segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CRIAÇÃO VERSUS EVOLUÇÃO: O ANTAGOSNISMO.

3 COISAS IMPORTANTES APRENDEMOS COM ISTO:
1. - Podemos " quebrar a cara " se tirarmos certas conclusões sem as devidas evidências. As pressuposições dos tolos são erradas: Prov. 3:5-7
2. - Não podemos esquecer nem negligenciar os fundamentos: Sal. 11:3. Todo crente precisa ser fundamentalista!
3. - Precisamos de uma fonte de autoridade que não sejamos nós mesmos! Uma autoridade superiora: 2ª Cor 11:3 Uma Rocha mais forte do que nós.
Ponto da lição: se você não sabe de onde veio nem onde está, nem como você chegou aqui, garanto que uma coisa é certa: você não faz a mínima idéia para onde vai ! Origem e destino estão postos diante de nós! Quem está certo? A criação ou a evolução? Vamos investigar.

A História é contra a EVOLUÇÃO:" NO PRINCÍPIO CRIOU DEUS OS CÉUS E A TERRA. "
Génesis 1:1

A PERGUNTA QUE ECOA ATRAVÉS DOS MILÉNIOS: " É ASSIM QUE DEUS DISSE ?..."
Foi tudo criado em 6 dias ? Foi criado o homem do pó da terra? A mulher da costela? Houve o fruto? Houve o dilúvio? Vejamos o que o mundo tem para oferecer:

1 ATEÍSMO:
É a categórica negação da existência de Deus. É falso porque Deus existe. A Bíblia não se preocupa em provar a existência de Deus porque o óbvio e não precisa de ser explicada, isso já está impresso no mais íntimo do nosso ser. Mesmo no mais depravado pecador esta convicção está impregnada. Negá-la é uma incoerência que cada incrédulo carrega sozinho.

2 MATERIALISMO:
É a explicação de todas as experiências da vida em termos da matéria e das leis físicas, negando a necessidade de crer em Deus como causa eficiente de todas as coisas. É falso porque a matéria um dia começou a existir.

3 DUALISMO:
È o ensino que há dois princípios eternos, até mesmo dois seres divinos: um mau e outro bom - em igualdade de força e em eterna oposição mútua. É falso porque no principio havia Deus somente. É só pensar um pouco para refutar essa tolice: Se há eterna oposição, como pode haver harmonia na natureza, no corpo humano, no universo ? Tudo teria que ser um CAOS sob a fúria dos deuses em guerra...

4 PANTEÍSMO:
Afirma que tudo é Deus e Deus é tudo, identificando Deus e natureza, insistindo na eternidade da matéria, e asseverando que a matéria pode POR SI PRÓPRIA ORIGINAR VIDA. É falso porque coloca Deus fora da sua criação. Se tudo é Deus tudo e tudo Deus, segue-se que Deus não é nada, pois nega-se a personalidade de Deus.

5 POLITEÍSMO:
È o culto e a crença em muitos deuses. Geralmente cada deus sendo responsável ou especializado em áreas diferentes ex.: deusa do mar (Yemanjá), deusa do amor (Vénus), deusa da fertilidade (Afrodite), santa disso, santa daquilo...Ver Act. 17:15 a 34. Ex. : Mormonismo , frases como " eu sou Deus " É falso porque só há um Deus criador.

6 HUMANISMO:
A American Humanist Association patrocinou em 1933 o Famoso Manifesto Humanista, cujos primeiros " artigos de fé " foram :
No. 1 - " O humanista se refere ao Universo como sendo auto-existente e não criado."
No. 2 - " O homem é parte da natureza e emergiu como resultado de processos contínuos."

O que é isto senão o velho ateísmo misturado com o evolucionismo ?! É O HOMEM QUERENDO SER DEUS! O homem desonra o Criador por crer que é deus.

7 EVOLUCIONISMO:
Teoria de que mediante processos naturais e por transformações graduais, todas as coisas derivam de materiais preexistentes. E falso porque céus e terra foram criados.O professor Charpley da Universidade de Harvard certa vez disse : " Algumas pessoas dizem "... no princípio Deus..." e eu digo no princípio hidrogénio". (que tolice!)

