Não é propósito – nem do autor - emitir qualquer juízo sobre qualquer homem da Ciência, ainda que porventura discorde de muitas das suas teorias. Julgamos louvável e digno de aplauso o trabalho e os esforços de homens sinceros, dedicados e honestos que devotam grande parte das suas vidas na busca das soluções para os grandes enigmas da humanidade e da melhoria da qualidade de vida de todos.
Por outro lado, não pode deixar de ser considerada a exagerada a actuação e comportamento de pessoas que, usando o nome da ciência, a esta causa um mau serviço, envergonhando-a. Alguns há que, em busca da fama e notoriedade, sacrificam princípios e alicerçam através da fraude e da mentira uma carreira que atenda à sua ambição, interesses e egoísmos. Pessoas como Ernest Haeckel, discípulo de Darwin e grande colaborador seu. Sem o mínimo de escrúpulos, não hesitava em recorrer a qualquer tipo de engano e fraude em defesa das suas teorias e ensinamentos.
A respeito de Haeckel existe um interessante testemunho: Cortava caudas, subtraía vértebras, e chegou ao cúmulo de reproduzir três vezes o mesmo cliché, de um mesmo embrião, atribuindo-o sucessivamente ao homem, ao macaco e ao cão, pretendendo assim demonstrar a semelhança entre eles. Tantas foram as fraudes por ele praticadas, e tantas as acusações que lhe foram movidas pelos seus contemporâneos, que
por fim confessou-se culpado (Vencedor em Todas as Batalhas, p. 83).
por fim confessou-se culpado (Vencedor em Todas as Batalhas, p. 83).
Não desejamos valorizar os falsos cientistas, charlatães, que obscurecem a verdade, mas os verdadeiramente grandes homens de Ciência, cujo trabalho tem enaltecido não apenas a ciência, propriamente dita, mas a própria natureza humana. Homens como Isaac Newton, Albert Einstein e Michael Faraday, cujas maravilhosas descobertas foram por eles atribuídas à influência e inspiração de Deus, para benefício da humanidade.
A grande maioria de todos os maiores cientistas acreditava fervorosamente em Deus e em todas as obras da natureza como resultado de Seu grande poder criador. Foi somente depois do advento da teoria da evolução que os homens de ciência desviaram sua atenção da verdadeira fonte de pesquisa, direccionando-a para onde não podem chegar a lugar algum, a não ser a teorias especulativas. Não existe, absolutamente, explicação para os grandes segredos do Universo, a não ser em Deus. A ciência jamais passará da dimensão especulativa, nestas buscas, persistindo em ignorar o dilúvio e suas consequências.
Deixando de lado o charlatanismo de alguns, julgamos de grande importância registar a opinião de muitos expoentes da sabedoria humana, não apenas de ciência, em todas as suas áreas, mas também das artes e da literatura.
As palavras de Luiz de Agassiz, ao ministrar as suas aulas de biologia, expressam muito bem a firmeza das suas convicções: “Antes de nos aprofundarmos nos segredos da Natureza, volvamos o coração ao Deus da Natureza.” (Vencedor em Todas as Batalhas, p. 11).
Eis a confissão do lírico alemão Henrique Heine: “Depois de ter passado tantos e tão longos anos da minha vida a correr as tavernas da filosofia, depois de me ter entregue a todas as politiquices do espírito e ter esvoaçado qual borboleta em torno de todos os sistemas possíveis, sem neles encontrar satisfação, ajoelho-me diante da Bíblia. Há quatro anos que abdiquei todo o orgulho filosófico, e acheguei-me às ideias e aos sentimentos religiosos. Morro crente num Deus uno e eterno, criador do mundo, do qual eu imploro misericórdia. Lamento ter nos meus escritos falado às vezes de coisas santas sem o respeito que lhes é devido.” (Idem, p. 97, destaques acrescentados).
Guilherme Marconi, um dos maiores cientistas do século XX, revolucionou a maneira de viver de metade do mundo pelas suas descobertas.
Ao ser-lhe perguntado sobre se um grande homem de ciência poderia ter fé em Deus e acreditar no poder sobrenatural que se ergue acima da ciência e, ainda, se a ciência pode prosperar de mãos dadas com a fé, respondeu: “A ciência humana é incapaz de explicar muitas coisas, dentre as quais ocupa o primeiro lugar o maior segredo de todos o segredo de nossa existência. Pode ser grande o que os homens de ciência têm realizado. Quão pequenino é, porém, com o que há ainda a descobrir! Todo cientista sabe que existem mistérios que a ciência jamais será capaz de solver. A fé, tão-somente a fé no Ser supremo, a cuja autoridade temos de obedecer, pode ajudar-nos a enfrentar com coragem e força o grande mistério da vida. Há hoje muito ateísmo; muitas pessoas existem que flutuam pela vida sem nenhum alvo, ideal ou crença. A essas pessoas eu desejaria dar um conselho: Não há felicidade onde não há fé; não existe paz onde não prevalece sentimento religioso de alguma espécie. É erro crer que fé e ciência não possam coexistir. A ciência não pode matar a fé. Ambas podem ficar lado a lado, pois há limites para além dos quais a fé, sozinha, nos pode suster e confortar. Orgulho-me em dizer que sou cristão e crente. Tenho pensado muitas vezes que Deus permitindo-me alcançar o que alcancei fez de mim um mero instrumento de Sua vontade, simples veículo da revelação de Seu poder divino.” (Idem, pp. 98-99).
Outro grande cientista, Lord Kelvin, faz coro às palavras de Marconi: “Cada descoberta que fiz e que tenha contribuído para benefício do homem, foi-me dada em resposta à oração.” (Idem, p. 99).
Herschel, astrónomo notável, também crê assim: “Todas as descobertas humanas parecem ser feitas unicamente para confirmar mais e mais as verdades contidas nas Escrituras Sagradas.” (Ibidem).
O célebre naturalista Fabre, ao ser questionado se cria em Deus, respondeu: “Não posso dizer que creio em Deus; eu O vejo. Sem Ele nada compreendo; sem Ele tudo são trevas. Considero o ateísmo uma loucura do tempo. Seria mais fácil arrancar-me a pele do que a crença em Deus.” (Idem, p. 101).
Semelhantemente a Fabre, o histologista Renault escreveu: “Jamais encontrei um biólogo de valor que negasse a existência de Deus. Eu não creio que haja um Deus, eu sei que há. Deus não Se demonstra: impõe Se” (Ibidem).
São verdadeiras e significativas as palavras de Bacon: “Só nega a Deus aquele a quem convém que Ele não exista.” Por esta razão é bastante atual e apropriado o conselho de Rousseau: “Conservai sempre vossa alma em condições de desejar que Deus exista e d´Ele não duvidareis jamais.”
Grande cientista e grande homem foi J. B. Dumas. Maior ainda se tornou ao deixar registadas as palavras: “O Deus da revelação é o mesmo da natureza. A ciência não mata a fé, e menos ainda a fé mata a ciência”. (Idem, p. 100).
O que dizer-se, então, de Michael Faraday, conhecido como Pai da Electricidade e O Maior Cientista Experimental de Todos os Tempos ? Ao descobrir a indução electromagnética abriu o caminho para o desenvolvimento do motor eléctrico e da geração de energia. Jamais se pôde dissociar dele as duas grandes qualidades que, igualmente, o tornaram célebre: o grande cientista que foi e o fervoroso e humilde cristão, com a simplicidade dos tempos apostólicos, cuja fé e obediência a Deus lhe nortearam a vida, fazendo dele uma luz para o mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário