segunda-feira, 30 de julho de 2012

PODERIAM AS ÁGUAS DO DILÚVIO TER PROVINDO DE UMA CAMADA...


Robert E. Kofahl é Ph.D. foi coordenador do “Creation Science Research Center”.

Este artigo contém material de um trabalho apresentado na 3ª Conferência Nacional Americana sobre Criação e Ciência, em Minneapolis, Minnesota, U.S.A., em agosto de 1976.

Várias tentativas de modelos têm sido feitas para explicar a existência de uma camada atmosférica de água ou vapor, bem como de uma possível fonte extra-terrestre de água ou gelo. Esses modelos têm tido quatro preocupações no quadro criacionista global relativo às origens, a saber, a explicação de um clima semi-tropical ante-diluviano, a disponibilidade de substancial quantidade de água para o dilúvio, a explicação da ação glacial e do congelamento catastrófico posterior ao dilúvio, e a possibilidade de redução da taxa de produção de Carbono-14 anteriormente ao dilúvio. O ponto de vista usual tem sido fornecer explicações que envolvem somente forças naturais, sem a miraculosa intervenção divina. A análise crítica desses modelos indica que é impossível o fornecimento de uma parte substancial das águas do dilúvio, ou de gelo, tanto de uma camada atmosférica quanto de fontes extra-terrestres, a não ser com a miraculosa intervenção divina especial. Todos os modelos falham por não preencher as exigências das leis da Física ou da Fisiologia. São oferecidas as linhas gerais preliminares para o estabelecimento de modelos quantitativos de uma camada atmosférica limitada de vapor d’água.

Introdução
Os criacionistas freqüentemente deploram, e com razão, especulações temerárias muitas vezes praticadas pelos evolucionistas. Exemplos clássicos de tais especulações encontram-se em “A Origem das Espécies” onde Darwin, para usar as palavras de W. R. Thompson, “engendrou aquelas frágeis torres de hipóteses baseadas em hipóteses, onde os fatos e a ficção entremeiam-se em uma confusão inextricável” (1). Thompson continuou sugerindo que “essas construções correspondem a um apetite natural”, comum ao homem, e em particular aos evolucionistas.

Entretanto, não parece que os criacionistas também têm evidenciado uma tendência para a especulação excessiva? A literatura criacionista está repleta de especulações, teorias sem propósito, e modelos extremados. Uma característica comum de muitas dessas especulações de criacionistas é o esforço feito para explicar algum aspecto do relato da criação ou do dilúvio em termos “naturalísticos” que não envolvem nenhuma intervenção divina direta. Os criacionistas, às vezes, têm sido quase tão engenhosos quanto os evolucionistas para divisar explicações que excluem da pré-história, tanto quanto possível, o milagre divino.

Uma área importante de preocupação especulativa dos criacionistas tem sido a dos modelos de camadas atmosféricas, e de fontes extra-terrestres para as águas do dilúvio. Um breve catálogo, provavelmente incompleto, de especulações relativas a camadas atmosféricas, ou a fontes extra-terrestres de água ou gelo na época do dilúvio, inclui o seguinte:

1. Uma camada de vapor d’água que possivelmente proporcionou uma parcela substancial das águas do dilúvio (2).

2. Uma cobertura esférica rígida, de gelo em torno da Terra, mantida pela resistência estrutural, e finalmente rompendo-se para produzir o dilúvio e a glaciação, ou ainda uma cobertura de gelo em rotação, mantida pela força centrífuga e rompendo-se para produzir o dilúvio e a glaciação (3).

3. A precipitação de água ou gelo em órbita em torno da Terra, para produzir o dilúvio e a glaciação (4).

4. A colisão de vapor d’água ou gelo proveniente do espaço exterior, com a Terra, para produzir o dilúvio e a glaciação (5).
Todas essas idéias foram apresentadas no passado como modelos científicos que supostamente poderiam explicar a fonte das águas do dilúvio, o clima ante-diluviano, ou os efeitos pós-diluvianos de congelamento rápido e glaciação, mediante causas naturais e não sobrenaturais. Entretanto, todas elas entram em conflito com limitações provenientes de leis físicas ou fisiológicas, bem estabelecidas. Todas elas são impossíveis sem a intervenção divina especial que se sobreponha às leis da Física, e algumas delas, mesmo com a intervenção miraculosa, exigiriam tal reconstrução drástica do ambiente terrestre, que se tornam insustentáveis como modelos para a Terra ante-diluviana. Propõe-se examinar essas idéias com relação às falhas mais óbvias, algumas das quais já foram, sem dúvida, reconhecidas por outros estudiosos do assunto.

Exame crítico da camada atmosférica e outros modelos
1 - Uma camada de vapor d’água contendo parte substancial das águas do dilúvio

A título de argumentação, suponhamos que a camada de vapor contivesse o equivalente da ordem de 300 metros de água líqüida. Se nuvens estivessem então presentes, poderiam corresponder somente a uma pequena fração da água total, pois nuvens contendo grandes quantidades de água (isto é, alguns centímetros) somente podem continuar suspensas na atmosfera pelo efeito de violentas correntes de convecção térmica. Portanto, o modelo é o de uma Terra circundada por um envoltório de vapor d’água transparente, que ao se condensar produziria uma camada de água líquida de 300 metros, para contribuir com uma porção apreciável das águas do dilúvio bíblico. Numerosos problemas surgem neste modelo de camada atmosférica.

a - O problema da transmissão da luz

Estudos feitos nas águas claras e puras do Crater Lake, em Oregon, indicaram que à profundidade de 300 metros a radiação é de somente cerca de 0,2 por cento da existente nas camadas superficiais das águas do lago (6). Realmente, nos líqüidos a absorção é a principal causa da redução da penetração da luz, enquanto que nos gases a difusão é a maior causa, exceto nos intervalos de comprimentos de onda das bandas de absorção do gás específico.