8 EVOLUCIONISMO TEÍSTA:
É a infeliz tentativa de crer na criação e evolução ao mesmo tempo. Equivale a crer que branco preto , norte sul ou que vida morte. É uma tolice! Esta crença desnecessária se espalhou no século 19 (DARDOS SATÂNICOS LANÇADOS – incluindo-se o texto crítico) como resposta ao evolucionismo, e como já dito, tenta reconciliar o relato Bíblico da criação com as crenças nos princípios da evolução. É como aquele sujeito que quer ficar na "moda" e se passar por sabido...

9 CRIACIONISMO:
É a crença no relato histórico e literal da narrativa do livro de Génesis, o qual afirma que Deus criou do nada (EX-NIHILO) todo o universo e todas as formas de vida "segundo as suas espécies..." em pleno desenvolvimento e em seis dias.

A longa história da guerra contra Deus:
• Desde a Reforma até ao século 19: Conflitos da igreja católica.
• Do século 19 até hoje: O racionalismo alemão; Unitarianos; seitas ; espiritismo; evolucionismo e a crítica textual.
• Consequências da teoria da evolução do século 19 até hoje: Racismo, Nazismo, Comunismo, Ateísmo.

domingo, 21 de novembro de 2010

NIGUÉM AFIRMA DEUS NÃO EXISTE SEM ANTES TER DESEJADO QUE ELE NÃO EXISTA

"Ninguém afirma: `Deus não existe' sem antes ter desejado que Ele não exista".
Esta frase, de um filósofo muito suspeito, por ser esotérico - Joseph de Maistre - tem muito de verdade.
Com efeito, o devedor insolvente gostaria que o seu credor não existisse. O pecador que não quer deixar o pecado, passa a negar a existência de Deus.
Por isso, quando se dá as provas da existência de Deus para alguém, não se deve esquecer que a maior força a vencer não é a dos argumentos dos ateus, e sim o desejo deles de que Deus não exista. Não adiantará dar provas a quem não quer aceitar a sua conclusão. Em todo caso, as provas de Aristóteles e de Tomás de Aquino a respeito da existência de Deus têm tal brilho e tal força que convencem a qualquer um que tenha um mínimo de boa vontade e de rectidão intelectual.
Inicialmente, pergunta Tomás de Aquino se a existência de Deus é verdade de evidência imediata. Ele explica que uma proposição pode ser evidente de dois modos:
1) Em si mesma, mas não em relação a nós;
2) Em si mesma e para nós.
Uma proposição é evidente quando o predicado está incluído no sujeito. Por exemplo, a proposição o homem é animal é evidente, já que o predicado animal está incluso no conceito de homem.
Quando alguns não conhecem a natureza do sujeito e do predicado, a proposição – embora evidente em si mesma – não será evidente para eles. Ela será evidente apenas para os que conhecem o que significam o sujeito e o predicado. Por exemplo, a frase: "O que é incorpóreo não ocupa lugar no espaço", é evidente em si mesma e é evidente somente aqueles que sabem o que é incorpóreo.
Tendo em vista tudo isso, Tomás diz que:
a) A proposição "Deus existe" é evidente em si mesma porque nela o predicado se identifica com o sujeito, já que Deus é o próprio ente.
b) Mas, com relação a nós, que desconhecemos a natureza divina, ela não é evidente, mas precisa ser demonstrada. E o que se demonstra não é evidente. O que é evidente para nós não cabe ser demonstrado.
Portanto, a existência de Deus pode ser demonstrada. Contra isso, Tomás de Aquino dá uma objecção, dizendo que a existência de Deus é um artigo de fé. Ora, o que é de fé não pode ser demonstrado. Logo, concluir-se-ia que não se pode demonstrar que Deus existe. Tomás ensina que há dois tipos de demonstração:
1) Demonstração propter quid (devido a que)
É a que se baseia na causa. Ela parte do que é anterior (a causa) discorrendo para o que é posterior (o efeito).
2) Demonstração quia (porque)
É a que parte do efeito para conhecer a causa.
Quando vemos um efeito mais claramente que sua causa, pelo efeito acabamos por conhecer a causa. Pois o efeito depende da causa, e é, de algum modo, sempre semelhante a ela. Então, embora a existência de Deus não seja evidente apenas para nós, ela é demonstrável pelos efeitos que dela conhecemos.
A existência de Deus e outras verdades semelhantes a respeito dele que podem ser conhecidos pela razão, como diz São Paulo Rom. 1:19), não são artigos de fé. Deste modo, a fé pressupõe o conhecimento natural, assim como a graça pressupõe a natureza e a perfeição pressupõe o que é perfectível.
Entretanto, alguém que não conheça ou não entenda a demonstração filosófica da existência de Deus, pode aceitar a existência dele por fé.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

