Sua pergunta: “Por que não existem milagres visíveis hoje em
dia que gritem — sem a menor sombra de dúvida — ao mundo: ‘Existe um Deus!’?”
Nossa resposta: Muitos de nós queremos razões fortes, e até
mesmo mais do que suficientes para acreditar em Deus. Algumas pessoas crêem na
existência de Deus por fortes razões factuais e filosóficas. Outras crêem em
Deus por causa de orações respondidas, direção que Ele tem dado às suas vidas,
ou por causa de como Deus transformou as suas vidas.
Mas por que Deus apenas não se manifesta de uma maneira
vocifera e faz com que as pessoas TENHAM que acreditar que Ele existe? Uma boa
resposta é apresentada por Philip Yancey no seu livro, O Jesus que eu nunca
conheci (particularmente pp. 74-80).
Yancey aponta que Deus nos deu a liberdade de acreditar n´Ele
ou não. Ele completa, “Minha fé sofre de muita liberdade e tantas tentações
para desacreditar. De vez em quando eu quero um Deus que me supra, que supere
as minhas dúvidas com certezas, que me dê provas verdadeiras de Sua existência
e Sua preocupação para comigo. Eu quero um Deus sem ambiguidades, Aquele a quem
eu possa indicar para o bem de meus amigos.” Mas aí Ele diz, “Quanto mais eu
conheço Jesus, mais eu fico impressionado com o que [Dostoevsky] chama do
milagre da restrição.”
Jesus poderia ter feito maravilhosas performances, milagres
espetaculares que fariam com que as pessoas acreditassem n´Ele. Ele poderia
curar cidades inteiras com uma simples declaração em massa. Ele poderia
instantaneamente assombrar todo o Israel. Ele podia com um só grito espantar o
exército romano. Ele poderia ter feito uma série de milagres onde as pessoas
seriam forçadas a acreditar n´Ele. Mas Deus sempre sustenta a ideia de livre
arbítrio com a qual Ele nos criou.
Yancey afirma, “Mais maravilhoso é a sua recusa em fazer
performances e impressionar. A terrível insistência de Deus na liberdade humana
é tão absoluta que Ele nos concede o poder de viver como se Ele não existisse,
cuspir na sua face, crucificá-Lo. Acredito que Deus insiste em tal restrição
porque nenhum show pirotécnico de omnipotência alcançaria a resposta que Ele
deseja. Apesar de que o poder possa forçar a obediência, apenas o amor pode
levar a uma resposta de amor, que é a única coisa que Deus quer de nós e a
razão pela qual Ele nos criou”.
Se Deus realmente revelasse o Seu poder de uma maneira
extravagante, Ele poderia nos forçar a acreditar n´Ele. Ele poderia facilmente
nos forçar a obedecer ao Seu incomensurável poder. Ele poderia ordenar o que
quisesse. Mas o que Deus quer é que nós o reconheçamos como nosso Pai, Amigo,
Consolador, Conselheiro, Senhor – espontaneamente, não sob pressão.
Ele tem-nos dado muito mais que razões amplas para acreditar
n´Ele (veja “Mais Que Uma Fé Cega”). Mas Ele não nos força a conhecê-Lo. Mesmo
que Jesus diga, “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e
abrir a porta, entrarei…” (Apocalipse 3:20). Ele só entra na nossa vida com a
nossa permissão. E se nós sinceramente quisermos descobrir se Ele está lá e
como Ele é, Ele permitirá que nós O encontremos e O conheçamos.
Glória, Louvor e Aleluia sem cessar!
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