, bem-sucedido, feito pelo homem,
foi em balões de ar quente (1783). Mas as monstruosas máquinas mais leves do
que o ar, certamente não voavam. Cerca de uma dúzia de anos mais tarde, Sir
George Cayley estudou as aves cuidadosamente e descobriu quatro importantes
forças aerodinâmicas do voo: peso, voo, impulso e resistência. Ele determinou
que, nas aves, a força do batimento nas asas é suficiente para carregar o seu
peso e ultrapassar a resistência, permitindo o impulso e o voo. Desde bem antes
do tempo de Cayley, até ao dia de hoje, os inventores têm desenhado e testado
tipos de dispositivos de bater asas chamados “ornitóptero”, tentando conseguir
um voo movido por força humana que imite as aves. A razão pela qual não vemos
ornitópteros a serem usados é que nós, seres humanos, tempos demasiado peso mas
força insuficiente para desenvolver o voo e o impulso enquanto as aves têm uma
relação força/peso favorável.
Otto Lilienthal é chamado o primeiro verdadeiro aviador
porque ele conseguiu, realmente, lançar-se no ar, “voou” e aterrou com
suficiente segurança para contar como foi – várias vezes. A sua vida foi
dedicada a estudar cuidadosamente o voo das aves para tentar compreender quais
eram os segredos da sua estrutura. Depois de despenhar três ornitópteros, ele voltou-se
para os planadores. Começando nos primeiros anos de 1890, Lilienthal construiu
18 planadores (muito semelhantes à asa-delta de hoje) e muitos monoplanos e biplanos.
Foi num desses planadores primitivos que ele fez o seu primeiro voo
bem-sucedido. Depois, a 9 de agosto de 1896, o seu planador perdeu impulso e
despenhou-se de uma altura de mais de 15 metros. Ele morreu no dia seguinte.
Os irmãos Wright, que deram a Lilienthal o crédito da inspiração
ou da compreensão de como voar, continuaram o seu estudo de voo das aves,
fizeram experiências com planadores, fizeram testes em túneis de vento, e
empregaram o seu conhecimento de engenharia para construir a primeira máquina
de voo bem-sucedida. A 17 de dezembro de 1903, os seus foram os primeiros voos
movidos por força humana – quatro, cada um de menos de 60 segundos. O conhecimento
das aves foi muito importante para se chegar a este ponto inicial. Quando reservamos
tempo para estudar e escutar, as aves não nos ensinam apenas como voar, as
dão-nos a conhecer o génio do seu Programador.
Deus dos céus, Senhor do Espaço intergaláctico, que outras
lições gostarias de nos ensinar? Haverá lições que temos de aprender antes de
podermos viajar com segurança de uma galáxia para outra?
Sem comentários:
Enviar um comentário