"E qualquer que a tocar será imundo; portanto lavará as
suas vestes, e se banhará com água, e será imundo.” (Levítico 15: 27)
É necessário grande conhecimento e prática para que uma
pessoa consiga fazer, com sucesso, uma tarefa num campo esterilizado sem que,
acidentalmente, introduza contaminação. Trabalhar assepticamente é uma
capacidade que eu ensino aos alunos quando fazerem experiências com batérias e ou
quando se fazem culturas de tecidos animais ou vegetais. Em qualquer sala de
cirurgia, a técnica asséptica é vital para prevenir a contaminação e uma
potencial infecção a seguir à cirurgia.
É que, como sabe, a bactéria, os esporos de fungos, os
vírus, e outros contaminantes em potencial estão emboscados em todo o lado à
nossa volta, na nossa pele, e até dentro de nós. As novas descobertas sobre
bactérias sugerem que casa um de nós e o número total de pessoas que já alguma
vez viveram no mundo. Felizmente, contudo, Deus deu-nos várias linhas de defesa
que mantém as bactérias “em sentido”.
“Esterilizado” ou “asséptico” são palavras que significam,
simplesmente, a ausência de vida numa superfície ou no campo operatório. A presença
de bactéria chama-se septicemia. Com a septicemia, as bactérias estão presentes,
a crescer rapidamente, a proliferar, a segregar toxinas, a causar destruição e,
eventualmente, pus e putrefacção. Os estudantes descobrem rapidamente que não
existe algo como quase esterilizado ou quase asséptico. A esterilização não é
um assunto de grau. É, antes, uma situação de tudo ou nada. Todos os meus
alunos também têm de aprender a estar hiperconscientes de todos os movimentos. Têm
de saber sempre o que é sujo (séptico) e o que é limpo (asséptico) e nunca deixarem
que os dois se toquem. Esta lei rígida de não deixar o sujo tocar o limpo tem
de ser cumprida, porque sempre que o sujo toca o limpo, o limpo torna-se sujo. No
laboratório de cultura de tecidos ou numa mesa de operações, quando o limpo
toca o sujo, o sujo nunca se torna limpo – é o limpo que quase sempre se torna
sujo.
A minha exceção favorita a esta regra é a história que Lucas
conta perto do fim do capítulo 8. A mulher que avançava com dificuldade, por
entre a multidão, estava ritualmente impura devido a hemorragia constante que
há anos a atormentava, sair de si, a pessoa estava impura. Não podia tocar em
ninguém, porque o tornaria impuro, também. Consegue imaginar o seu isolamento,
a sua solidão, a falta de um toque humano? A mulher quebrou a lei ao tocar na
orla das vestes de Jesus. E nesta bela história de fé, a pureza de Jesus limpou
instantaneamente a mulher. Aconteceu a exceção. O sujo tocou o limpo e tornou-se
limpo também. Como anseio que isso me aconteça a mim!
Jesus, preciso do Teu
toque de purificação. Purifica o meu coração neste momento.
O DEUS das Maravilhas - Dr. David A. Steen