DISSENSÃO CIENTÍFICA SOBRE O DARWINISMO

"Nós somos cépticos das afirmações da capacidade da mutação aleatória e da seleção natural explicarem a complexidade da vida. Um exame cuidadoso da evidência a favor da teoria darwinista deve ser encorajado."

Durante décadas recentes, novas evidências científicas de muitas disciplinas científicas como a cosmologia, física, biologia, da pesquisa de "inteligência artificial", e de outras áreas fez com que os cientistas começassem a questionar o dogma central darwinista da seleção natural e a estudar com mais detalhes a evidência que a apoia.
Mesmo assim, os programas das TVs públicas, os documentos das políticas educacionais, e os livros-texto de ciência têm afirmado que a teoria da evolução de Darwin explica completamente a complexidade das coisas vivas. Ao público tem sido assegurado que toda a evidência conhecida apoia o darwinismo e que virtualmente todo cientista no mundo acredita que a teoria é verdadeira.

Os cientistas nesta lista contestam a primeira afirmação e se levantam como testemunho vivo contradizendo a segunda. Desde quando o Discovery Institute lançou esta lista em 2001, centenas de cientistas têm se manifestado corajosamente para assinarem seus nomes.

A lista está crescendo e inclui cientistas da Academia de Ciências dos Estados Unidos, das Academias de Ciências Nacionais da Rússia, da Hungria, da República Checa, do Brasil, e de universidades como Yale, Princeton, Stanford, MIT, UC Berkeley, UCLA, e outras (UNICAMP, USP).

Uma Dissensão Científica do Darwinismo
"Nós somos céticos das afirmações da capacidade da mutação aleatória e da seleção natural explicarem a complexidade da vida. Um exame cuidadoso da evidência a favor da teoria darwinista deve ser encorajado."

Clique aqui para o download do PDF da cópia da lista da Dissensão Científica do Darwinismo
Clique aqui para saber como você adicionar o seu nome à lista da Dissensão Científica do Darwinismo
Quem pode assinar a declaração?
Os signatários da lista da Dissensão Científica do Darwinismo devem ter o grau de Ph. D. numa área científica como a biologia, química, matemática, engenharia, ciência da computação, ou uma das outras ciências naturais; ou devem ser médicos e atuarem como professor de medicina. Os signatários também devem concordar com a seguinte declaração: "Nós somos céticos das afirmações da capacidade da mutação aleatória e da seleção natural explicarem a complexidade da vida. Um exame cuidadoso da evidência a favor da teoria darwinista deve ser encorajado."

