quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O Ateísmo é o NADA que nos Envolve

As posições ateístas não se sustentam. Digo isso não por ser Adventista, mas por acreditar que não há argumentos sólidos no discurso libertário-religioso dos ateus praticantes, carregados de opiniões contraditórias que só encontram apoio na literatura militante de Richard Dawkins, Christopher Hitchens, ou na tróica: Feuerbach, Marx, Freud, que não passa de uma profissão de fé, impossível e improvável.
 Cito o livro de Hitchens “Deus não é Grande” em que o escritor fala do Deus criado pela imaginação humana que motiva fatalistas e extremistas religiosos a cometerem atrocidades em Seu nome, como o atentado de 11 de setembro, na cidade de Nova Iorque.
 Mas esse argumento não basta porque é impossível condenar toda a religião de origem judaica, cristã e islâmica organizada levando em conta as suas expressões mais extremas e totalitárias.
 Mais: só um ingénuo acredita que o problema envolvendo o Estado de Israel e a Palestina é, apenas, um conflito religioso entre extremistas. A história apresenta outros fatos em que a ideologia e a política que movimenta o Oriente, desde o fim do Império Otomano, tiveram uma motivação maior.
 Hitchens e Dawkins também não aceitam o argumento de que os regimes que aboliram a religião viveram da angústia e acabaram por descer a níveis impensáveis de desumanidade, mesmo diante dos fatos de que a história apresenta um processo de sensibilização em relação ao que é real.
 Essa crença central da modernidade de que a razão humana é capaz de desvendar tudo, incluindo aquilo que não é desvendável, é uma fantasia, delírio e ideologia que talvez possa convencer pessoas demasiadas cheias de si próprias, ou aqueles que não aceitam a objeção por pura e patética soberba.
 Só um ingénuo acredita ser possível nós compreendermos tudo. Temos que aceitar uma dose de mistério e resignarmos da nossa profunda e miserável ignorância diante da imensidão do universo, porque existem dimensões em nossas vidas que não tem resolução racional e não vale a pena, mesmo que diante de argumentos definitivos, questionar essas convicções.
 Não é preciso ser cristão para perceber que o ateu sempre está preocupado em demasia com a existência Divina. Explico: Não há nada mais irónico e contraditório do que não acreditar em Deus e passar a vida a abominá-lo. Enfim, eu não creio em gnomos e não me preocupo com eles, certo?
 Por mais irônico que pareça, o fanático religioso vê o diabo em toda parte e o fanático ateu enxerga Deus em tudo, e ambos comportam-se como o mesmo homem, só que de lados opostos do discurso e da linha de frente do fanatismo.
 Quando os Homens não acreditam em Deus, eles não passam a acreditar em nada; eles acreditam, antes, em qualquer coisa, como dizia o escritor inglês G.K. Chesterton.
 Antes de ateus praticantes festejarem provável inexistência Divina, convém saber aonde isso vai nos levar.

Alexsandro Nogueira

1 comentário:

Unknown disse...

Olá, sou ateu e gostei do texto.
Pra mim Deus é igual a gnomos, não creio e não me importo com eles.
Mas q todo fanático, seja lá pra qual lado for, é chato podemos concordar.
Parabéns pela iniciativa de escrever.
Abraço.
Leandro