Cálculos teóricos relativos à difusão da luz solar na atmosfera, pelo vapor d’água, indicam que com somente o equivalente a um centímetro de água líqüida na atmosfera, a atenuação devida à difusão pelo vapor d’água é de dois a quatro por cento no intervalo visível (7). Porém, neste modelo hipotético a atmosfera conteria 30.000 vezes essa quantidade de vapor d’água. É duvidoso, portanto, que mais do que alguns por cento da luz solar pudessem atingir a superfície da Terra. Certamente nenhuma estrela seria visível, embora Gênesis 1:16 implique que as estrelas eram visíveis.

b - O problema do aumento da pressão atmosférica


terça-feira, 3 de julho de 2012

Músculos: Evolução ou Design Inteligente?


Uma das características mais marcantes da maioria dos animais é a habilidade de se mover rapidamente com a ajuda da musculatura. Essa qualidade permite caçar presas, fugir do perigo, viajar grandes distâncias e até conquistar novos ambientes. É por isso que a evolução dos músculos foi um passo fundamental na evolução dos animais [típico argumento evolucionista non sequitur: alguma coisa é espantosamente funcional e dependemos dela para sobreviver, logo, evoluiu]. Se por um lado a estrutura e função dos músculos – especialmente dos vertebrados – já foram amplamente estudadas por inúmeros anatomistas ao longo da história [isso, sim, é ciência], por outro, a origem evolucionária dos músculos [aqui entra a imaginação darwinista] permanece um enigma para a ciência, em parte porque é extremamente difícil encontrar músculos fossilizados [Mas o que é a ausência de evidência para quem tem tanta fé em seus pressupostos?].
A revista britânica Nature desta semana apresenta um estudo realizado por uma equipe internacional de cientistas da Alemanha, França e Austrália que investiga a origem dos músculos [Esses pesquisadores fazem pesquisa de mente aberta, ou somente levam em conta a filosofia naturalista darwinista ao considerar a origem dos músculos?]. Os pesquisadores compararam o genoma e a expressão de genes em diferentes animais e descobriram que a origem dos componentes musculares se deu em animais ancestrais, tais como anémonas, águas-vivas e esponjas [Ou seja: analisam os genes que têm relação com músculos e concluem que, já que todos os seres dotados de músculos têm os mesmos genes, eles devem ter se originado de um mesmo ancestral. Não passa pela cabeça deles que seres dotados de mesmas funções e órgãos devam, necessariamente, ter semelhanças genéticas. Para quem não pensa de acordo com a cosmovisão naturalista, a conclusão é a de que o mesmo projeto foi aplicado a diversas formas de vida, exatamente como faz o ser humano em seus inventos: usa a roda em carros, trens, motos, aviões e bicicletas, por exemplo. Essas semelhanças em seres tão “evolutivamente distantes” seria não marca da evolução, mas, sim, a assinatura do Desiger].

Os cientistas rastrearam o surgimento de uma proteína motora chamada miosina, uma das estruturas vitais dos músculos estriados dos vertebrados. Até hoje, a miosina havia sido encontrada apenas em células musculares. Contudo, os pesquisadores encontraram a miosina muscular em esponjas, organismos que não possuem qualquer tipo de músculo. “Aparentemente, a miosina desses seres parece controlar o fluxo de água que as atravessa”, comenta Gert Wörheide, um dos autores do estudo.
As águas-vivas fazem parte de um grupo chamado cnidários. São animais que se originaram há [supostos] 600 milhões de anos. Os cnidários também possuem músculos estriados, assim como os seres humanos. Por causa das semelhanças entre as estruturas presentes em vertebrados e nas águas-vivas, os cientistas supunham que os dois tipos de músculos estriados tinham uma origem comum.
Porém, os músculos estriados das águas-vivas são fundamentalmente diferentes dos que existem nos animais vertebrados. Eles apresentam a forma anciã da miosina muscular, mas não possuem uma série de componentes essenciais que são característicos da estrutura e funcionamento dos músculos estriados dos vertebrados. Isso quer dizer que apesar das similaridades, os músculos nos dois grupos – vertebrados e cnidários – evoluíram de forma independente. [Ou seja: se são semelhantes, isso é evidência de evolução, mas, se são diferentes, isso é evidência de... evolução. Olha aí a teoria-lisa-que-é-um-sabão!]

Tudo indica que a miosina se originou pela duplicação de genes. Esse processo ocorre nos mais simples dos organismos, mesmo os unicelulares, que existiram muito antes dos primeiros animais. [Difícil mesmo é explicar tamanha complexidade em organismos que viveram tantos supostos milhões de anos atrás. A verdade inconveniente e convenientemente deixada de lado é que, quanto mais as pesquisas avançam, mais se percebe que complexidade irredutível está presente em todos os seres vivos presentes na coluna geológica, e que a tal “vida simples” não existe.]

“Como essa proteína só é encontrada em células musculares, esperávamos que sua origem coincidisse com a evolução dessas células”, explicou Ulrich Technau, chefe da pesquisa. “Ficamos muito surpresos ao descobrir que a ‘miosina muscular’ provavelmente evoluiu muito antes dos primeiros músculos surgirem na Terra”, disse. [A crença continua, a despeito das evidências que volta e meia contradizem teorias vigentes. A complexa miosina muscular existia em seres tidos como pouco complexos simplesmente porque tinha uma função complexa e útil neles.]

Fonte