segunda-feira, 11 de maio de 2009

DO 8 AO 80

O artigo dos geólogos Donald Lowe e Gary Byerly tinha como título:
“Ironstone bodies of the Barberton greenstone belt, South Africa: Products of a Cenozoic hydrological system, not Archean hydrothermal vents!“
Que me lembre, foi a primeira vez que vi um ponto de exclamação no título de um artigo científico. Se calhar o propósito do ponto de exclamação era transmitir a surpresa dos geólogos evolucionistas ao anunciar o facto. E de facto, não é para menos. E escreviam:
“Irregular bodies of goethite and hematite, termed ironstone pods, in the Barberton greenstone belt, South Africa, have been previously interpreted as the Earth’s most ancient submarine

hydrothermal vent deposits and have yielded putative evidence about Archean hydrothermal systems, ocean composition and temperature, and early life. This report summarizes geologic, sedimentological, and petrographic evidence from three widely separated areas showing that the ironstone was deposited on and directly below the modern ground surface by active groundwater and spring systems, probably during periods of higher rainfall in the Pleistocene.“
Ou seja, rochas que se diziam pertencer ao Arqueano (2.500.000.000 a 3.850.000.000 anos de idade), agora são tidas como pertencentes ao período do Pleistoceno (1.800.000 a 11.000 anos de idade). A Geologia deve ser a única área no mundo em que podes estar 99% errado mas mesmo assim consegues manter o teu emprego e receber financiamento.
Tantas histórias foram contadas com base na extrema antiguidade destas rochas, tantos cenários montados, tanta imaginação sobre vida primitiva para agora nos virem dizer que estas rochas afinal não têm mais de 2 milhões de anos [*1].
Em 1994, o mesmo cientista falava na Geology a respeito do cinturão de Barberton. Nessa altura a idade dele era de 3,55 biliões a 3,22 biliões de anos. Quantos artigos se escreveram sobre a elevada actividade microbiana nessas rochas super antigas:
“A análise de rochas almofadadas do cinturão Barberton, na África do Sul, revelou novas evidências científicas de que a actividade dos micróbios era elevada no fundo dos oceanos, há bilhões de anos. Artigo publicado na edição da Science desta sexta-feira (23/4), assinado por um grupo de cientistas liderado por Harald Furnes, do Departamento de Ciência da Terra da Universidade de Bergen, na Noruega, mostra a existência de pequenos tubos mineralizados feitos pelos arcaicos micróbios”
Uau… até dá direito em escrever na prestigiosa Science. Então se está numa revista como a Science, só pode ser tudo verdade. Afinal, Science significa Ciência e Ciência, como todos os letrados sabem, lida com factos. E cá estão eles [destaco]:
“Pillow lava rims from the Mesoarchean Barberton Greenstone Belt in South Africa contain micrometer-scale mineralized tubes that provide evidence of submarine microbial activity during the early history of Earth.“
Apetece dizer: Que treta! Se afinal de contas estas rochas são tão recentes, segundo a cronologia evolucionista, onde é que eles foram buscar as evidências de actividade microbiana nos primeiros anos de vida da Terra? Que treta! Como é que se pode confiar em métodos que mudam da água para o vinho? Que treta! Nem me atrevo a calcular a percentagem de erro com receio de pecar por defeito.
Para além de servir de exemplo da palhaçada que são os métodos de datação, este caso também serve de exemplo àqueles cristãos que querem contaminar a Palavra perfeita de Deus com as teorias malucas e falíveis do ser humano.

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REFERÊNCIAS OU NOTAS:
[*1] – Naturalmente que também não aceito a nova idade atribuída às rochas. Apenas uso os conceitos evolucionistas para mostrar as areias movediças com que estamos a lidar.

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