quinta-feira, 4 de agosto de 2011

OS SINAIS DO IMUTÁVEL DEUS

No jardim do Éden, a existência de Deus foi demonstrada na natureza. As coisas invisíveis de Deus eram vistas claramente, sendo compreendidas por meio das coisas que foram feitas, mesmo o Seu sempiterno poder e Divindade. . . .As coisas da natureza as quais olhamos hoje dão-nos, uma concepção débil da beleza e glória do Éden, todavia, o mundo natural, com voz inconfundível, proclama a glória de Deus. Nas coisas da natureza, marcadas como o são pela praga do pecado, muito do que é belo ainda permanece. Um Omnipotente no poder, grande em bondade, em misericórdia e amor,
criou a terra, que mesmo no seu estado de degradação inculca verdades em relação ao hábil Artista.
Neste livro da natureza aberto para nós, na beleza, nas flores perfumadas, com as suas variadas e delicadas colorações, Deus nos dá uma expressão inconfundível do Seu amor. Depois da transgressão de Adão, Deus poderia ter destruído a cada botão em abertura e florescimento, ou Ele poderia ter tirado a sua fragrância, tão gratificante aos sentidos. Na Terra, queimada e marcada pela maldição, nos abrolhos, espinhos, joio, podemos ler a lei da condenação, mas na cor delicada e no perfume das flores, podemos aprender que Deus ainda nos ama, e que a Sua misericórdia não foi totalmente retirada da terra.
A natureza está cheia de lições espirituais para a humanidade. As flores morrem apenas para brotar para uma vida nova, e nisso, somos ensinados sobre a lição da ressurreição. Todos os que amam a Deus irão florescer novamente no Éden de cima. Mas a natureza não pode ser a única a ensinar a lição do grande e maravilhoso amor de Deus. Portanto, após a queda, a natureza não foi o único professor do homem. A fim de que o mundo não permanecesse na escuridão, na noite espiritual eterna, a natureza de Deus veio ao nosso encontro na Jesus Cristo. O Filho de Deus veio ao mundo como a revelação do Pai. Ele era aquela “luz verdadeira, que ilumina todo o homem que vem ao mundo”. Estamos a contemplar “a luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo”.
O salmista diz: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. No entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo” Alguns podem pensar que essas coisas grandiosas no mundo natural sejam Deus. Elas não são Deus. Todos esses prodígios no céu estão apenas a fazer o trabalho que a lhes foi designado. São agências do Senhor. Deus é o Superintendente, bem como o Criador de todas as coisas. O divino está empenhado em defender as coisas que Ele criou. A mesma mão que sustenta as montanhas e as equilibra na sua posição, orienta os mundos na sua marcha misteriosa em torno do sol.
Aqueles que pensam que podem obter um conhecimento de Deus, à parte de Seu representante, a quem a Palavra declara ser a “expressa imagem da sua pessoa,” terão de tornarem-se tolos na sua própria avaliação antes de serem sábios. É impossível obter um conhecimento perfeito de Deus, apenas pela natureza, pois a própria natureza é imperfeita. Na sua imperfeição não pode representar a Deus, não pode revelar o caráter de Deus na sua perfeição moral. Mas Cristo veio como um Salvador pessoal para o mundo. Ele representava um Deus pessoal. Como Salvador pessoal, Ele ascendeu ao alto, e Ele voltará assim como Ele subiu ao céu, um Salvador pessoal. Ele é a imagem expressa da pessoa do pai. “Nele habita toda a plenitude da divindade”.
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Artigo escrito por Ellen G.White, originalmente publicado na Review and Herald, 8 de novembro de 1898, extraído do site White State.org.

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