Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Salmo 14:1
Parece que falar mal de Deus está na moda. Dizer “não creio em Deus” parece sofisticado, evoluído, progressista, científico, liberado. Além disso, testemunhamos hoje um estranho fenômeno: o ateísmo militante, “missionário”. O que vemos não é o ceticismo filosófico tradicional nem o racionalismo posterior ao iluminismo. A espécie de ateísmo verificada hoje parece irada com Deus, “evangelista”, zelote, determinada a ver Deus morto e sepultado.
Veja-se, por exemplo, Richard Dawkins, considerado ícone do ateísmo atual, autor de Deus: Um Delírio. Para ele, a própria ideia de Deus “tem o mesmo efeito de um pano vermelho para um touro”. Sua mensagem consiste em “esclarecer” que Deus não passa de invenção de pessoas desiludidas. Dawkins afirma categoricamente a intenção de seu livro: “Os leitores religiosos que o abrirem serão ateus quando o tiverem terminado.”
Esse “ateísmo fundamentalista” suscitou respostas. Uma delas veio com o livro O Delírio de Dawkins, de Alister McGrath e Joanna McGrath. Alister, antes um ateu como Dawkins, também professor de Oxford, e a esposa, professora na Universidade de Londres, escreveram a obra juntos. Eles uniram seus conhecimentos em diversas áreas da ciência para oferecer uma resposta cristã à acusação ateísta de Dawkins.
O casal McGrath, conforme especialistas, desmantela os argumentos de Dawkins, sobretudo o argumento de que a ciência automaticamente conduz as pessoas ao ateísmo. Dawkins não apresenta evidências científicas claras, apenas defende “religiosamente” a improbabilidade de Deus. Segundo a avaliação da revista Publishers Weekly, destinada ao mercado editorial, “os autores de O Delírio de Dawkins atacam o flanco do fundamentalismo ateísta de Dawkins e conseguem afastá-lo do campo de batalha”. O livro de Dawkins passa a ser visto como pouco mais que um ajuntamento de factoides exagerados para alcançar impacto máximo e fragilmente organizados para sugerir que constituem um argumento.
Por que então o ateísmo tem hoje tanto sucesso, particularmente entre estudantes? Não é pela força da enfermidade, mas por causa da fraqueza dos pacientes. Podemos provar a existência de Deus? Não. Mas o ateísmo também não pode provar que Ele não existe. A questão é: para onde apontam as evidências? Aqui reside a força do cristianismo.
Fonte: Meditação Diária 2014 - CPB
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