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

EVIDÊNCIAS: A PROVA DO MOVIMENTO

É inegável que há coisas que mudam. Nossos sentidos mostram que a planta cresce, que o céu fica nublado, que a folha passa a ser escrita, que nós envelhecemos, que mudamos de lugar, etc.
Há mudanças substanciais. Ex.: madeira que se torna em carvão. Há mudanças acidentais. Ex: parede branca que é pintada de verde. Há mudanças quantitativas. Ex: a água de um pires diminuindo por evaporação. Há mudanças locais. Ex: Pedro vai ao rio.
Nas coisas que mudam, podemos distinguir:
a) As qualidades ou perfeições já existentes nelas.
b) As qualidades ou perfeições que podem vir a existir, que podem ser recebidas por um sujeito.
As perfeições existentes são ditas existentes em Ato.
As perfeições que podem vir a existir num sujeito são existentes em Potência passiva. Assim, uma parede branca tem brancura em Ato, mas tem cor vermelha em Potência.
Mudança ou movimento é pois a passagem de potência de uma perfeição qualquer (x) para a posse daquela perfeição em Ato.
M = PX ---->> AX
Nada pode passar, sozinho, de potência para uma perfeição, para o Ato daquela mesma perfeição. Para mudar, ele precisa da ajuda de outro ser que tenha aquela qualidade em Ato.
Assim, a panela pode ser aquecida. Mas não se aquece sozinha. Para aquecer-se, ela precisa receber o calor de outro ser – o fogo – que tenha calor em Ato.
Outro exemplo: A parede branca em Ato, vermelha em potência, só ficará vermelha em Ato caso receba o vermelho de outro ser - a tinta - que seja vermelho em Ato.
Noutras palavras, tudo o que muda é movido por outro. É movido aquilo que estava em potência para uma perfeição. Em troca, para mover, para ser motor, é preciso ter a qualidade em ato. O fogo (quente em ato) move, muda a panela (quente em potência) para quente em ato.
Ora, é impossível que uma coisa esteja, ao mesmo tempo, em potência e em ato para a mesma qualidade.
Ex.: Se a panela está fria em ato, ela tem potência para ser aquecida. Se a panela está quente em ato ela não tem potência para ser aquecida.
É portanto impossível que uma coisa seja motor e móvel, ao mesmo tempo, para a mesma perfeição. É impossível, pois, que uma coisa mude a si mesma.
Tudo o que muda é mudado por outro.
Tudo o que se move é movido por outro.
Se o ente 1 passou de Potência de x para Ato x, é porque o ente 1 recebeu a perfeição x de outro ente 2 que tinha a qualidade x em Ato.
Entretanto, o ente 2 só pode ter a qualidade x em Ato se antes possuía a capacidade – a potência de ter a perfeição x.
Logo, o ente 2 passou, ele também, de potência de x para Ato x. Se o ente 2 só passou de PX para AX, é porque ele também foi movido por um outro ente, anterior a ele, que possuía a perfeição x em Ato.
Por sua vez, também o ente 3 só pode ter a qualidade x em Ato, porque antes teve Potência de x e só passou de PX para AX pela ajuda de outro ente 4 que tinha a qualidade x em Ato. E assim por diante.
PX ---> AX PX (5) ---> AX PX (4) ---> AX PX (3) ---> AX PX (2) ---> AX (1)
Esta sequência de mudanças ou é definida ou indefinida. Se a sequência fosse indefinida, não teria havido um primeiro ser que deu início às mudanças.
Noutras palavras, em qualquer sequência de movimentos, em cada ser, a potência precede o ato. Mas, para que se produza o movimento nesse ser, é preciso que haja outro com qualidade em ato.
Se a sequência de movimentos fosse infinita, sempre a potência precederia o ato, e jamais haveria um ato anterior à potência. É necessário que o movimento parta de um ser em ato. Se este ser tivesse potência, não se daria movimento algum. O movimento tem que partir de um ser que seja apenas ato.
Portanto, a sequência não pode ser infinita.
Ademais, está se falando de uma série de movimentos nas coisas que existem no universo.
Ora, esses movimentos se dão no espaço e no tempo. Tempo-espaço são mensuráveis. Portanto, não são movimentos que se dão no infinito.
A sequência de movimentos em tempo e espaço finitos tem que ser finita.
E que o universo seja finito se compreende, por ser ele material. Sendo a matéria mensurável, o universo tem que ser finito.
Que o universo é finito no tempo comprova-se (os que creem na evolução) pela teoria do Big Bang e pela lei da entropia. O universo principiou e terá fim. Ele não é infinito no tempo.
Logo, a sequência de movimentos não pode ser infinita, pois se dá num universo finito.
Ao estudarmos as cinco provas de S. Tomás sobre a existência de Deus, devemos ter sempre em mente que ele examina o que se dá nas "coisas criadas", para, através delas, compreender que existe um Deus que as criou e que lhes deu as qualidades visíveis, reflexos de suas qualidades invisíveis e em grau infinito.
Este primeiro motor não pode ser movido, porque não há nada antes do primeiro. Portanto, esse 1º ente podia não ter nenhuma potência passiva, porque se tivesse alguma ele seria movido por uma anterior. Logo, o 1º motor só tem ATO. Ele é apenas ATO, isto é, tem todas as perfeições.
Este ser é Deus.
Deus então é ATO puro, isto é, ATO sem nenhuma potência passiva. Este ser que é ato puro não pode usar o verbo ser no futuro ou no passado. Deus não pode dizer "eu serei bondoso", porque isto implicaria que não seria actualmente bom, que Ele teria potência de vir a ser bondoso.
Deus também não pode dizer "eu fui", porque isto implicaria que Ele teria mudado, isto é, passado de potência para Ato. Deus só pode usar o verbo ser no presente. Por isso, quando Moisés perguntou a Deus qual era o seu nome, Deus lhe respondeu "Eu sou aquele que é" (aquele que não muda, que é ato puro).
Também Jesus Cristo ao discutir com os fariseus lhes disse: "Antes que Abraão fosse, eu sou" (João. VIII, 58). E os judeus pegaram pedras para matá-lo porque dizendo eu sou Ele se dizia Deus.
Na ocasião em que foi preso, Cristo perguntou: "a quem buscais ?", e, ao dizerem "a Jesus de Nazaré", ele lhes respondeu:
"Eu sou". E a essas palavras os esbirros caíram no chão, porque era Deus se definindo.
Do mesmo modo, quando Caifás esconjurou que Cristo dissesse se era o Filho de Deus, Ele lhe respondeu: "Eu sou". E Caifás entendeu bem que Ele se disse Deus, porque imediatamente rasgou as vestes dizendo que Cristo blasfemara afirmando-se Deus.
Deus é, portanto, ATO puro. É o ser que não muda. Ele é aquele que é. Por isso, a verdade não muda. O dogma não muda. A moral não evolui. O bem é sempre o mesmo. A beleza não muda.
Quando os modernistas afirmam que a verdade, o dogma, a moral, a beleza evoluem, eles estão dizendo que Deus evolui, que Ele não é ATO puro. Eles afirmam que Deus é fluxo, é ação, é processo e não um ente substancial e imutável.
É o que afirma hereticamente a Teologia da Libertação. Diz Frei Boff:
" Assim, o Deus cristão é um processo de efusão, de encontro, de comunhão entre distintos enlaçados pela vida, pelo amor." (Frei Boff, A Trindade e a Sociedade, p. 169)
Ou então:
"Assim, Mary Daly sugere compreendermos Deus menos como substância e mais como processo, Deus como verbo ativo (ação) e menos como um substantivo. Deus significaria o viver, o eterno tornar-se, incluindo o viver da criação inteira, criação que, ao invés de estar submetida ao ser supremo, participaria do viver divino." (Frei Boff, A Trindade e a Sociedade, pp. 154-155)
É natural pois que Boff tenha declarado em uma conferência em Teófilo Otono:
Como teólogo digo: sou dez vezes mais ateu que você desse deus velho, barbudo lá em cima. Até que seria bom a gente se livrar dele." (Frei Boff, Pelos pobres, contra a pobreza, p. 54)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A CONTIGÊNCIA COMO EVIDÊNCIA DA CRIAÇÃO

Na natureza, há coisas que podem existir ou não existir. Há seres que se produzem e seres que se destroem. Estes seres, portanto, começam a existir ou deixam de existir. Os entes que têm possibilidade de existir ou de não existir são chamados de entes contingentes. Neles, a existência é distinta da sua essência, assim o ato é distinto da potência. Ora, entes que têm a possibilidade de não existir, de não ser, houve tempo em que não existiam, pois é impossível que tenham sempre existido.
Se todos os entes que vemos na natureza têm a possibilidade de não ser, houve tempo em que nenhum desses entes existia. Porém, se nada existia, nada existiria hoje, porque aquilo que não existe não pode passar a existir por si mesmo. O que existe só pode começar a existir em virtude de um outro ente já existente. Se nada existia, nada existiria também agora. O que é evidentemente falso, visto que as coisas contingentes agora existem.
Por conseguinte, é falso que nada existia. Alguma coisa devia necessariamente existir para dar, depois, existência aos entes contingentes. Este ser necessário ou tem em si mesmo a razão de sua existência ou a tem de outro.
Se sua necessidade dependesse de outro, formar-se-ia uma série indefinida de necessidades, o que, como já vimos é impossível. Logo, este ser tem a razão de sua necessidade em si mesmo. Ele é o causador da existência dos demais entes. Esse único ser absolutamente necessário - que tem a existência necessariamente - tem que ter existido sempre. Nele, a existência se identifica com a essência. Ele é o ser necessário em virtude do qual os seres contingentes tem existência. Este ser necessário é Deus.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

EXISTÊNCIA DE DEUS: Prova da existência de Deus pelo observação do mundo.

Verificamos que os entes irracionais obram sempre com um fim. Comprova-se isto observando que sempre, ou quase sempre, agem da mesma maneira para conseguir o que mais lhes convém.
Daí se compreende que eles não buscam o seu fim agindo por acaso, mas sim intencionalmente. Aquilo que não possui conhecimento só tende a um fim se é dirigido por alguém que entende e conhece. Por exemplo, uma flecha não pode por si buscar o alvo. Ela tem que ser dirigida para o alvo pelo arqueiro. De si, a flecha é cega. Se vemos flechas se dirigirem para um alvo, compreendemos que há um ser inteligente dirigindo-as para lá. Assim se dá com o mundo. Logo, existe um ser inteligente que dirige todas as coisas naturais a seu fim próprio. A este ser chamamos Deus.
Uma variante dessa prova tomista aparece na obra "A Gnose de Princeton". Apesar de gnóstica esta obra apresenta um argumento válido da existência de Deus.
Filmando-se em câmara lenta um jogador de bilhar dando uma tacada numa bola, para que ela bata noutra a fim de que esta corra e bata na borda, em certo ângulo, para entrar caçapa (bolsa ou buraco), e se depois o filme for projetado de trás para diante, ver-se-á a bola sair da bolsa e fazer o caminho inverso até bater no taco e lançar para trás o braço do jogador. Qualquer um compreende, mesmo que não conheça bilhar, que a segunda sequência não é a verdadeira, que é absurda. Isto porque à segunda sequência faltou a intenção, que transparece e explica a primeira sequência de movimentos. Daí concluir com razão, a obra citada, que o mundo cego caminha - como a flecha ou como a bola de bilhar - em direção a um alvo, a um fim. Isto supõe então que há uma inteligência que o dirige para o seu fim. Há pois uma inteligência que governa o mundo. Este ser sapientíssimo é Deus.

domingo, 7 de novembro de 2010

COMPREENDER O PENSAMENTO EVOLUCIONISTA

"Religião e ideias darwinianas são incompatíveis"
Selo britânico comemorativo em homenagem à vida e obra de Darwin

Darwin hesitou em publicar as suas conclusões “científicas”, ciente das consequências religiosas. Uma entrevista com o biólogo evolucionista Axel Meyer (*).

DW-WORLD.DE: Que importância têm Charles Darwin (1809-1882) e a sua Teoria da Origem das Espécies hoje em dia para o senhor, na qualidade de cientista moderno?

Axel Meyer: Ela é o fundamento da moderna biologia evolutiva. Naturalmente, Darwin não podia prever tudo o que aconteceria nos 150 anos seguintes. Entretanto, a seleção natural, como ele a descreveu, continua a ser o principal mecanismo através do qual a evolução funciona.

Pode-se dizer que Darwin é um dos maiores representantes da ciência natural da Era Moderna?

Seguramente. Eu acredito, sim, que seja justificado o status de culto, ou de astro, que ele possui, talvez ao lado de Freud ou de Einstein.

No século 19 o Génesis bíblico era a única explicação satisfatória para o surgimento da humanidade. De quanta coragem precisou Darwin para divulgar, em 1859, sua Teoria da Origem das Espécies?

Certamente ele tinha consciência do que representavam as suas conclusões no campo da biologia também para a religião, ou a compreensão da origem, ou o significado do ser humano. E esta talvez seja parte da explicação por que ele esperou tanto até publicar o seu livro [Sobre a origem das espécies através da seleção natural]. Havia também constelações familiares, o fato da sua esposa ser muito religiosa. Com certeza estes são aspectos parciais que o fizeram hesitar com a publicação.

Darwin não deu uma explicação para o aparecimento do primeiro ser, de onde veio a primeira célula. Ele renunciou conscientemente a isso.

Ele não disse muito a este respeito e, de certo modo, "de onde vem a vida" continua sendo uma questão muito debatida. Tão logo a vida aparece, todos os cientistas estão de acordo que entram em ação os mecanismos descritos por Darwin, relativos à variação e à seleção, fazendo com que a vida se desenvolva neste grau de complexidade e diversidade.

Ele sabia que as ciências naturais, e a sua Teoria da Evolução, batem aqui em seus limites? Ela não pode se confundir com a teologia, com a fé.

Esta é uma questão difícil. Ele próprio deixou de acreditar num Deus misericordioso quando a sua filha predileta faleceu. Talvez tenha sido este o último obstáculo à publicação do livro. Acho que mais tarde ele próprio se definiu como agnóstico, não crendo, portanto, na existência de Deus. Porém não estou certo se ele, por princípio, via uma contradição irreconciliável entre uma crença divina, ou religiosidade em geral, e uma visão científica do mundo.

Pode um cristão declarado acreditar na Teoria da Evolução? Do seu ponto de vista, como cientista, é possível conciliar Darwin e a fé cristã?

Pessoalmente, eu diria que não. Para mim essas duas visões das coisas se opõem. Acho que é pouco comum um biólogo evolucionista ser religioso.

Existe uma alternativa científica séria para a Teoria da Evolução à de Darwin?

Não, não existe. As ideias do intelligent design ou do criacionismo não são teorias cientificamente sustentáveis. Tão pouco são discutidas por cientistas que se levem a sério. Só se discute o que elas poderiam ocasionar, do ponto de vista sociológico ou sociopolítico, para o ensino da Biologia Evolutiva ou, em geral, para a formação de uma visão científica nas escolas e universidades. Porém [essas ideias] não originam teorias comprováveis nem representam uma alternativa científica para as ideias darwinianas.

Então ficamos com a conclusão de que o homem é um macaco, pelo menos biologicamente?

Ele descende dos macacos, no sentido de que possuímos ancestrais comuns, os primatas. A maioria dos evolucionistas não definiria o ser humano como o ápice da Criação e sim – apesar de todas as suas óbvias especificidades – o consideraria simplesmente mais uma espécie.

A Teoria da Evolução continua hoje sobre fundamento científico sólido, ou é preciso avaliar muito do que Darwin desenvolveu há 150 anos de outra forma, à luz das novas pesquisas?

Algumas coisas Darwin não entendeu, ou entendeu errado. Consideremos, por exemplo, que a deriva dos continentes só foi estabelecida mais tarde por Alfred Lothar Wiegener. Assim, Darwin compreendeu de forma incorreta certos aspectos da distribuição geográfica das espécies pelos diferentes continentes.

E naturalmente ele viveu numa época anterior à descoberta dos genes e da genética. A redescoberta das Leis de Mendel (1822-1884) e as revoluções causadas pela biologia molecular e, agora, pelos estudos feitos sobre o genoma são coisas que ele não poderia ter previsto, é claro. Porém essas novas disciplinas levaram antes a uma compreensão mais profunda da biologia evolutiva, em vez de revelar quaisquer contradições nas ideias darwinianas.

Novas espécies aparecem e se modificam ao se adaptar às alterações das condições ambientais – este é o cerne da Teoria da Evolução. Hoje em dia fala-se nas consequências do aquecimento global, da mudança climática. Podemos encarar essa dinâmica de forma despreocupada, à luz das constatações de Darwin?

Depende. De certo modo, trata-se apenas de mais uma pressão seletiva, ou mais uma força que levará à seleção de determinados indivíduos, em detrimento de outros. O homem não altera apenas o clima, mas também todo o meio ambiente na Terra, basta pensar no desmatamento das gigantescas florestas tropicais na Ásia ou na América do Sul. A destruição do espaço vital ocasiona uma extinção em massa como só se viu quatro ou cinco vezes na história do planeta. Nós nos encontramos numa fase de extinção em massa.

Então a evolução permanece um processo contínuo, que nunca cessa, mesmo sob estas novas condições ambientais?

Claro. Ela será possivelmente até acelerada. Ao provocarmos uma mudança climática num período – do ponto de vista geológico – relativamente breve, as mutações serão mais velozes. Isso, na escala geológica, não é nada demais, pois a Terra já se esfriou ou se aqueceu diversas vezes, é claro. Mas não por influência humana.

* Axel Meyer é professor de Biologia Evolutiva na Universidade de Constança.